Prefeitura de SP inaugura primeiro acolhimento conjunto para mulheres vulneráveis

Unidade fica na zona norte e tem capacidade para acolher até 100 mulheres adultas e idosas em situação de rua; desde 2021, atendimento das mais vulneráveis saltou de 621 para 1.300

Entre uma série de ações voltadas para as mulheres, a Prefeitura de São Paulo inaugurou o primeiro serviço de acolhimento conjunto para mulheres adultas e idosas da cidade. Trata-se do Centro de Acolhida (CA) Lila Covas, que disponibiliza cem vagas para mulheres em situação de vulnerabilidade.

O centro fica na avenida Sebastião Henriques, 433, na Vila Siqueira, zona norte da capital, e representa um investimento de R$ 200 mil em sua fase de implantação.

A inauguração do CA foi no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Desde 2021, o número de vagas para o acolhimento de mulheres em vulnerabilidade na rede da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) saltou de 621 para 1.300.

.
Dormitório do Centro de Acolhida Lila Covas; nova unidade, na zona norte, tem capacidade para atender 100 mulheres - Marcelo Pereira/SECOM

Do total de vagas no novo centro, 30 são destinadas a mulheres idosas e 70 a mulheres sem filhos, em situação de vulnerabilidade e com autonomia para atividades diárias. Além do acolhimento e alimentação, serão ministrados cursos de artesanato e desenvolvidas ações focadas em autonomia, saúde e bem-estar.

O novo CA Lila Covas está instalado em um prédio com três pavimentos, pátio externo e áreas abertas que ocupam 750 m². O imóvel, que é alugado, estava desocupado havia alguns anos e passou por novas obras, reformas e pintura.

Além de quartos, cozinha industrial e banheiros, o serviço tem refeitório, sala de convivência com TV, sala multiuso para atividades coletivas, salas administrativas e de atendimento. Os banheiros e áreas comuns foram adaptados com barras de apoio e rampas de acessibilidade.

O nome do CA é uma homenagem a Lila Covas, mulher do governador Mario Covas e avó do prefeito Bruno Covas, e que era comprometida com as causas sociais e foi presidente do Fundo Social de Solidariedade enquanto Mario Covas era governador do estado, de 1995 a 2001.

Os encaminhamentos para o CA Lila Covas estão sendo realizados pela SMADS, por meio da Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). 

A Organização da Sociedade Civil Associação Brasileira de Pipas está à frente do gerenciamento do serviço e conta com 25 profissionais para o atendimento e manutenção do equipamento, entre gerente, psicólogo, orientadores socioeducativos, assistentes sociais, assistentes técnicos, cozinheiros e agentes operacionais de limpeza.

O valor da verba repassada mensalmente pela Prefeitura de São Paulo para manutenção e operacionalização do serviço será de R$ 247 mil.

EXCLUSIVOS PARA MULHERES

O CA Lila Covas é o 39º serviço de acolhimento da rede socioassistencial da Prefeitura voltado exclusivamente às mulheres que vivem em situação de rua ou em vulnerabilidade social.

Ao todo, são 1.790 vagas distribuídas nas seguintes tipologias:

  • 17 Centros de Acolhida Especial (CAEs) para Mulheres, com 1.325 vagas;

  • 4 Centros de Acolhida para Mulheres em Situação de Violência, com 80 vagas

  • 3 CAs para Mulheres Transexuais, com 90 vagas

  • 3 Repúblicas com unidades para Mulheres, com 115 vagas

  • 1 CAE para Mulheres Imigrantes, com 80 vagas

  • 1 CA para Gestantes, Mães e Bebês, com 100 vagas

A rede socioassistencial possui, ainda, 15 Centros de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCMs) que realizam atendimento social, psicológico, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência doméstica ou de vulnerabilidade social. Ao todo, esse tipo de serviço tem 1.610 vagas.

REDE SOCIOASSISTENCIAL

Com mais de 25 mil vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua distribuídas em Centros de Acolhida, hotéis sociais, Repúblicas para Adultos, Vilas Reencontro, entre outros, a capital possui a maior rede socioassistencial da América Latina.

O encaminhamento para os serviços de acolhimento da rede socioassistencial é feito de acordo com o perfil do indivíduo e com a tipologia do serviço, respeitando o histórico da pessoa ou família a ser acolhida.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha