O programa Mães Guardiãs, criado pela Prefeitura de São Paulo em 2021, atingiu a marca de 7.000 mulheres atuando nas escolas da rede municipal de ensino e nas unidades parceiras.
O projeto beneficia estudantes, suas famÃlias, o ambiente escolar e milhares de mulheres que estavam sem trabalho e hoje desempenham uma função muito importante para a sociedade.
Elas recebem capacitação, trabalham seis horas por dia, de segunda a sexta, e ganham uma bolsa-auxÃlio que hoje corresponde a R$ 1.386.
A ideia surgiu durante a pandemia de Covid-19 e seleciona mulheres desempregadas, especialmente mães de alunos, para exercer funções de apoio na área da educação.
No inÃcio, a missão das mães guardiãs era ajudar as escolas na recepção aos alunos na volta à s aulas presenciais de forma segura, respeitando os protocolos sanitários, após o longo perÃodo de ensino à distância imposto pela pandemia.
Em seguida, elas passaram a ajudar a restabelecer o vÃnculo das famÃlias com a escola, acompanhando a frequência escolar dos estudantes, realizando visitas domiciliares em casos de alunos com faltas injustificadas e colaborando com a promoção da boa convivência escolar.
Diante dos resultados exitosos, o programa foi ampliado e, recentemente, selecionou mulheres para ajudar também a desenvolver hortas pedagógicas nas escolas municipais.
Trata-se de um projeto que estimula o aprendizado no campo da biologia, promove a educação ambiental e incentiva a alimentação saudável, além de fornecer hortaliças para a merenda escolar.
Das 7.000 participantes, 5.000 atuam na busca ativa de estudantes, e 2.000, nas hortas pedagógicas. O Mães Guardiãs faz parte do Programa Operação Trabalho (POT) e integra o trabalho conjunto entre a Secretaria Municipal da Educação (SME) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET).
EXPERIÊNCIAS
A paulistana Simone de Almeida participa do Mães Guardiãs desde julho de 2022 na EMEF Prof. MaÃlson Delane, na região de Guaianases, na zona leste de São Paulo. Ela atua na busca ativa de crianças e adolescentes com frequência escolar irregular.
Simone conta de uma mãe que estava com dificuldade em organizar a rotina doméstica e convencer a filha de 5 anos a frequentar a escola. "Com o nosso apoio, ela conseguiu se organizar, e hoje a criança está totalmente integrada à escola."
Ao ingressar no Mães Guardiãs, encontrou um trabalho e pôde se matricular em uma faculdade de Serviço Social. "O que eu recebo no projeto permite pagar a faculdade", diz. "Escolhi esse curso porque quero continuar ajudando as pessoas com o meu trabalho."
Outra participante é Elenita da Silva Matos Soares, que atua na EMEF Antônio Duarte de Almeida, Itaquera, também na zona leste. Mãe de um menino de 6 anos e de uma menina de 4, ela foi selecionada para a função de busca ativa no inÃcio de 2022.
Em um dos casos em que atuou, ela lembra de uma adolescente que faltava muito e tinha problemas de relacionamento na escola. "Conversei muito com ela e com a famÃlia e, aos poucos, conseguimos fazer uma reintegração ao ambiente escolar", conta. "Hoje, quando passa por mim, ela me chama de mãe."
Ao passar por essa experiência, Elenita decidiu cursar uma faculdade de pedagogia, à noite. "Quero seguir carreira na área da educação", ela afirma. "Na escola, todos me apoiam: a diretora, os coordenadores, os professores. Todos estão torcendo por mim e me ajudando."
REQUISITOS
Para ser uma mãe guardiã é preciso:
- Ter entre 18 e 59 anos
- Morar em São Paulo
- Estar desempregada há mais de quatro meses
- Não receber seguro-desemprego
- Ter renda familiar de até meio salário mÃnimo por pessoa
- Ligação com a comunidade escolar
As inscrições são feitas nas unidades do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate), que, apesar de, neste momento, não ter vagas abertas para o programa, oferece várias outras oportunidades para recolocação no mercado de trabalho.
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*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha