Amazonas em foco

Além da zona franca

Tanque de criação de tambaqui

O Estado do Amazonas pode e precisa diversificar sua economia e levar desenvolvimento para além de sua capital, que concentra as empresas da Zona Franca e quase 80% do PIB (Produto Interno Bruto) estadual. A dependência da ZFM fez o Estado perder R$ 1,5 bilhão em receitas no ano passado com a crise econômica do país, que provocou a queda das vendas dos principais produtos lá fabricados (como eletrônicos).

Mas é preciso que esse desenvolvimento em direção ao interior não seja uma ameaça ao ambiente. O Amazonas é o Estado mais preservado do país, 97% de sua área florestal está intacta. Isso é um patrimônio para toda a humanidade, uma vez que ajuda a estabilizar o clima do planeta.

Para conciliar desenvolvimento e preservação, o Estado criou a chamada Matriz Econômica Ambiental, fruto de dois anos de discussões com cientistas e ambientalistas. O resultado é uma série de leis, programas de incentivos e projetos de infraestrutura que vão impulsionar potencialidades da região, como a piscicultura, a fruticultura e a produção mineral. Tudo com o compromisso de não derrubar sequer uma árvore. A meta é que os novos investimentos levem renda para todo o Amazonas e ainda ajudem a manter o ecossistema. Ao mesmo tempo, colocar o Estado na liderança da produção mundial de peixes de água doce, de frutas e de alguns minérios.