Pandemia afeta o sono de sete em cada dez brasileiros

Problema, que já era crônico, foi agravado; falta de qualidade ao dormir afeta a saúde, e especialistas recomendam higiene do sono e uso de colchão e travesseiro adequados

Os médicos são unânimes: ter um sono reparador, ou seja, dormir bem, é fundamental para a saúde e o bem-estar. Mas a pandemia mudou a rotina de todo mundo e uma das consequências é que o número de pessoas sofrendo com insônia e má qualidade do sono disparou. Os vilões: o estresse e a ansiedade.

Recentemente, a Royal Philips, empresa de tecnologia em saúde, divulgou dados de uma pesquisa realizada em 13 países. No caso dos brasileiros, 74% dos entrevistados adquiriram um ou mais problemas de sono desde o início da pandemia, e 50% relatam que ela afetou diretamente sua capacidade de dormir bem. Além disso, 47% disseram que acordam no meio da noite.

Mas a dificuldade dos brasileiros para dormir não é recente: pesquisa realizada em 2019 pela Associação Brasileira de Medicina do Sono já mostrava 65% da população com problemas nesse quesito.

Esses dados são preocupantes, já que durante o sono restaurador, de qualidade, há aumento da capacidade cerebral, retenção de aprendizado, fortalecimento da memória, regeneração muscular e produção de hormônios essenciais.

“Ter uma boa noite de sono é tão importante para a saúde quanto manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos. É enquanto dormimos que o nosso corpo descansa e trabalha para equilibrar diversas funções do organismo”, afirma a neurocientista alemã Verena Senn, especialista do sono da Emma – The Sleep Company.

Uma noite bem dormida é capaz de regular os processos metabólicos e hormonais do organismo, além de ter função restauradora ao eliminar toxinas e fortalecer o sistema imunológico. “Dormir bem é uma espécie de sessão de terapia noturna”, diz Verena.

Durante o sono, células imunológicas específicas trabalham com mais eficiência no combate a infecções, identificando e eliminando células cancerosas ou infectadas com um vírus. Dormir bem também é crucial para o aprendizado, a resolução de problemas e a consolidação da memória.

O sono tem, ainda, um propósito restaurador para o cérebro, eliminando toxinas. Pesquisas mostram que a beta-amilóide, proteína tóxica que se acumula no cérebro de pacientes com Alzheimer, foi eliminada duas vezes mais rápido do cérebro de animais adormecidos em comparação com animais acordados.

Por outro lado, dormir mal impacta diretamente a saúde e a imunidade, e, no longo prazo, pode desencadear ou agravar doenças como obesidade, ansiedade, depressão, hipertensão e diabetes. O sono insuficiente também afeta o trabalho, pois prejudica a concentração, a memória e o humor. Estudos recentes mostram, ainda, que o sono e os sonhos têm um papel fundamental no equilíbrio emocional. Para ajudar as pessoas a melhorarem a qualidade do sono, especialistas recomendam algumas atitudes definidas como Higiene do Sono (veja abaixo).

A escolha do colchão e do travesseiro, de modelo e material adequados, também influencia muito a qualidade do sono. Colchão ou travesseiro inadequados podem resultar em desconforto, sensação de cansaço, dor nas costas e até problemas de coluna.

O colchão ideal deve suportar o peso sem deformar. Para um suporte adequado de todo o corpo, deve ter rigidez média. O travesseiro deve alinhar a coluna cervical e o tronco, para a saúde da coluna e a boa circulação sanguínea cerebral. Ortopedistas e fisioterapeutas sugerem dormir de lado, com a cabeça bem apoiada e alinhada. É importante também ficar atento à validade do travesseiro e do colchão e pensar neles como um investimento para a saúde.

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