Hospital municipal de tratamento do câncer: 97 mil pacientes e 6 mil cirurgias realizadas

Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, instalado há dois anos em unidade hospitalar da zona sul, realiza intervenções cirúrgicas por meio de tecnologia robótica

O Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, localizado no Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, tornou-se um marco no tratamento de câncer na cidade de São Paulo.

Há dois anos, esse centro de referência vem utilizando tecnologia robótica para realizar os procedimentos cirúrgicos. Nesse período, foram 97.182 pacientes atendidos, 3.338 diagnósticos finalizados e 6.148 cirurgias realizadas. Parte delas foi possível por meio dessa tecnologia robótica, um diferencial que permite mais segurança e precisão na intervenção.

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Procedimento realizado no Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas - Divulgação

Atualmente, cerca de 11 mil pessoas com câncer estão em acompanhamento nos vários estágios de atendimento oncológico, do diagnóstico ao cuidado paliativo. O acompanhamento ao paciente pode ter continuidade por até cinco anos, período que se considera que um câncer entrou em remissão.

Mensalmente, são realizadas no hospital 330 cirurgias, parte delas por meio do robô cirúrgico Da Vinci, utilizado especialmente em procedimentos urológicos e ginecológicos. A utilização da tecnologia permite mais segurança ao paciente e maior precisão na retirada do tumor, principalmente em casos complexos. Além disso, como faz pequenas incisões, representa diminuição da dor e desconforto no pós-operatório, com menos riscos de sangramentos e de infecções. Clique aqui e saiba mais sobre esse tipo de cirurgia.

O hospital fica localizado na avenida Santa Catarina, 2.785, zona sul da capital. É conhecido também como Vila Santa Catarina, integra a rede municipal de saúde desde 2015 e é administrado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

Atualmente, 91% dos leitos são ocupados por pacientes que fazem tratamento oncológico, que têm à disposição uma estrutura completa de atendimento, desde o diagnóstico até cirurgias e tratamento.

EXPANSÃO

Outra melhora significativa em andamento é a reforma do espaço diagnóstico do hospital, com a expansão de duas para nove salas de intervenção, aquisição de uma segunda tomografia e PET-CT, o que permitirá ampliar dos atuais 2.500 para 5.500 o número de exames por mês.

A instituição é classificada como nível de atenção terciário (o de maior complexidade dentro da área da saúde), possui uma infraestrutura distribuída em 23 mil metros quadrados e nove andares. São 221 leitos disponíveis, sendo 40 de UTI adulto e 9 de UTI pediátrica. Trabalham no local 1.424 pessoas, dentre elas 300 médicos, sendo 200 oncologistas.

A ênfase no atendimento oncológico iniciou há cinco anos e foi consolidada com a inauguração do Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas, que oferece atendimento nas áreas de oncologia clínica, coloproctologia, estômago, hepatobiliar, ginecologia, hematologia, mastologia, ortopedia, pneumologia, urologia e oncologia clínica.

Como áreas agregadas, estão as de cirurgias vascular e plástica. Fora da oncologia, a instituição também realiza cirurgias bariátricas, procedimento para o qual recebe cerca de 30 novos pacientes por mês.

Todos os meses, mais de 200 pacientes são recebidos na instituição, em sua quase totalidade encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todas as regiões da cidade, a partir da suspeita de câncer.

O perfil mais frequente são homens e mulheres com mais de 50 anos, e o câncer com maior incidência é o de próstata (são 784 pacientes acompanhados atualmente). Nas mulheres, o mais comum é o de mama (393 pacientes acompanhadas). Em média, por mês, são realizadas na instituição 4.200 consultas, 1.730 sessões de radioterapia e 1.370 sessões de quimioterapia.

AGILIZAR DIAGNÓSTICO

Além das melhorias em infraestrutura, o hospital, que possui a certificação ONA nível 3 e o certificação da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), ambos pela qualidade na assistência prestada, pretende dar um novo passo: intervir de forma positiva para que os pacientes oncológicos cheguem mais cedo para a etapa de diagnóstico, garantindo um maior índice de sucesso no tratamento.

Para isso, a equipe do hospital está implementando um projeto-piloto junto às UBSs da zona sul da capital, com o objetivo de qualificar a espera para exames.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha