A Prefeitura de São Paulo oferece cerca de 20 mil consultas por mês para diagnóstico (7.000) e acompanhamento de glaucoma (13 mil) e, por meio de uma ação acelerada da atual gestão, desde 2023 conseguiu dar fim a uma fila de espera que, até 2020, ocorria para quem procurava o serviço.
A ação, implementada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), leva o nome de Linha de Cuidado do Glaucoma e foi criada para oferecer estrutura adequada para a realização do diagnóstico precoce e do tratamento especializado.
O tratamento para o glaucoma tem o objetivo de manter a visão do paciente e consiste desde o uso de colÃrios até a realização de aplicações de laser e cirurgia. Como a doença não tem cura, o tratamento é contÃnuo e exige acompanhamento oftalmológico adequado.
Em 2020, cerca de 20 mil pacientes aguardavam pela primeira avaliação para diagnóstico da doença na rede municipal. Na época, a cidade contava com duas instituições parceiras habilitadas para esse serviço, com 2.840 consultas por mês (340 para a primeira avaliação e 2.500 para acompanhamento pós-diagnóstico).
No plano estratégico desenvolvido pela SMS, as principais medidas adotadas foram o investimento na ampliação dos serviços oftalmológicos especializados e a priorização no primeiro atendimento para o diagnóstico do glaucoma, baseado nos critérios da gravidade do risco para a doença.
Com isso, agilizou-se o atendimento, o diagnóstico e o tratamento. Outro fator determinante foi que a Linha de Cuidado adotada tem inÃcio na atenção básica, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de onde os pacientes são encaminhados para os serviços de oftalmologia na rede.
Desses serviços, como Hospitais Dia (HDs), AMAs especialidades e Ambulatórios de Especialidades (AMEs), os pacientes identificados pelo oftalmologista geral como "suspeitos para a doença" são encaminhados para os prestadores de serviços habilitados para o tratamento do glaucoma: Instituto Suel Abujamra, Cema, Instituto da Visão e Hospital da Santa Casa de Santo Amaro.
Nessas consultas iniciais, o oftalmologista geral identifica os sinais clÃnicos sugestivos da doença, os fatores de risco e encaminha o paciente para os serviços oftalmológicos habilitados para tratamento.
O glaucoma evolui na maioria das vezes de forma silenciosa, e, por isso, requer cuidados redobrados. Também é uma das principais causas de cegueira irreversÃvel em todo o mundo, porém evitável quando a doença é detectada e tratada nos estágios iniciais.
Diariamente, são cerca de 500 solicitações para essa linha de cuidado, sendo 100 para avaliação especializada e diagnóstico, geradas pelos oftalmologistas gerais da rede municipal, e 400 para manter o acompanhamento dos pacientes portadores da doença nos serviços habilitados.
SOBRE A DOENÇA
O glaucoma é uma lesão progressiva do nervo óptico com perda do campo visual correspondente. Na maior parte dos casos, a doença é assintomática e progride lentamente. Ou seja, os olhos não ficam vermelhos, não ardem, coçam ou lacrimejam.
O paciente começa a perceber sintomas de dificuldade visual só no estágio mais avançado da doença e, o que ele perdeu de visão, já não pode mais ser recuperado. Por isso é importante ter o diagnóstico precocemente.
O principal fator de risco é o aumento da pressão intraocular (PIO); no entanto, também existem outros fatores relevantes como a idade acima de 40 anos, histórico familiar, etnia (pessoas negras e de origem asiática estão mais propensas a ter glaucoma), aumento da escavação do nervo óptico, erros refrativos (como miopia e hipermetropia), doenças sistêmicas associadas e uso de medicações como corticoides.
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima a prevalência do glaucoma em 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha