Cursos são feitos com diferentes modos de ensino a distância

Na hora de optar por uma instituição, candidatos podem ver se preferem modelo online, semipresencial ou híbrido

Pela legislação brasileira, existem duas modalidades de ensino: a presencial e o ensino a distância (EAD). No presencial, as instituições estão autorizadas a colocar até 40% da carga didática de maneira remota. Na EAD, até 30% dessa carga didática é feita presencialmente.

Dentro da modalidade EAD, as universidades normalmente constroem seus cursos em três situações: online, semipresencial e híbrido. Assim, os alunos podem escolher em qual delas se encaixa melhor, explica João Vianney, sócio da consultoria Hoper Educação.

.
Cursos são feitos com diferentes modos de ensino a distância - Freepik

No modelo online, tanto a consulta aos materiais didáticos como as atividades de ensino e o contato entre alunos e tutores são feitos em ambiente virtual.

Mas é obrigatória a ida do aluno ao polo da instituição de ensino para a realização das avaliações.

No semipresencial, os alunos normalmente vão aos polos quinzenalmente (ou uma vez por semana), para receber suporte dos tutores e realizar as avaliações.

Já no híbrido a presença nos polos também é quinzenal ou semanal, mas para a realização de práticas obrigatórias de laboratório e avaliações ou mesmo para completar etapas de aprendizagem com os tutores. A maioria das aulas é feita em ambiente virtual. As mensalidades nesse modelo geralmente são mais caras em relação aos dois anteriores.

Dentro dos modelos, as universidades montam os cursos com aulas síncronas ou assíncronas. Resumidamente, aulas síncronas são aquelas realizadas ao vivo, em que professor e alunos estão ao mesmo tempo no ambiente virtual. Já as assíncronas são aquelas em que o conteúdo já foi gravado pelo professor, e o aluno pode acessar no momento que achar melhor.

No modelo assíncrono, o aluno pode montar toda a sua rotina de estudo de acordo com a sua agenda. "Mas nesse modelo o aluno precisa ser muito disciplinado, precisa saber cuidar muito bem do tempo que dispõe", afirma Baiard Carvalho, sócio-fundador da Alabama Consultoria, especializada em educação.

"Já as aulas síncronas costumam promover a interatividade com outros alunos e com o professor, o que pode beneficiar a aprendizagem. Mas há questões tecnológicas, por exemplo, se a conexão do professor cair, a aula é interrompida. Em aulas gravadas, isso não existe", diz Carvalho.

Coordenador dos cursos de graduação e extensão universitária do Senac EAD, Fábio Pereira Silva afirma que cada aluno se adapta melhor a cada modo de aprendizagem.

"A tecnologia faz a mediação do processo de ensino. Aqui no Senac, temos toda semana uma aula ao vivo do professor com os alunos. E tutores que auxiliam o professor em qualquer demanda que o aluno tenha em qualquer momento, e ela é atendida em até 24 horas."

O corpo docente dos cursos é dividido entre professores e tutores. Cada um com uma função diferente.

"Hoje temos o conceito de polidocência online. Um grupo de pessoas que trabalham nos cursos. Há o professor conteudista, o professor gestor, um tutor presencial, um tutor online", explica João Mattar, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED).

"A realidade é diferente daquela de anos atrás, quando só tínhamos a modalidade presencial. Não há mais apenas um professor, mas um conjunto de profissionais atuando na docência."

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha