Descrição de chapéu Bradesco

Escolha do Plano de Previdência começa pelo perfil do investidor

Nível de risco e prazo pretendido para resgate do capital estão entre as variáveis a serem analisadas

A escolha de um Plano de Previdência Privada precisa ser pautada por uma série de critérios, a começar pelo perfil do investidor. "Devem ser considerados os objetivos financeiros pessoais que atendam melhor aos propósitos de rendimentos e de prazo até o resgate e o nível de risco que se pretende assumir", explica Laura Pelegrini, sócia da área de Seguros, Resseguros, Previdência Privada e Saúde Suplementar do escritório de advocacia Demarest.

São dois os tipos principais de Plano: o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). "Basicamente, o que os difere é a maneira como o investidor faz a sua declaração do Imposto de Renda", resume Natalie Verndl, coordenadora dos cursos de Ciências Atuariais e Ciências Econômicas da FMU.

No PGBL, os pagamentos mensais feitos ao Plano podem ser descontados do IR, como ocorre com a dedução de despesas médicas ou de educação na declaração, diz Verndl. "Em contrapartida, na hora de resgatar os recursos, o imposto incidirá sobre o valor total." É recomendado para quem faz a declaração completa do IR, com a possibilidade de deduzir os aportes mensais até o limite de 12% da renda bruta tributável, pontua Pelegrini.

No VGBL, a vantagem é que, no resgate, o imposto incide apenas sobre os rendimentos e não sobre o valor principal das contribuições, como no PGBL, diz a sócia da Demarest. "Em geral, é indicado para aqueles que fazem a declaração simplificada do IR", frisa. Também se alinha com o perfil de "investidores que miram o longo prazo, sobretudo mais de dez anos", considera Verndl.

Outro fator que deve ser considerado ao optar por um Plano de Previdência Privada, seja ele VGBL ou PGBL, é a rentabilidade, ou o percentual de ganho a partir do valor que foi investido.

Verndl ressalta que, quanto maior o risco, maior tende a ser a remuneração pelo investimento. "A diversificação da carteira é sempre recomendada, justamente para pulverizar os riscos", diz.

A escolha passa ainda pela tributação, que pode ser de dois tipos (veja ao lado). "Na progressiva, as alíquotas aumentam de acordo com o valor recebido mensalmente, chegando a até 27,5%", diz Pelegrini. "Na regressiva, a tributação diminui conforme aumenta o tempo pelo qual o investimento é mantido."

Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência, lembra que há opções de investimentos para todos os tipos de perfil. "Tem para o perfil mais conservador, onde o investimento tem baixa oscilação e é muito mais previsível, e tem também para quem gosta de uma pitada de risco e busca um retorno maior para suas reservas", diz.

Scripilliti ressalta que a regulação da Previdência Privada é um pouco mais restritiva e ela impede riscos de perda de capital.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha