No início do ano passado, a estudante Julia, 14 anos, de Mairiporã (SP), começou a emagrecer sem motivo aparente. Em 20 dias, tinha perdido 10 quilos e se sentia cansada, ofegante. A mãe, Jaine Albano, correu para o médico e exames confirmaram que ela tinha diabetes tipo 1. Julia começou a tomar doses diárias de insulina.
No primeiro mês, a garota furava os dedos até dez vezes por dia para medir o nível de glicemia. Acordava várias vezes à noite se sentindo mal, com tremores e suando, por conta de crises de hipoglicemia. “Foi um período complicado… E eu não aguentava ver ela furando os dedinhos toda hora. Então a endocrinologista contou sobre o FreeStyle Libre, o sensor de monitoramento de glicemia da Abbott. Começamos a usar e a nossa vida mudou”, conta Jaine.
“A médica explicou que, com o sensor, ficaria mais fácil controlar as crises de hipoglicemia na madrugada. A Julia se adaptou muito bem. Depois que começamos a usar o aparelho, ela não teve mais nenhuma crise.”
Jaine diz que o equipamento dá mais qualidade de vida à filha. A própria Julia escaneia o sensor várias vezes ao dia e monitora para prevenir picos de hipoglicemia ou hiperglicemia. “E a gente não precisa mais ir ao consultório todo mês, porque a médica também monitora os dados da Julia pelo computador.”
“Furar o dedo uma vez, tudo bem. Mas imagina furar o dedo várias vezes ao dia. Ainda bem que a tecnologia veio nos salvar”, diz Julia.
“Entrei com um processo administrativo e hoje a prefeitura de Mairiporã fornece a tecnologia e realiza o monitoramento da doença para a Julia e outras 20 crianças do município. Agora, estamos trabalhando para tornar isso uma lei que beneficie todas as crianças com diabetes tipo 1 do município”, diz a mãe.