A nota do Enem está sendo cada vez mais usada pelas universidades particulares como um critério para a distribuição de vagas. O processo pode ser realizado por via própria da instituição ou por meio do ProUni, o programa federal que oferece bolsas de estudo (parciais ou integrais), ou do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).

Para os candidatos, é melhor tentar uma vaga em uma faculdade privada por meio do Enem ou dos vestibulares que a própria faculdade realiza? "Depende da universidade", afirma Anna Carolina Hirata Favilli, orientadora educacional do Poliedro. "Há várias delas em que há mais vagas reservadas para quem faz o vestibular próprio. Mas a pessoa pode tentar pelos dois meios: fazendo o vestibular e se inscrevendo pelo Enem."

Na PUC-SP, há diversas opções de financiamento ou bolsa para os estudantes, inclusive ProUni e Fies, que usam a nota do Enem. Há ainda, bolsas por mérito acadêmico.

A instituição oferece ainda, além do vestibular próprio, a possibilidade de ingresso em uma de suas faculdades por meio da nota do Enem. O instrumento para a seleção é o resultado obtido pelo candidato no exame nacional nas edições entre 2018 e 2023 –desde que a média obtida tenha sido igual ou superior a 450 pontos.

Outras instituições, como Unicesumar e Uniasselvi, também reservam vagas por meio da nota do Enem. A Uniasselvi oferece bolsas de estudo de acordo com o desempenho do aluno no exame. Os descontos são baseados nas notas individuais de cada aluno: quanto maior a nota obtida no exame, maior é o percentual concedido.

Já a Unicesumar disponibiliza vagas para os candidatos tanto na modalidade EAD como na presencial. Além da vaga na instituição, é possível conseguir diversos benefícios, como bolsas de estudo ou desconto nas mensalidades. A universidade tem mais de 200 cursos de graduação que podem ser acessados via nota do Enem –medicina não entra na lista.

Especialistas elogiam o caráter interpretativo das provas do Enem, menos técnico ou conteudista do que os vestibulares tradicionais.

"Os temas das provas de redação são normalmente muito bons", afirma Wander Azanha, diretor pedagógico do curso pré-vestibular da Oficina do Estudante.

O Enem sempre passa por mudanças, mas mantém um padrão, um formato objetivo. Não tem questão verdadeira ou falsa, por exemplo.

"De vez em quando, algumas provas vêm diferentes, cobrando assuntos que nunca foram cobrados, mas no geral é uma prova que temos uma noção de como será, com questões fáceis, médias e difíceis", avalia Cláudio Hansen, professor de geografia e atualidades e gerente de marketing de conteúdo do Descomplica.

O exame tem questões que exigem a interpretação dos alunos, mas o conteúdo técnico também vem sendo cobrado, segundo Anna Carolina. "É uma corrida contra o tempo. São muitas questões que os alunos têm de dar conta. Precisam ser assertivos dentro do tempo que têm. Mas vejo o exame de maneira positiva, porque os alunos precisam se concentrar para apenas uma prova. Imagina alguém que queira fazer medicina, por exemplo. Essa pessoa terá que fazer muitos vestibulares com características específicas, vai precisar viajar. Nesse sentido, o Enem é um facilitador", explica a orientadora educacional do Poliedro.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha