Datafolha mostra: 99% aprovam Virada Cultural de São Paulo; mais palcos na periferia e segurança são elogiados

Com 16 arenas espalhadas por várias regiões da cidade e 5 no centro, evento contou com mais de mil atrações artísticas em 24 horas

A imagem mostra uma grande multidão reunida em um evento ao ar livre, com pessoas de diversas idades e estilos. O local é cercado por prédios altos e há bandeiras coloridas penduradas ao longo da área. No fundo, pode-se ver um palco e uma estrutura de som, indicando que há uma apresentação acontecendo. A atmosfera parece festiva e animada, com muitas pessoas concentradas em um espaço amplo.

Público reunido no Vale do Anhangabaú, no centro de SP, durante o show da cantora Liniker, uma das apresentações da Virada Cultural 2025 Sérgio Barzaghi/Secom

A virada Cultural de São Paulo, organizada pela Prefeitura de São Paulo, completou duas décadas em 2025 com uma edição marcada por mais de mil atrações em 21 palcos espalhados pela cidade e forte aprovação popular. Realizada nos dias 24 e 25 de maio, a Virada atraiu 4,7 milhões de pessoas e foi aprovada por 99% do público, que avaliou também de forma positiva a organização e a segurança do evento, segundo pesquisa do Datafolha.

O levantamento mostrou que duas apostas da gestão municipal para esta edição, que teve como tema 20 Anos em 24 Horas, foram bem recebidas: 94% de avaliação positiva para o número maior de palcos nos bairros e 90% de aprovação para a segurança.

Este ano, a Virada contou com 16 palcos espalhados por diversos bairros e 5 na região central. A programação agradou à grande maioria do público, que deu nota 9,1 (em escala de 0 a 10) para a diversidade de ritmos musicais e 9 para a variedade das atrações.

A maioria dos itens pesquisados recebeu notas altas, como localização e organização dos palcos (8,9%), atendimento nos postos médicos (8,9) e segurança (8,8). A população atribuiu nota 8,2 à Prefeitura pela organização do evento, com 50% de notas 9 e 10 (veja quadro).

Ainda segundo o Datafolha, a probabilidade de o público voltar a frequentar a Virada Cultural é de 9,4 em 10, mesmo índice para a possibilidade de recomendar a festa a amigos e familiares.

A Prefeitura apostou neste ano na variedade da programação. Dentre as mais de mil apresentações, artistas como Iza, Alceu Valença, Belo, João Gomes, Luísa Sonza, Michel Teló, Léo Santana, Mart’nália, Diogo Nogueira, Sepultura, Xamã, MC Hariel, Duda Beat e Turma do Pagode. Pela primeira vez, contou também com palco exclusivo para a música gospel.

Todos os palcos contaram com espaços para pessoas com deficiência, e os intérpretes de libras deram um show à parte.

O cantor Belo destacou em seu show a pegada popular do evento. "A Virada Cultural é uma festa do povo. Sou paulistano e um cara que sempre viveu nas periferias. A Virada é essencial para levar arte e cultura, além de empregar muita gente numa cidade potente como São Paulo", afirmou.

O cantor João Gomes se apresentou em M’Boi Mirim (zona sul) e no Anhangabaú (centro). "Estou muito feliz por fazer parte da Virada Cultural, com a galera toda presente. A gente rodar São Paulo e ver essa alegria, todos curtindo os shows, o que há de melhor, me deixa orgulhoso de fazer parte disso", disse Gomes.

Nos intervalos dos shows do Vale do Anhangabaú, a Aparelhagem Crocodilo transformou o centro em uma pista de dança, com um gigantesco crocodilo mecânico que se movia ao som de tecnobrega, carimbó e brega-funk, ícones da cultura popular do Pará.

Nas percepções gerais da pesquisa Datafolha, 99% concordam que a Virada é uma oportunidade para que mais pessoas tenham acesso a artistas de forma gratuita. Além disso, 92% a veem como motivo de orgulho para os moradores de São Paulo e 87% concordam que o investimento da Prefeitura traz retorno financeiro para a cidade. Este ano, segundo dados da Prefeitura, o gasto médio por pessoa no evento chegou a R$ 70,69, um aumento de 41,9% em relação a 2024.

A maior parte do público (77,5%) da Virada Cultural foi de moradores da cidade de São Paulo. Turistas representaram 22,5%, um aumento de 118% em relação ao ano passado, segundo o Observatório de Turismo e Eventos da SPTuris.

Tarifa Zero

A SPTrans colocou à disposição do público uma linha especial de ônibus elétricos que funcionou durante as 24 horas da festa, ligando os palcos do centro. Nos dois dias da Virada, foram mais de 7 milhões de viagens nos ônibus municipais.

No domingo, as viagens em todos os ônibus da cidade foram gratuitas, com o Domingão Tarifa Zero, programa da Prefeitura de São Paulo de gratuidade nos coletivos para estimular o lazer na cidade aos domingos. Só no dia 25, foram mais de 3 milhões de viagens gratuitas.

A frota de ônibus ainda foi reforçada no horário noturno, entre meia noite e 4h. Ao longo do domingo, o aumento foi de 25%, diminuindo assim os intervalos entre as viagens.

O Datafolha ouviu 2.920 participantes da festa, em pontos próximos aos palcos. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Smart Sampa leva mais segurança aos eventos e público aprova

O esquema de segurança montado pela Prefeitura de São Paulo para a Virada Cultural deste ano foi aprovado por 90% do público que participou do evento, mostra pesquisa Datafolha. Na percepção de 87% dos entrevistados houve uma preocupação crescente dos organizadores da Virada Cultural com segurança nos últimos anos.

Para esta edição da Virada Cultural, a Prefeitura elaborou um plano que uniu tecnologia e reforço no policiamento para garantir mais segurança nas 24 horas do evento.

A imagem mostra um grande público em um show ao ar livre. No primeiro plano, um músico de costas, segurando um instrumento, está se apresentando. O público é numeroso, com pessoas de diversas idades e estilos, algumas segurando bandeiras e outras com expressões de entusiasmo. Ao fundo, há árvores e tendas brancas, além de um céu parcialmente nublado.
Fresno se apresenta em palco no Butantã (zona oeste), um dos 16 espalhados pelos bairros de SP - Leon Rodrigues/Secom

Os 21 palcos foram monitorados com drones e câmeras do Smart Sampa. Além disso, quase 10 mil profissionais reforçaram o policiamento, com 4.200 policiais militares, 1.900 guardas civis metropolitanos, com apoio de 574 viaturas, e centenas de seguranças privados contratados para controlar o acesso aos 21 palcos do evento.

Todos os palcos contaram com controles de entrada. Seguranças realizavam uma revista no público, para evitar a presença de armas, objetos cortantes e substâncias ilícitas. Foram registrados apenas três roubos e furtos de celulares durante o evento.

Nas 24 horas da Virada Cultural, a Guarda Civil Metropolitana atendeu 17 ocorrências e conduziu 12 pessoas a Distritos Policiais. A GCM também realizou 36 voos de drones.

Smart Sampa

O Smart Sampa é o maior programa de monitoramento do país, com mais de 26 mil câmeras integradas.

O sistema possibilita o acompanhamento em tempo real das movimentações, permitindo uma resposta rápida das equipes de segurança, com reforço em pontos estratégicos e a realização de flagrantes. O sistema de reconhecimento facial das câmeras contribui para impedir o acesso de criminosos procurados pela Justiça nas áreas de controle de entrada.

O levantamento do Datafolha mostrou que 91% dos participantes da Virada Cultural são favoráveis ao uso do Smart Sampa no evento. Além disso, 59% consideram que a sensação de segurança aumentou com o programa, especialmente nos palcos dos bairros, em que o índice chegou a 66%.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha em parceria com a Prefeitura de São Paulo