Professor: o protagonista da educação

Reverter a precarização da profissão de professor é um dos desafios importantes para elevar os patamares de qualidade do ensino no país

O desafio de elevar a qualidade da educação no Brasil passa obrigatoriamente pelo investimento no professor. Essa é uma afirmação, praticamente, unânime entre todos os especialistas que se debruçam sobre essa questão. E a situação nunca esteve tão crítica. De acordo com o último Censo Escolar 2023, mais da metade dos professores das escolas estaduais brasileiras (51,6%) trabalham sob regime de contratação temporária. Ou seja, não são concursados.

Apesar desse tipo de contratação estar prevista em legislação, essa relação de trabalho torna a carreira do professor, que já sofre com uma série de dificuldades, ainda mais precarizada. A contratação temporária foi liberada para que as escolas pudessem contratar profissionais para substituir professores efetivos em situações de afastamento, durante uma licença médica, por exemplo. No entanto, acabou tornando-se rotina diante da falta de profissionais concursados.

Professor: o protagonista da educação
Professor: o protagonista da educação - Shutterstock

Baixos salários, carga horária excessiva, muitas vezes, com aulas em mais de uma escola, falta de infraestrutura mínima de trabalho, impossibilidade de investir na atualização de sua formação, problemas de segurança, esgotamento físico e mental são apenas alguns dos desafios cotidianos de quem é professor no Brasil.

A coordenadora de Projetos Educacionais do Senac-SP, Fernanda Aparecida Yamamoto, lamenta que a profissão de professor no Brasil seja desvalorizada. "Para reverter esse cenário, é essencial oferecer remuneração competitiva, oportunidades de desenvolvimento profissional e atuar na melhoria do ambiente de trabalho desses profissionais", afirma. Além disso, Yamamoto considera importante incorporar inovações pedagógicas que preparem melhor os estudantes para um mundo em rápida mudança.

Para reverter esse cenário, é essencial oferecer remuneração competitiva, oportunidades de desenvolvimento profissional e atuar na melhoria do ambiente de trabalho desses profissionais

Fernanda Aparecida Yamamoto

coordenadora de Projetos Educacionais do Senac-SP

Além de dar melhores condições de trabalho, também é preciso reverter o cenário de desinteresse dos jovens pela carreira. Os cursos de licenciatura que formam professores apresentam evasão de 58%, de acordo com o Censo de Educação do Inep. A Faculdade Sesi-SP de Educação oferece formação de professores na graduação. A formação dos futuros professores é realizada por áreas de conhecimento: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática.

Com objetivo de reverter a taxa de evasão, a Faculdade Sesi-SP implementou um conjunto de políticas envolvendo inovação, inserção imediata na prática da sala de aula com mentoria, professores qualificados, gratuidade do curso e incentivo financeiro para despesas pessoais. "Essas medidas contribuíram para que reduzíssemos significativamente as taxas de evasão em nossos cursos", diz Roberto Xavier Augusto Filho, gerente executivo de Educação do Sesi-SP.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha