Congresso apresenta principais inovações no combate ao câncer

Pesquisadores da Oncoclínicas&Co e do Dana-Farber Cancer Institute, dos EUA, compartilham informações sobre diagnósticos, tratamentos e debatem como ampliar acesso à saúde

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Público durante a 11ª edição do Congresso Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber, no WTC São Paulo Events Center Masao Goto Filho/Estúdio Folha

Inteligência Artificial, oncologia de precisão, terapias personalizadas e cuidados cada vez mais multidisciplinares. Os tratamentos oncológicos passam por uma verdadeira revolução e compartilhar essas informações foi a essência do 11ª Congresso Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber, realizado em formato híbrido entre os dias 14 e 16 de setembro em São Paulo.

Com o tema "Oncologia do Futuro: as Fronteiras da Inovação e a Revolução do Cuidado", o evento, promovido pelo Instituto Oncoclínicas, reuniu mais de 300 especialistas, brasileiros e internacionais, para apresentar o que há de mais inovador no combate a todos os tipos de câncer.

"O congresso é uma oportunidade também de discutirmos os principais avanços e as pesquisas em andamento, dentro e fora da Oncoclínicas&Co, além de estreitar e consolidar nossa parceria com o Dana-Farber Cancer Institute, que é uma das instituições de pesquisa mais respeitadas do mundo", afirma Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.

Durante três dias, foram apresentados os resultados de pesquisas, casos clínicos, painéis com as visões de especialistas de diferentes áreas de saúde e muita troca de conhecimento. Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co e presidente do Instituto Oncoclínicas, afirma que um dos diferenciais do congresso é que as discussões sobre pesquisa, inovação, genômica e oncologia de precisão estão lado a lado com debates sobre a sustentabilidade do sistema de saúde e acesso às novas terapias. "Esse evento talvez seja um dos únicos de oncologia no Brasil que une as duas coisas: o que é de vanguarda e como levar essas terapias e diagnósticos de ponta ao paciente, pensando na eficiência e sustentabilidade de todo o sistema de saúde."

Cerca de 5.000 pessoas acompanharam o evento, presencialmente ou online – as inscrições eram gratuitas para os profissionais de saúde. O interesse se justifica: está cada vez mais difícil acompanhar o volume e o ritmo de publicações e atualizações científicas. "Essa é uma oportunidade única de o oncologista ver esses dados filtrados, compilados por grandes especialistas, e saber o que tem mais relevância para sua prática clínica diária. É um grande diferencial desse congresso", afirma Max Senna Mano, oncologista líder nacional de mama da Oncoclínicas&Co e coordenador desta edição do congresso.

Distribuído em 16 módulos temáticos, o congresso abordou as inovações nas áreas de ginecologia, pulmão, mama, urologia, hematologia, gastrointestinal, medicina de precisão, sarcoma, pele, cabeça e pescoço, sistema nervoso central, multidisciplinar, cuidados paliativos, neuroendocrino, onco-hemato-pediatria e radioterapia.

Mas não só isso: os especialistas também discutiram que a atualização profissional deve incluir a diversidade racial e de gênero. E que o cuidado do paciente engloba profissionais de diversas áreas – a atuação de equipes multidisciplinares foi um assunto amplamente debatido durante todo o evento.

A realização do congresso faz parte da estratégia de disseminar conhecimento, principal objetivo da parceria firmada em 2014 entre a Oncoclínicas&Co e o Dana-Farber Cancer Institute, ligado à Faculdade de Medicina de Harvard. Mas essa parceria evoluiu para estudos e pesquisas em conjunto. As duas instituições têm ainda um projeto de inovação para desenvolvimento de CAR-T cell no Brasil e, ainda neste ano, devem avançar em outros projetos colaborativos voltados aos pacientes oncológicos do país.

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Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co - Masao Goto Filho/Estúdio Folha

Avançamos em direção a tratamentos cada vez mais personalizados, permitindo estabelecer as terapias mais adequadas no momento certo, para o paciente certo

Bruno Ferrari

Fundador e CEO da Oncoclínicas&Co

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Carlos Gil Ferreira, diretor médico da Oncoclínicas&Co e presidente do Instituto Oncoclínicas - Masao Goto Filho/Estúdio Folha

O congresso reflete o tripé que sustenta a atividade médica da Oncoclínicas&Co: inovação, acesso e sustentabilidade. Esses três pilares resumem a oncologia de futuro

Carlos Gil Ferreira

Diretor médico da Oncoclínicas&Co e presidente do Instituto Oncoclínicas

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Max Senna Mano, oncologista da Oncoclínicas&Co e coordenador desta edição do congresso - Masao Goto Filho/Estúdio Folha

A ideia, além de apresentar inovações, é abrir espaço para debates e intercâmbio de conhecimento em oncologia. Com foco no paciente, não apenas nas doenças

Max Senna Mano

Oncologista da Oncoclínicas&Co e coordenador desta edição do congresso

Cuidado integral e mais diversidade são fundamentais para paciente

Uma das novidades desta edição do congresso foi ampliar os debates sobre o cuidado integral ao paciente oncológico e propor caminhos para romper as barreiras raciais e de gênero.

"A população negra sobrevive menos ao câncer de mama. Isso independe do tipo de tumor e da realidade socioeconômica", afirma Abna Vieira, oncologista da Oncoclínicas e líder do Programa Multidisciplinar na área de Diversidade do congresso.

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Debatedores propõem um novo olhar sobre a diversidade racial e de gênero - Masao Goto Filho/Estúdio Folha

O preconceito em relação à população LGBTQIA+ também é um entrave para um atendimento de qualidade. "Focar em como podemos melhorar essa situação e abordar a diversidade de aspectos que vão além do diagnóstico e dados estatísticos de incidência, com olhar para as diversas questões que também geram impactos no controle da doença e na qualidade de vida da pessoa com câncer, é fundamental", sintetiza a médica.

Para os especialistas, essa situação só mudará quando houver mais diversidade entre os próprios profissionais de saúde e quando todos entenderem que a tentativa de tratar todos os pacientes de forma igual pode apenas perpetuar a desigualdade.

"O caminho não é fácil, mas a função do psico-oncologista vai além das questões relacionadas ao câncer", afirma Cristiane Bergerot, líder nacional da Equipe Multidisciplinar da Oncoclínicas, que participou de uma mesa redonda sobre multidisciplinaridade.

Ela destaca que o cuidado deve se estender para incluir não apenas o diagnóstico e tratamento, mas também outros fatores cruciais na jornada do paciente, abrangendo os aspectos emocionais, físicos, funcionais, práticos, sociais, familiares e espirituais.

A oncologista Clarissa Mathias, da Oncoclínicas e primeira brasileira a fazer parte do Fellow of the American Society of Clinical Oncology (Fasco) e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), destaca que é preciso incluir a espiritualidade na complexa e delicada trajetória dos pacientes. Para ela, reconhecer as crenças do paciente é uma forma de aumentar a conexão com os médicos, fortalecer a saúde emocional, a resiliência e melhorar a qualidade de vida. "Isso faz toda a diferença para a adesão e o sucesso do tratamento", diz a médica, que durante o congresso também lançou o livro "Encontros Ecumênicos - Amor e Gratidão na arte de compartilhar", da Editora Doc, do qual é organizadora.

Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha