Descentralização agrada, e shows da periferia lotam

Apresentações nas zonas sul, leste, norte e oeste da cidade tiveram aprovação do público e dos artistas

Grande destaque da edição 2025 da Virada Cultural foi o grande número de palcos na periferia da capital, levando atrações artísticas de qualidade a diferentes bairros.

Dos 21 grandes palcos, 16 estavam localizados nas zonas sul, leste, norte e oeste. Na região central da cidade, eram cinco. A localização dos palcos teve 74% de notas 9 e 10 na pesquisa Datafolha que avaliou o evento.

Uma multidão em um evento, com pessoas levantando as mãos e sorrindo. Uma mulher na frente segura um cartaz que diz 'EU ❤️ SP'. O ambiente parece festivo, com várias pessoas ao fundo também demonstrando alegria.
Apresentação do cantor Pablo na zona sul - Divulgação

Essa descentralização se refletiu ainda nas mais de 150 instituições culturais espalhadas pela cidade que participaram do evento, com programação em 100 casas de cultura, 33 CEUs, além de 20 unidades do Sesc e de instituições como Itaú Cultural e Masp.

No Ipiranga, na zona sul, quem lotou o palco foi o rapper Xamã. "Acho incrível essa oportunidade de tocar em palcos novos. É uma oportunidade e tanto trazer o artista para dentro do seu bairro. Estou muito feliz de tocar e me apresentar aqui.

No outro extremo da cidade, na zona norte, a cantora Luísa Sonza animou o público no palco Brasilândia. "Estou muito feliz. Obrigada Virada Cultural por me deixar fazer dois shows, em lugares diferentes", disse Luísa, se referindo aos espetáculos de sábado, na Brasilândia, e de domingo, no Campo Limpo, zona sul.

Na plateia, o estagiário de psicologia Luan Miguel dos Santos Magalhães, 21 anos, estava empolgado. "Estou adorando poder ver um show de graça, principalmente a Luísa Sonza, que nunca tinha assistido. Cheguei cedo para pegar um bom lugar. Estou muito empolgado, até porque é um show de graça que a gente não costuma encontrar todo dia."

No sábado, diante de uma multidão no M’Boi Mirim, no extremo da zona sul da capital, o cantor Pablo desceu do palco para cantar junto aos fãs e falou sobre a participação na Virada Cultural. "Quero agradecer a presença de cada um de vocês nessa noite e meu muito obrigado de verdade a todos os envolvidos nessa festa, especialmente a Prefeitura de São Paulo", disse o cantor de arrocha.

Quem curtiu as apresentações levou para casa momentos inesquecíveis, como disse o motorista Edinaldo da Silva, de 47 anos, morador do Grajaú (zona sul). "Vi o Pablo e o Beto Barbosa. O pessoal forneceu água, vi muita gente cuidando da segurança. Isso é muito bom."

No domingo, o especialista em educação Bruno da Silva Gomes, 39 anos, assistiu aos shows do Maneva e do Péricles com o filho em Guaianases (zona leste). "Os palcos nos bairros levam entretenimento às pessoas e lucro aos comerciantes locais. E vale se deslocar. Moramos na zona norte, temos palco lá, mas o que nos interessa está aqui, na zona leste. Foi muito fácil vir com transporte público. Com eventos assim, todos ganham. A população e os comerciantes da região", disse.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha em parceria com a Prefeitura de São Paulo