Dor nas articulações de crianças e jovens pode ser artrite idiopática juvenil

Live nesta quinta, dia 28, irá abordar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a doença autoimune

Dor nas pernas na infância nem sempre é dor de crescimento. E, diferentemente do que muita gente acredita, as dores reumáticas podem afetar pessoas de todas as idades, inclusive crianças.​

Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com estudantes da capital mostrou que 1 em cada 500 crianças e jovens apresentam um tipo de artrite chamada artrite idiopática juvenil (AIJ). Os principais sintomas são dor, inchaço e rigidez nas articulações, que levam o paciente a se movimentar cada vez menos. Se não for tratada precocemente, a doença pode causar danos irreversíveis e incapacitação física.

O assunto será discutido na live "Conscientização, atenção e cuidados com pacientes com artrite idiopática juvenil (AIJ)", que acontece na quinta-feira, dia 28 de outubro, às 17 horas. A jornalista Angélica Banhara entrevistará o pediatra e reumatologista pediátrico, Claudio Len, professor da Unifesp, Renata Soares, fisioterapeuta de crianças e adolescentes, e Carlos Heckmann, pai de Stella, 11 anos, diagnosticada com AIJ em 2020. A live, uma parceria do Estúdio Folha e da AbbVie, poderá ser acessada pelo site da Folha ou pelo YouTube.

"A artrite idiopática juvenil é uma doença crônica autoimune, que acomete crianças e adolescentes menores de 16 anos e se manifesta pela inflamação de uma ou mais articulações que persiste por pelo menos seis semanas, sem motivo aparente", explica Claudio Len. "A causa exata da doença ainda não é conhecida. Mas isso não nos impede de tratar a AIJ, e esse é um ponto muito importante."

O tratamento correto fez toda a diferença para Stella, 11 anos, diagnosticada com AIJ em julho de 2020. Ela começou a sentir dores fortes nos joelhos no dia do aniversário. Depois de uma bateria de exames, veio o diagnóstico de artrite idiopática juvenil poliarticular, ou seja, atingindo várias articulações.

"Foi aterrorizante, porque não havia casos de doença autoimune na família e a Stella era muito ativa, praticava vários esportes. Ficamos surpresos ao saber que crianças podiam ter artrite: a gente associa essa doença a pessoas mais velhas", diz Carlos, pai de Stella.

A garota chegou a perder os movimentos: foram seis meses de muita dor e dificuldades até encontrar o tratamento que combatesse o problema. Hoje, Stella leva uma vida normal.

O papel do fisioterapeuta é fundamental no processo de tratamento da AIJ. "A fisioterapia age em conjunto com o remédio, trazendo qualidade de vida para o paciente. A medicação atua na inflamação e na articulação, mas não devolve músculo e não devolve movimento", afirma Renata Soares.

"A criança e o adolescente com artrite idiopática juvenil têm medo de se mexer por causa da dor. Mas o movimento da maneira correta é fundamental para a recuperação das articulações, dos músculos e para a função motora", completa.

LIVE - Conscientização, atenção e cuidados com pacientes com artrite idiopática juvenil (AIJ)
QUANDO - 28 de outubro, às 17h
ONDE - Folha.com e YouTube