Governo de São Paulo amplia acesso a mamografias; oferta de exames cresce 33%

Carretas percorrem 17 regiões do estado para a realização da mamografia sem agendamento; programa também oferece exame gratuito sem pedido médico para mulheres entre 50 a 69 anos

Governo de São Paulo facilita mamografia gratuita

Governo de São Paulo facilita mamografia gratuita Reprodução

O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres no Brasil (desconsiderando os tumores de pele não melanoma), além de ser a principal causa de morte pela doença entre elas. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta para o surgimento de 74 mil casos novos por ano desse tipo de câncer no país, no triênio 2023/2025. No estado de São Paulo, a estimativa era de 20.470 novos casos em 2023.

A mamografia é a principal arma para a descoberta do câncer de mama em fase inicial, o que aumenta as possibilidades de eliminação do tumor. Segundo o Inca, com o diagnóstico precoce, as chances de cura do câncer de mama ultrapassam 95%.

Diante desse cenário, o Governo de São Paulo reforça no Outubro Rosa a importância da conscientização sobre o câncer de mama e da realização da mamografia para a saúde da mulher. Entre janeiro e julho deste ano, foram realizadas 761.995 mamografias em todo estado de São Paulo. A população paulista soma cerca de 23 milhões de mulheres, a maioria delas com mais de 35 anos.

O governo estadual facilita a realização da mamografia por meio do programa Mulheres de Peito. Paulistas com idades entre 50 e 69 anos que nunca fizeram o exame ou o fizeram há mais de dois anos podem realizar a mamografia gratuitamente, sem necessidade de pedido médico, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O agendamento é feito por ligação gratuita para 0800 779 0000, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados. No dia do exame, basta apresentar um documento com foto e o cartão SUS.

O programa disponibiliza também as Carretas de Mamografia, em que três carretas percorrem municípios do estado para a realização da mamografia sem necessidade de agendamento – basta comparecer ao endereço onde ela está estacionada.

De janeiro a setembro do ano passado, foram realizados 19.255 exames, em 37 municípios. Este ano, o projeto ampliou a cobertura de atendimento para 17 regiões, passando de duas para três carretas. Com a mudança, no mesmo período foram realizados 25.572 exames, em 54 municípios, um aumento de 33%.

Para as mulheres com idade entre 50 e 69 anos, basta apresentar RG e cartão SUS. Esses documentos e um pedido médico precisam ser apresentados apenas por quem tem mais de 70 anos ou está na faixa entre 35 e 49 anos.

A programação das carreatas está disponível nos sites outubrorosa.sp.gov.br/ e poupatempo.sp.gov.br/. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com disponibilização de até 50 senhas por dia. Aos sábados, o horário é das 8h às 12h, exceto feriados, com atendimento de até 25 mulheres.

Em caso de alterações na mamografia, as pacientes são encaminhadas a um serviço de referência do SUS para a realização de exames complementares ou tratamento.

Carreatas em andamento

Carreta da Mamografia em Caraguatatuba
Data: até 26 de outubro
Endereço: Rua José Geraldo Fernandes da Silva Filho, nº 297, Perequê Mirim.

Carreta da Mamografia em Ilha Comprida
Data: até 26 de outubro
Endereço: Avenida São Paulo,1000, Balneário Adriana.

Carreta da Mamografia em Itaquaquecetuba
Data: até 1º de novembro
Endereço: Largo da Vila São Carlos.

PORQUE FAZER O EXAME

A mamografia revela a presença de tumores malignos em estágios ainda assintomáticos, o que agiliza o início do tratamento e aumenta as chances de cura. É o principal exame de imagem para o rastreamento populacional do câncer de mama em mulheres assintomáticas.

No Brasil, a recomendação é que mulheres entre 50 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos. A partir dos 35 anos, a mamografia pode ser indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar o diagnóstico, em caso de nódulos palpáveis.

Os médicos utilizam um sistema padrão para descrever os resultados da mamografia denominado BI-RADS (Breast Image Reporting and Data System). Esse sistema uniformiza os relatórios por meio de descrições das lesões e da padronização das conclusões. Também sugere orientações que devem ser tomadas dependendo da classificação final obtida.

A classificação vai de 0 (exame inconclusivo) a 6 (lesão com diagnóstico de câncer), passando por exame normal (1), alterações benignas (2), alterações provavelmente benignas (3) e lesão suspeita de câncer (4 e 5).

DIREITOS

Além do tratamento médico e do acesso à medicação gratuitos, a legislação brasileira garante outros direitos às mulheres com câncer de mama: cirurgia plástica de reconstrução (conforme indicação médica), auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença), aposentadoria por invalidez, quitação de financiamento da casa própria (no caso de invalidez total e permanente) e saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Elas também têm direito à isenção de Imposto de Renda na aposentadoria, ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores).

*Conteúdo produzido pelo Estúdio Folha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo