O ano de 2022 vai marcar a nova etapa do ensino médio no Brasil. Mas essa mudança e o consequente aumento no protagonismo do aluno na escolha da carreira não serão um problema para o Colégio Oswald de Andrade, em São Paulo.
Com uma trajetória de mais de 40 anos na valorização das opções do aluno, a reforma soa como uma continuidade de trabalho para a instituição, cujo método de ensino vanguardista já se baseia na liberdade de escolha e na integração programada entre ensino infantil, fundamental e médio nas suas três unidades (Madalena, Girassol e Cerro Corá).
Para Rosane M. Reinert, diretora da Educação Infantil e do Fundamental 1 do Colégio Oswald de Andrade, "esse é um processo que está no DNA da escola, que compõe a nossa identidade". Será uma sequência do que já vem sendo feito, desde os primeiros anos. "Posso citar como exemplo o Projeto Rede, do Ensino Fundamental 1, em que os alunos trabalham de maneira interseriada, colaborativa e investigativa para resolver problemas e questões que eles mesmos colocam. E o professor é uma espécie de tutor, que vai guiando e ajudando nessa busca. Ele não é exclusivamente um detentor do saber", relata Reinert.
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Segundo Andréa Andreucci, diretora-geral do colégio, todas as ações que desenvolvem o projeto de vida escolhido pelo aluno são elaboradas em reuniões periódicas de integração entre coordenadores de ensino e educadores de todos os nÃveis. Esse planejamento culmina em uma estratégia para encarar o novo ensino médio.
"Nosso objetivo é que o aluno se reconheça na sua trajetória escolar e se veja dentro das escolhas feitas, dos êxitos e do processo de crescimento de aprendizagem, que no fim das contas faz com que todos nós sejamos aquilo que nós somos, mas o Oswald procura fazer isso de maneira intencional e mais explÃcita", explica Tarso Loureiro, coordenador pedagógico da 3ª série do EM e assessor de Ciências Humanas.
Para Laura Nassar, coordenadora do 9° ano do Ensino Fundamental 2 e da 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, esse percurso é reforçado durante o Projeto Teses, quando o aluno se vê diante do desafio da escolha da área de pesquisa, do problema a ser pesquisado e da metodologia de elaboração da monografia", explica.
A diretora-geral do colégio destaca mais uma ação de vanguarda da instituição: a implementação do projeto antirracismo. Durante o último ano, o Oswald de Andrade iniciou ações formativas da equipe pedagógica, revisou planejamentos, bibliografia e materiais didáticos. Mudou também as abordagens temáticas interdisciplinares para que educadores e comunidade se reconheçam na escola. "Não é simplesmente uma instituição que busca maneiras de combater o racismo, mas que procura ser aliada e lutar para produzir uma educação voltada ao antirracismo", diz Andréa Andreucci.
Essas ações contra o racismo, que já existem nos portfólios da escola no Infantil e no Fundamental 1, também serão incorporadas aos portfólios do Fundamental 2 e do Ensino Médio e servirão para moldar a trajetória do aluno e reforçar um dos pilares do Oswald de Andrade: a diversidade, que forma, ao lado do processo de investigação, da colaboração, da autonomia e responsabilidade, a identidade da instituição.