O bancário Eloir Wessling, de Curitiba, tinha uma carreira de quase 20 anos em grandes bancos quando foi demitido em um corte de pessoal, em 2016. "Depois de tanto tempo, uma demissão assim deixa a gente meio sem chão", diz ele. Assim como Wessling, pelo menos 78.155 bancários perderam o emprego de janeiro de 2013 a outubro de 2020, conforme levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Com a migração gradual do atendimento físico para o digital, os grandes bancos vêm fechando agências. No ano passado, por exemplo, os maiores bancos fecharam 1.692 agências. Só no primeiro semestre deste ano, esses bancos encerraram as portas de 642 agências. A mão de obra disponível atrai a atenção de novos concorrentes. No C6 Bank, muitos dos 350 consultores empresariais ativos que atendem pessoas jurídicas espalhadas pelo país inteiro são ex-bancários.

"As pequenas e médias empresas eram atendidas antigamente por essas agências próximas, que foram fechadas", diz Philipe Pellegrino, responsável pela área de pessoa jurídica e parcerias no C6 Bank. "Então, com o Conexão, juntamos as duas pontas: o ex-bancário que conhece a região e as dores do cliente e esse pequeno e médio empresário, carente de atendimento."

Pellegrino se refere à rede de consultores empresariais, batizada de Conexão C6 Bank, que seleciona profissionais com conhecimento na área financeira para torná-los consultores empresariais independentes. A ideia é usar a experiência desses ex-bancários para dar um atendimento personalizado aos empreendedores.

Os consultores recebem treinamento do C6 Bank e, em sua região de atuação, fazem a ponte entre o banco e pequenos e médios empreendedores – um público muito carente de atendimento, já que os bancos tradicionais normalmente privilegiam os grandes correntistas.

Eles dão suporte a pequenas e médias empresas, auxiliando-as no dia a dia e na contratação de produtos financeiros como conta, cartão de crédito, maquininha de cartão, empréstimos e câmbio.

Wessling, junto com o também ex-bancário Dirceu Côcco, hoje é um dos consultores empresariais do programa Conexão C6. Eles abriram juntos o escritório em Curitiba em novembro de 2019 e têm hoje 1.500 clientes empreendedores. "A gente já sabe como a banda toca e qual é a dor desse pequeno e médio empresário. Então, toda experiência que temos ajuda muito no atendimento desse segmento", afirma Wessling.

"É bem diferente de ser empregado de um banco. Essa capacidade de empreender, de ir atrás do cliente, de ajudar, motiva a gente", diz Wessling. Seu sócio, concorda. Com uma experiência de 40 anos no setor bancário, ele, que começou a trabalhar ainda adolescente, como "office boy", se aposentou e passou dois anos descansando e viajando. Mas como ainda é jovem para parar de vez (tem 57 anos), Côcco viu no Conexão um novo desafio profissional.

"Nosso escritório, que batizamos de Aliest, é um dos maiores da rede Conexão e é bem gratificante poder ajudar o pequeno e médio empresário. Eles têm muitas dúvidas sobre crédito, financiamento, maquininhas de pagamento e precisam ter alguém próximo, alguém que dê esse suporte personalizado", resume Côcco.

LINHA DIRETA COM O DONO

Nas pequenas e médias empresas, as decisões estão mais concentradas nas mãos do dono do negócio. Por isso, a conexão do escritório com a empresa é feita por ele, o próprio empreendedor, o que torna todo o processo mais rápido. "Diferentemente do que acontece em uma grande corporação, na qual tudo precisa ser aprovado por vários departamentos, a gente fala logo com o dono, que é quem decide. Resolvemos tudo em uma única ligação. E isso é muito gratificante, ver o processo funcionar rapidamente", diz Wessling. Os dois formaram uma equipe de 40 pessoas para dar esse suporte bem de perto aos clientes.

Os interessados em se tornarem consultores empresariais do Conexão C6 Bank podem se inscrever em c6bank.com.br/conexao-c6. Já os empresários que querem abrir uma conta pessoa jurídica no banco podem se informar pelo site c6bank.com.br/conta-pj/.