A aproximação da saúde suplementar -que envolve as operadoras e seguradoras de planos privados- com o SUS (Sistema Único de Saúde) deverá trazer ganhos significativos para os dois lados, seja na avaliação tecnológica de tratamentos e medicamentos, seja no barateamento dos insumos. A afirmação é do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Denizar Vianna.
Atualmente, a saúde suplementar atende cerca de 45 milhões de brasileiros. Outros 170 milhões contam apenas com o setor público. Somados, representam um enorme mercado na hora de discutir preços.
Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde |
"Hoje o processo é todo fragmentado. Estamos trabalhando na melhor forma de 'casar' os dois sistemas, pois isso trará benefícios para ambos e é uma grande oportunidade", afirmou ao abrir o QR Content.
O Ministério da Saúde também está atuando na incorporação e aquisição de medicamentos com maior economia.
Desde março, vem adotando o acordo de compartilhamento de risco para incorporação de tecnologias em saúde.
Nesse acordo, o governo divide com a indústria farmacêutica os riscos de o remédio não ter sua eficiência médica comprovada. Na prática, significa que o governo só paga pelo medicamento se houver melhora do paciente.
Esse novo modelo de aquisição de medicamentos já é usado em países como Canadá, Itália, França, Espanha, Alemanha e Inglaterra.