Placas de inauguração da Prefeitura de SP passam a ter acesso em braille e audiodescrição

Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência recebeu o primeiro modelo, inédito, em inauguração de nova sede, levando acessibilidade para pessoas com deficiência visual

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Placa da inauguração da nova sede do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD), que pode ser acessada por braille e oferece também audiodescrição por meio de QR Code - Fábio Nunes/SMPED

A acessibilidade é um direito cada vez mais exigido na sociedade. Um município que respeite e estimule esse conceito por meio de inovações garante mais cidadania a seus moradores.

Nesse caminho, a Prefeitura de São Paulo inovou também ao investir em acessibilidade comunicacional e lançou um novo modelo de placas de inauguração, que, agora, contará com as informações em braille e um QR Code com a sinalização em audiodescrição.

Essa iniciativa inédita no Brasil tem público. Segundo o Censo 2010, do IBGE, existem no país mais de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual. Na cidade de São Paulo, são mais de 300 mil.

O projeto estreou no último dia 30 de junho, na inauguração da nova sede do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMPD).

A cerimônia de inauguração, que aconteceu na rua Líbero Badaró, contou com a nova e inédita placa, de aço inox e já com as descrições em braille e AD (audiodescrição).

Foi nessa inauguração que a Prefeitura determinou que, desde então, todas as placas de inauguração da administração terão o QR Code com audiodescrição da placa e as informações em braille.

Agora, a pessoa com deficiência visual chega ao espaço inaugurado e consegue fazer a leitura tátil ou com a audiodescrição sozinha, sem precisar perguntar para os outros.

Como funciona

O braille foi criado no século 19 e mantém-se inalterado até hoje. Seu inventor foi o francês Louis Braille, que ficou cego em um acidente e desenvolveu o sistema, publicando-o pela primeira vez em 1829.

É baseado na combinação de seis pontos em relevo distribuídos em duas colunas e três linhas. A conjunção possibilita a escrita de alfabeto, números, pontuação, simbologia, matemática, química, física e partituras, entre outros.

Já as pessoas com deficiência visual, mas que não são alfabetizadas em braille, podem saber do que tratam as placas de inauguração por meio da audiodescrição.

O método oferece as informações necessárias e mais relevantes do conteúdo, descrevendo personagens, cenários, figurinos, ações, gestos, expressões faciais, mudanças de cena, letreiros e outras imagens em geral.

Possibilita que pessoas com deficiência visual, cegas e com baixa visão, compreendam e acompanhem a narrativa e a obra audiovisual. A audiodescrição é realizada entre os diálogos, sem interferir nas informações sonoras relevantes e originais da produção.

A audiodescrição também pode beneficiar outros públicos com outras deficiências e idosos. A disponibilidade do recurso pode ser feita mixada ao áudio original, distribuída em fones receptores em teatros, acessada por meio de texto pelos softwares leitores de tela em vídeos, sites, audioguias, entre outros.

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo