A tecnologia vem se tornando uma forte aliada na busca por mais segurança nas estradas. O uso da inteligência de dados e novas ferramentas digitais são capazes de atuar na prevenção de acidentes e garantir tranquilidade para motoristas e passageiros.

Com o objetivo de tornar as viagens mais seguras, a Buser, plataforma de transporte colaborativo que conecta pessoas que querem viajar a empresas de fretamento, atua em diversas frentes. A começar pela seleção das corporações parceiras e dos motoristas de seus veículos.

"É preciso obedecer requisitos que passam pela análise da documentação e validação das licenças das empresas e dos profissionais", afirma Leo Soares, head de Segurança da Buser.

Além do cuidado na escolha de parcerias, a startup investe no uso da tecnologia para minimizar os riscos de acidentes e contratempos nas estradas.

Uma das principais ações é a instalação de câmeras com sensor de fadiga nos ônibus. Mais de 30% da frota parceira já contam com o equipamento e a expectativa é que esse percentual chegue a 80% até o fim do ano.

"Um sistema inteligente analisa as imagens captadas por uma câmera que detecta sinais de sonolência no condutor, como piscadas e bocejos", explica Soares. O recurso mapeia ainda o uso indevido do celular ao volante.

O monitoramento é um dos diferenciais da empresa e conta com o apoio das equipes de qualidade, risco e segurança com 160 pessoas. "Um time de alerta trabalha 24 horas por dia, nos sete dias da semana, para analisar as ocorrências de fadiga ao volante", diz Soares.

Outra iniciativa adotada pela Buser é a telemetria veicular. O sistema coleta dados do veículo em tempo real, com o foco nos limites de velocidade nas estradas, mas também identifica se o ônibus teve problema mecânico, se chegou ou saiu com atraso ou se passou do tempo de parada. A ferramenta está presente em mais de 72% da frota que roda pela plataforma.

Por meio dos equipamentos adotados, ainda é possível não apenas administrar situações pontuais, mas traçar um perfil dos parceiros a partir de seu desempenho no cumprimento de normas e regras de segurança, garantindo mais tranquilidade aos passageiros.

A Buser também adotou rotinas que prezam pela qualidade das viagens, indo além do que determina a legislação que o regulamenta.

A legislação atual determina que o condutor precisa ser trocado a cada oito horas de viagem, mas a startup exige que o segundo motorista (ou reserva) seja escalado em viagens que duram a partir de sete horas, ampliando a garantia para a distância percorrida – o suplente também é acionado em percursos de 437 km ou mais.

Todos os protocolos e medições adotados são fundamentais para tornar as viagens mais seguras, mas Soares também ressalta a importância da conscientização dos motoristas sobre a necessidade das medidas para elevar a segurança nas viagens. "Um sinal de que eles entenderam os objetivos dessas iniciativas está na redução do índice de alertas por uso de celular, que caiu 80% nos últimos dois anos", afirma Soares.

Dessa maneira, a Buser mantém um diálogo aberto com esses profissionais, ouvindo suas demandas e os envolvendo no processo de desenvolvimento de estratégias de segurança.

O modelo de atuação da empresa passa ainda pelos feedbacks dos passageiros. Os serviços são avaliados em formato semelhante ao utilizado pelos aplicativos de transporte e de entrega. Esse expediente da economia colaborativa é de grande importância para a startup planejar suas decisões visando a melhoria contínua das operações. Esse conjunto de medidas faz parte de um processo em constante desenvolvimento, no qual a tecnologia e o respeito às opiniões de passageiros e parceiros são colocados no centro das preocupações da empresa, que não para de evoluir.