O mapeamento do genoma humano, código genético presente nas células de forma única em cada indivÃduo, fez com que a análise dos genes se tornasse indispensável para a oncologia. Entender a biologia e a origem do câncer aumenta as chances de combatê-lo de modo mais eficiente, direcionando medicamentos e terapias para alvos especÃficos das células tumorais.
Esta é a base da oncologia de precisão, que integra dados da biologia molecular à evolução clÃnica e resposta ao tratamento, permitindo reconhecer caminhos mais eficazes e menos agressivos para combater o câncer conforme o perfil do tumor.
"A oncologia de precisão utiliza dados moleculares do tumor e do indivÃduo. A genômica do tumor e a genética do paciente formam o diagnóstico completo do câncer, o que é fundamental para guiar o tratamento", afirma o oncologista Rodrigo Dienstmann, diretor médico da OC Precision Medicine, laboratório de anatomia patológica, genômica e big data do grupo OncoclÃnicas, o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina.
Os avanços na oncologia de precisão e o papel da inteligência artificial serão um dos principais destaques do 11º Congresso Internacional OncoclÃnicas e Dana-Farber Cancer Institute, que acontece entre os dias 14 e 16 de setembro no WTC São Paulo Events Center. O tema deste ano do evento, cujas inscrições são gratuitas aos profissionais de saúde, é "Oncologia do Futuro: as Fronteiras da Inovação e a Revolução do Cuidado".
Durante três dias, mais de 300 palestrantes, entre convidados nacionais e internacionais, darão um panorama do que há de mais inovador no diagnóstico e tratamento de vários tipos de câncer. Com transmissão online, o congresso trará painéis sobre Inteligência Artificial (IA), tratamentos personalizados, assistência inclusiva e linhas de cuidado multidisciplinares. Ao todo, serão 16 módulos temáticos e a expectativa dos organizadores é reunir cerca de 5.000 profissionais da área da saúde.
Dienstmann afirma que o congresso irá mostrar como avanços na genômica nos últimos anos refletem na evolução de tratamentos que já são considerados de ponta, como a terapia-alvo e a imunoterapia. "Na terapia-alvo, por exemplo, temos um número maior de alterações genéticas identificadas e mais alternativas de medicamentos. São mais de 50 biomarcadores de câncer e quase 100 fármacos desenvolvidos a partir da genômica. Também contamos com fármacos mais potentes e mais especÃficos para os mesmos alvos."
Segundo Dienstmann, a combinação da genômica, que identifica mutações especÃficas associadas ao câncer, e da IA aplicada à análise de dados pode fornecer informações mais precisas e personalizadas sobre a doença. Essa combinação pode, por exemplo, definir se uma mutação gênica é patogênica e acionável ou irrelevante na progressão do tumor.
Saiba mais sobre o congresso em: https://www.congressooncoclinicas.com.br/
IA irá democratizar acesso a terapias, diz especialista
O impacto na melhoria do diagnóstico molecular do câncer promete ser um trunfo do uso de algoritmos de IA na oncologia. Capaz de lidar com grandes volumes de literatura biomédica, a IA pode ajudar na sÃntese de evidências por meio da reorganização e da classificação desses dados.
"A IA fornece explicações para suas recomendações, o que pode ajudar oncologistas e pacientes a entender a lógica por trás das terapias sugeridas e ajudá-los a tomar decisões mais informadas", explica Chesley Leslin, diretor cientÃfico da Boston Lighthouse Innovations, empresa de bioinformática adquirida pela OncoclÃnicas.
Leslin é um dos palestrantes convidados a falar no congresso. Ele acredita que o avanço da IA democratizará o desenvolvimento de modelos para diagnóstico e tratamento do câncer, fornecendo ferramentas que permitirão que todo esse processo seja realizado e implantado por um número maior de pesquisadores e de clÃnicos, reduzindo tempo e custos.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha