Podcast aborda queda da cobertura vacinal e avanço das doenças imunopreveníveis

Programa reúne o pesquisador Julio Croda, da Fiocruz, e a farmacêutica Esthefanie Ribeiro, da GSK, para tirar dúvidas sobre a vacinação

Nunca se falou tanto, no Brasil e no mundo, da importância das vacinas. Mas, ao mesmo tempo em que vivemos uma verdadeira corrida pela imunização contra a Covid-19, a cobertura vacinal contra outras doenças, tão ou mais perigosas, jamais esteve tão baixa baixa1.

Por que isso acontece? O que fazer para mudar esse quadro? Para falar sobre a importância da vacinação para proteger a sua saúde e de toda a comunidade, a jornalista Sílvia Corrêa comandou um podcast com as presenças do pesquisador e infectologista Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e da farmacêutica Esthefanie Ribeiro, gerente científica de vacinas na GSK, sobre a queda na cobertura vacinal e o risco de doenças imunopreveníveis já controladas voltarem a ser um problema para adultos e crianças.

Parceria do Estúdio Folha e da GSK, o episódio faz parte da série de podcasts “Resposta Imune”, que vai mostrar como as vacinas mudaram o mundo. Os programas estão disponíveis em todas as plataformas da Folha.

Mulher vestida com terno preto
Farmacêutica Esthefanie Ribeiro, gerente científica de vacinas na GSK - Divulgação

Durante o episódio, Sílvia Corrêa destacou que a maioria absoluta das vacinas necessita de uma cobertura vacinal de, no mínimo, 90% para que os imunizantes ajudem na proteção da população2. Muitas, porém, estão bem abaixo desse índice1.

É o caso da poliomielite, doença que foi erradicada no Brasil em 1990. No ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde, o percentual da população-alvo vacinada ficou em 70,5%, considerando o esquema primário e reforços1,3, patamar mais baixo em cinco anos.

Outras 15 vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações também registram queda nos últimos cinco anos e ficaram muito abaixo do esperado em 20202,3.

“As vacinas se tornaram vítimas do próprio sucesso. O que isso quer dizer? A partir do momento em que as pessoas não veem mais uma determinada doença, elas acabam não se atentando sobre como é importante continuar se vacinando”, lembrou Esthefanie durante o programa.

Homem de óculos e terno escuro, com camisa branca
Pesquisador e infectologista Julio Croda, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - Divulgação

No episódio, os especialistas destacaram ainda que vacinação não é apenas para crianças e que muitas vacinas necessitam de doses de reforço ao longo da vida. Julio Croda defendeu ainda que, para ampliar a cobertura vacinal, é necessário “que os profissionais da área de saúde e os serviços de atenção primária façam a busca ativa das crianças e das pessoas elegíveis para completar seu calendário vacinal.”

Julio Croda e Esthefanie Ribeiro também tiraram dúvidas sobre a diferença do sistema imunológico das crianças e dos adultos, imunidade de rebanho e enfatizaram a necessidade de se combater as fake news.

As vacinas são, acima de tudo, uma grande conquista da ciência e da humanidade, ressaltou a apresentadora do programa. “A cada 1 minuto 4 vidas são salvas pela vacinação no mundo e esta é uma das melhores formas de evitar doenças graves, que matam ou deixam sequelas para o resto da vida, e está acessível a todos os brasileiros através do Programa Nacional de Imunizações”, destacou a jornalista.

“Para nós da GSK, ações como esta estão intrinsecamente alinhadas com o nosso propósito. Apoiar campanhas e esforços de conscientização da população com relação à segurança e à eficácia das vacinas é nossa missão”

Gunnar Riediger

Diretor da Unidade de Negócios Biotech da GSK

“Para nós da GSK, ações como esta estão intrinsecamente alinhadas com o nosso propósito. Apoiar campanhas e esforços de conscientização da população com relação à segurança e à eficácia das vacinas é nossa missão”, afirma Gunnar Riediger, Diretor da Unidade de Negócios Biotech da GSK, ao explicar o apoio da farmacêutica, líder em vacinas no país, à série de podcasts.

Vacinas: momentos que merecem proteção

Material dirigido ao público geral. Por favor, consulte o seu médico.

REFERÊNCIAS:

1. Pesquisa realizada na base de dados do DATASUS. Utilizando os limites “Imuno” para Linha, “Ano” para Coluna, “Coberturas vacinais” para Medidas, “2014-2020” para Períodos Disponíveis e “Todos os
imunos” para Imuno. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/webtabx.exe?bd_pni/cpnibr.def >
Acesso em 06 de Julho de 2021.

2.BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações - Coberturas vacinais no Brasil. Período: 2010-2014. Disponível em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/17/AACOBERTURAS-VACINAIS-NO-BRASIL---2010-2014.pdf Acesso em 06 de Julho de 2021

3. Pesquisa realizada na base de dados do DATASUS. Utilizando os limites “Unidade da Federação” para Linha, “Imuno” para Coluna, “Coberturas vacinais” para Medidas, “2020” para Períodos Disponíveis e “Poliomielite, Poliomielite (1° ref) e Poliomielite 4 anos” para Imuno. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/webtabx.exe?bd_pni/cpnibr.def> Acesso em 06 de Julho de 2021.

NP-BR-ABX-WCNT-210008 – AGOSTO/2021