Dia do Médico: Live aborda a importância da saúde mental e bem-estar dos médicos no Brasil

Roda de conversa reuniu os especialistas Stella Brant, Mariana Perroni e Victor Miranda

Como vai a saúde de quem cuida da nossa saúde? Neste Dia do Médico, 18 de outubro, essa foi a reflexão proposta pela live "Um olhar para os desafios da rotina médica, saúde mental e bem-estar", realizada pela Afya e o Estúdio Folha, ateliê de conteúdo patrocinado da Folha.

Para debater esse tema tão importante, e cujos reflexos podem ser sentidos por toda a sociedade, a jornalista Silvia Haidar, especialista em saúde mental e colunista da Folha, conversou com Stella Brant, vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade da Afya, e os médicos Victor Miranda, diretor dos cursos de formação do Além da Medicina, da Afya, e Mariana Perroni, médica intensivista e líder clínica para plataformas e ecossistema no Google.

A live foi realizada nesta quarta, dia 18, às 11 horas, e pode ser vista no site da Folha e nos canais da Folha no YouTube.

A pesquisa Saúde Mental do Médico, feita pelo Research Center, núcleo de pesquisa da Afya, mostra que 69,4% dos médicos entrevistados já apresentaram sinais de depressão. E, em metade dos casos, a condição ainda é uma realidade: 26,8% têm um diagnóstico atual e 23,4% manifestam sintomas, mas não fazem acompanhamento.

"Como principal aliada do médico, a Afya analisa suas dores, anseios, expectativas e realidades para ajudá-los a viver o melhor da medicina. Os números mostram que, embora os médicos amem a medicina, eles sentem que a prática diária tem muitos desafios e pressões. Dessa maneira, é necessário trazermos o tema de saúde mental e bem-estar para o debate", diz Stella Brant, vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade da empresa.

O estudo também avaliou que, para 34% daqueles que têm um diagnóstico atual de depressão, a patologia surgiu em 2021, reforçando o tamanho do impacto da pandemia da Covid-19 sobre a saúde mental desses profissionais.

A ansiedade é ainda mais prevalente entre os médicos: 79,6% apresentaram sintomas do transtorno. Destes, 35,6% possuem um diagnóstico atual e, para 32,4% dos diagnósticos fechados, a doença também teve início por volta de 2021.

Os principais motivos alegados pelos médicos na pesquisa para não buscarem ajuda ou tratamento são falta de tempo e motivação, além do medo do impacto na rotina de atuação profissional.

De acordo ainda com a pesquisa, somente 35% conseguem manter regularmente um sono reparador e 70,7% não praticam regularmente uma atividade física.

"Os números mostram que ainda há uma lacuna dos médicos no cuidado da própria integridade física e mental. Como lidamos diariamente com a saúde dos pacientes, e a nossa rotina está diretamente ligada à manutenção da vida e do bem-estar, precisamos nos priorizar urgentemente", diz Victor Miranda, médico e diretor dos cursos de formação do Além da Medicina, da Afya.

Apesar do cenário alarmante evidenciado, boa parte dos médicos avalia sua qualidade de vida como boa ou muito boa (36,9%), enquanto 44% se dizem neutros sobre esse aspecto. Sobre satisfação profissional, há uma tendência também de neutralidade: 27% neutro, 22% satisfeito e 18,3% muito satisfeito. Quase metade (45,9%) dos entrevistados declararam que a satisfação com a profissão médica diminuiu no último ano.

Confira o portfólio completo das soluções digitais da Afya aqui.

Participantes:

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STELLA BRANT, vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade da Afya - Divulgação
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MARIANA PERRONI, médica intensivista e especialista em inovação e saúde digital - Divulgação
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VICTOR MIRANDA, Co-Fundador do Além da Medicina - Divulgação

O estudo ouviu profissionais de diferentes graus de formação –59% especialistas, 29,5% generalistas e 11,5% em especialização. Foram respondidos de forma completa 3.115 questionários. A amostra apresenta um nível de confiança de 95% com margem de erro entre 1,66 a 1,76 pontos percentuais.

Dos entrevistados, 41,6% trabalham em emergências ou unidades de pronto atendimento. Apesar de, em média, esses médicos trabalharem 52,5 horas por semana, levando em consideração todos os locais onde atuam, a maior parte deles (75,9%) relatou uma jornada atual de até 60 horas semanais. Esses indicadores são melhores, com menos horas trabalhadas por semana, entre os médicos mais experientes.

Nesse contexto de carga pesada de trabalho, somada à responsabilidade intrínseca da prática médica, e em uma carreira que exige muito estudo e atualização, inovações tecnológicas podem beneficiar os médicos a tornar o dia a dia mais leve.

"Diante da dor latente dos médicos, a Afya, norteada por três grandes forças: Medicina, Educação e Tecnologia, coloca os médicos no centro do processo e integra soluções para toda a sua jornada, trazendo soluções que o ajudam não só a desempenhar melhor a sua função, mas também a trazer maior equilíbrio para a vida pessoal e profissional. ", afirma Stella.

Enfrentar pressões no trabalho e nas relações pessoais é normal para muita gente, mas, ressalta Stella, nada é comparável à medicina. "O nível de cobrança e de atualização - em que o conhecimento dobra a cada 73 dias, é muito fora da curva. O que a gente vê é que o médico ama o que faz, mas sofre muito da forma como faz hoje. Trazer algumas soluções e mostrar que ele não está sozinho, que ele tem um parceiro ao longo de toda jornada, pode trazer muito mais equilíbrio", finaliza.

O relatório completo da pesquisa pode ser acessado aqui.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha