Um bom investimento em saúde envolve a construção de novos equipamentos e também a utilização plena e racional dos existentes, evitando desperdÃcios de infraestrutura e ampliando o acesso dos moradores.
É o que foi feito com a maioria dos Hospitais Dia (HDs) da cidade de São Paulo, que desde agosto de 2021 passaram a funcionar 24 horas por dia. Nos 17 existentes na cidade, foram realizados 28.847 procedimentos cirúrgicos no ano passado, 209,75% a mais na comparação com 2016 (foram 9.313 naquele ano). Em relação a 2019, quando foram registrados 15.592 procedimentos, o crescimento foi de 85%.
Neste ano, de janeiro a abril, foram realizados 9.160 procedimentos cirúrgicos, um crescimento de 22,5% em relação ao mesmo perÃodo do ano passado, quando foram realizadas 7.475 cirurgias.
A medida adotada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) teve como objetivo justamente reduzir a espera pelos procedimentos cirúrgicos de baixa e média complexidade, que podem ser realizados nos HDs. Com isso, os hospitais municipais convencionais passam a se dedicar aos casos de maior complexidade.
Por definição do Ministério da Saúde, o regime de Hospital-Dia "é a assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clÃnicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na unidade por um perÃodo máximo de 12 horas".
Estrutura fÃsica da rede
Além disso, a fim de aumentar a capacidade de atendimento da atenção primária, a gestão municipal tem investido também na ampliação fÃsica da rede municipal de saúde.
Enquanto até 2016 a capital paulista contava com 910 equipamentos de saúde, hoje são 1.027, um aumento de 12,86% em seis anos.
A cidade passou de três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para as atuais 23; de 451 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para 470; de 20 para 30 hospitais; e de 147 equipamentos de saúde mental para 216, sendo 102 Centros de Atenção Psicossocial (Caps).
Parte dessas entregas é resultado do programa Avança Saúde SP, desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Das 107 obras contratadas pelo programa, 90 já foram concluÃdas e 17 estão em andamento.
Foram realizadas construções e reformas de pequeno a grande porte em todas as regiões da cidade. Para as unidades que fazem parte do Avança Saúde SP também está prevista a aquisição de mobiliário e equipamentos médicos.
Dois hospitais municipais também foram contemplados no programa: Hospital Municipal de Parelheiros e Hospital Municipal da Brasilândia – Adib Jatene, com a construção e aquisição de equipamentos, além da reforma e compra de equipamentos do Pronto-Socorro do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM). Até o momento, já foram investidos mais de R$ 607 milhões em obras e equipamentos.
Além da parceria com o BID, a gestão municipal investe recursos próprios, de emendas parlamentares, de parcerias público-privadas e de convênios para reestruturar a rede municipal de saúde.
Hospitais receberam o maior volume, um montante de R$ 305 milhões, seguidos pelas UBSs, com R$ 287 milhões, as UPAs, com R$ 108 milhões, e, por fim, os Caps, com R$ 11 milhões.
Nos demais equipamentos foram investidos R$ 67 milhões, englobando Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCIs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Centros Especializados em Reabilitação (CERs), entre outros.
PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS NOS HOSPITAIS DIA
- 28.847 em 2022*
- 9.312 em 2016
- Aumento de 209,75%
- 9 dos atuais 17 HDs funcionam 24 horas desde agosto de 2021
Ampliação fÃsica pelo Avança Saúde SP
- 1.027 equipamentos de saúde contra 910 em 2016
Entre eles:
- 23 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); antes eram 3
- 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contra 451
- 30 hospitais contra 20 anteriormente
- 216 equipamentos de saúde mental contra 147 antes, dos quais 102 Centros de Atenção Psicossocial (Caps)
*Em 16 Hospitais Dia
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