Descrição de chapéu internet

Anúncios na internet precisam mudar para atingir consumidor atual

Buscas em redes sociais ou por meio de ferramentas de inteligência artificial exigem nova postura das empresas para manter relevância e vendas

A imagem mostra um homem de costas, vestido com um terno escuro, olhando para uma série de imagens digitais flutuantes ao seu redor. As imagens parecem representar tecnologia e inovação, com elementos como globos, gráficos e dispositivos eletrônicos. O fundo é claro e há um efeito de brilho ao redor das imagens, sugerindo um ambiente futurista.

Divulgação

As conversas entre humanos e ferramentas de inteligência artificial generativa (como o ChatGPT e o Gemini) vêm transformando a maneira como as pessoas buscam respostas na internet. Será que isso significa que o reinado do Google enquanto plataforma de buscas terminou? Embora ainda não tenhamos encontrado uma resposta definitiva para essa pergunta, diversos estudos apontam transformações substanciais nesse cenário.

A empresa de pesquisa e consultoria Gartner, por exemplo, prevê que o volume de buscas no Google e demais buscadores deve cair 25% até 2026. O New York Post também já alertou que os mais jovens não usam o tradicional buscador – eles preferem as redes sociais e outros meios pouco convencionais de pesquisa online. E não é apenas isso. A Adobe Analytics registrou um aumento de 1.200% no tráfego vindo de IA generativa para sites de varejo nos EUA entre julho de 2024 e fevereiro de 2025, o que evidencia uma grande mudança no comportamento do consumidor em apenas sete meses. Para completar, a Seer Interactive foi investigar se a taxa de cliques (CTRs) das buscas orgânicas (resultados listados de maneira natural, que não são pagos) estava mesmo caindo com os resumos de IA. O resultado? Queda de 50% entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025.

Os dados impressionam, mas a verdade é que essa transformação não começou agora. Mesmo antes dessa tendência de a IA generativa "roubar" tráfego das ferramentas de busca, uma pesquisa da Ypulse mostrou que 46% da geração Z não recorria ao Google para buscar o que queria, preferindo plataformas como TikTok, YouTube e Snapchat.

O que acontece é que neste momento essa queda está se intensificando e gerando mais preocupação para marcas e empresas que terão de refazer planos para manter sua relevância. "Está mesmo surgindo uma nova era", afirma Henrique Casagranda, associate partner e media director da Cadastra, empresa global especialista em serviços tecnológicos aplicados ao marketing para fazer as empresas crescerem.

O especialista acredita que não há outro caminho – a popularização de ferramentas como o ChatGPT deve levar de fato a um declínio no tráfego proveniente de anúncios de pesquisa, já que os usuários obtêm respostas diretamente dessas plataformas. "Prova disso é a estimativa de que 60% das buscas nessas conversas terminam sem cliques", afirma. "É preciso pensar no impacto dessa mudança na volumetria de impressões, cliques e tráfego das campanhas de Search", diz ele.

Um homem está posando para a foto com um sorriso. Ele tem cabelo curto e usa uma camisa verde escura. Os braços estão cruzados sobre o peito e o fundo da imagem é branco.
Henrique Casagranda, Associate Partner e Media Director da Cadastra - Eduardo Lopes/Divulgação

“É essencial descobrir as direções que o novo cenário aponta para agir o mais rapidamente possível e não perder oportunidades de conexão com os consumidores”

Henrique Casagranda

Associate Partner e Media Director da Cadastra

Mais um indício dessa nova era, por exemplo, é que a OpenAI começou a implementar um formato de shopping no ChatGPT, exibido em formato de carrossel e direcionando o usuário para o site dos produtos. O canal é uma ótima oportunidade para trazer tráfego e conversão às nossas campanhas, amenizando a possível queda advinda de Paid Search.

Casagranda considera, no entanto, que também seja interessante estar nas plataformas de anúncios dentro das ferramentas de IA generativa que já existem – sim, elas já existem. "É o caso da Koah Labs, uma solução de anúncios que permite segmentar usuários que estão pesquisando nesses aplicativos, excluindo os grandes players, como ChatGPT, Gemini, Copilot", explica. Para aproveitar a oportunidade e sair na frente da concorrência, é preciso agir rápido. "Já estamos em contato com a plataforma para realizar testes", diz. "Por enquanto, sabemos que custa um dólar por CPC, que a criação dos textos dos anúncios e a gestão das campanhas fica por conta deles e que conseguimos anunciar em apps de IA verticalizados, como aqueles focados em pesquisas acadêmicas, publicações científicas, medicina, finanças e por aí vai", explica.

A imagem mostra uma interface do Google com um fundo colorido em tons de azul e roxo. No topo, está o logotipo do Google. Abaixo, há opções como 'AI Mode', 'All', 'Places', 'Maps', 'Images' e 'P'. No centro, destaca-se um botão com o texto 'Meet AI Mode', que é cercado por círculos coloridos em verde e azul. A parte inferior da imagem contém uma descrição que diz: 'Get AI-powered responses & ask follow-ups with a new experiment'.
Anúncios na internet precisam mudar para atingir consumidor atual - Divulgação

Por outro lado, também é importante entender o que o Google vem fazendo para estancar a perda de relevância. "Percebemos que ele compreende a importância de manter sua posição como principal mecanismo de busca e está trabalhando para aprimorar seus serviços e recursos", diz o especialista. Tanto é que, no fim de maio, a empresa liberou o Search AI Mode, ferramenta similar aos chatbots, para usuários dos Estados Unidos. "Há novos formatos de anúncios direcionados a essa ferramenta, o que reflete a estratégia contínua do Google de buscar monetização com experiências de busca mais avançadas,que vão além das páginas de resultados tradicionais para oferecer respostas mais abrangentes e interativas", detalha Casagranda.

Ou seja, resumidamente, as transformações vêm por todos os lados e a toda velocidade. Portanto, marcas e empresas cada vez mais vão precisar de ajuda especializada e aprofundada para não perder o passo.

O que sabemos sobre os novos formatos de anúncios do AI Mode, do Google

  1. Custos de anúncios podem subir- O Google está investindo na coleta de dados únicos, como localização precisa. Essa abordagem cria um "monopólio de dados" que pode aumentar os custos para anunciantes e reduzir a competição no espaço de anúncios de pesquisa.
  2. Monetização da inteligência artificial -O AI Mode pode incluir formatos de anúncios diretamente integrados aos resultados gerados por inteligência artificial, o que altera a dinâmica da experiência de pesquisa paga. Isso traz novas possibilidades de segmentação, mas também exige dos anunciantes adaptação a estratégias específicas para interagir nesses novos formatos.
  3. Interações mais inteligentes - O Google reconhece que o ChatGPT representa uma tecnologia avançada e, como resultado, está investindo em pesquisa e desenvolvimento para melhorar suas próprias capacidades de processamento de linguagem natural e inteligência artificial. A empresa tem lançado atualizações em seus algoritmos de busca para garantir uma interação mais inteligente e relevante com os usuários.
  4. Mais assistentes virtuais e chatbots -O Google também está se concentrando em melhorar sua oferta de assistentes virtuais e chatbots, investindo em recursos avançados de aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural, fornecendo aos usuários uma experiência aprimorada de busca e interação.

Como o Google está melhorando sua oferta de assistentes virtuais e chatbots

  1. Fortalecimento do algoritmo de busca: a empresa está trabalhando para entender melhor as intenções e necessidades dos usuários, fornecendo resultados de busca mais precisos e relevantes.

  2. Integração do Google Assistente: maior integração do Google Assistente com uma variedade de dispositivos e plataformas. Isso permite que os usuários acessem informações e executem tarefas por meio de comandos de voz, proporcionando uma experiência de busca mais conveniente;

  3. Melhoria na experiência do usuário: inclui otimização da velocidade de carregamento, aprimoramento da interface do usuário e personalização dos resultados de busca;

  4. Parcerias estratégicas: por meio de colaborações com outras empresas e provedores de conteúdo (o Reddit, por exemplo), o Google busca oferecer aos usuários uma gama mais ampla de informações relevantes e confiáveis.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha