Faixa exclusiva para motos na av. dos Bandeirantes completa 1 ano sem mortes

Projeto-piloto da Prefeitura de São Paulo, em funcionamento nas avenidas 23 de Maio e Prestes Maia, visa aumentar a segurança e proporcionar agilidade nos deslocamentos

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Motociclistas trafegam pela Faixa Azul da avenida Tiradentes, outra via de São Paulo em que o sistema foi adotado, um projeto-piloto da Prefeitura de São Paulo Edson Lopes Jr./SECOM

A Faixa Azul na avenida dos Bandeirantes, na zona sul da cidade, completou um ano sem registro de morte. O projeto-piloto implantado pela Prefeitura de São Paulo tem alta adesão por parte dos motociclistas que acessam a via.

A faixa exclusiva para motos da avenida tem 17 km de extensão no total (8,5 km por sentido) e foi implantada pela Prefeitura desde a Marginal Pinheiros até o início do viaduto Ministro Aliomar Baleeiro. Passou a funcionar no dia 6 de outubro do ano passado.

Na média, 91% das motos que circulam pelo eixo Bandeirantes/Afonso D. Taunay utilizam a Faixa Azul. São 37.120 em média, por dia.

Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), responsável por implantar o projeto-piloto que atualmente também funciona nas avenidas 23 de Maio e Prestes Maia, comprovam a eficiência da Faixa Azul.

Até 3 de outubro de 2023, não houve morte nos 119 sinistros registrados na Faixa Azul do corredor da Bandeirantes e Afonso Taunay; 67 pessoas ficaram feridas.

Com resultados positivos onde já foi implantada, a Faixa Azul é uma das apostas da gestão municipal para aumentar a segurança dos motociclistas, ao mesmo tempo em que garante mais agilidade.

AMPLIAÇÃO

Diante do sucesso da iniciativa, no último dia 28 de setembro, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) autorizou a Prefeitura a ampliar o projeto-piloto da Faixa Azul na cidade para mais 71 km.

O primeiro trecho dessa nova etapa foi iniciado logo nas primeiras horas do dia seguinte em um trecho de aproximadamente 2 km no eixo Prestes Maia/Tiradentes.

Por não estar prevista no Código Nacional de Trânsito (CTB), a nova proposta de sinalização precisou do aval da Senatran para ser implantada de maneira experimental, para que avaliações sobre o desempenho pudessem ser realizadas e acompanhadas pelo órgão federal.

A análise da eficácia da Faixa Azul leva em conta as características da via, o volume de motocicletas circulando dentro e fora do espaço da faixa, a tipologia dos acidentes e o fato de as ocorrências terem gerado danos materiais ou feridos.

Assim, em vez de números absolutos, é calculada a Taxa de Severidade. Quanto menor a Taxa de Severidade, conhecida pela sigla UPS (Unidade Padrão de Severidade), mais segura é a via.

Considerando esse conceito, a Taxa de Severidade na Faixa Azul das avenidas dos Bandeirantes e Afonso D’Escragnolle Taunay é de 1,53 UPS/Milhão de Motos/Km. Fora dela, a taxa sobe para 11,76 UPS/Milhão de Motos/Km.

Isso significa que, para quem pilota, circular na Faixa Azul é mais seguro do que trafegar fora dela. Principalmente em uma metrópole onde circulam atualmente 1,3 milhão de motos. E, apesar de as motocicletas representarem 15% de toda a frota da cidade, elas estão presentes em 40% dos acidentes de trânsito.

Para mais informações sobre a Faixa Azul, clique aqui.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha