Optar por uma Previdência Privada permite acumular recursos para alcançar metas futuras, mas o acompanhamento regular desse investimento torna-se indispensável para maximizar o seu retorno.
Com a volatilidade constante do mercado financeiro, é necessário monitorar as variações, afirmam especialistas. Mas qualquer ajuste deve estar sempre alinhado ao perfil do investidor e aos seus objetivos.
Especialistas aconselham que o contratante acompanhe a performance de sua Previdência Privada por meio da plataforma de investimento ou das divulgações periódicas do plano.
Um dos pontos fundamentais a serem observados é se a rentabilidade está acima dos índices de inflação, como o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo], que mede o aumento geral de preços na economia.
Nesse sentido, outro parâmetro importante é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), principal índice dos investimentos de renda fixa e que impacta os retornos de muitos investimentos. O ideal é que o rendimento do plano permaneça no mesmo nível ou acima desse indicador.
O monitoramento regular é fundamental para identificar oportunidades, mas é preciso cuidado para não gerar uma ansiedade excessiva no investidor, alerta Jorge Boucinhas, professor de direito previdenciário e seguridade da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).
"Mudanças por impulso na carteira podem gerar perdas", avalia. "Sempre é preciso ter em mente que prejuízos com oscilações do mercado tendem a ser compensados com ganhos futuros."
Analistas salientam que essas flutuações, que podem ser diárias, não significam que o investidor esteja ganhando ou perdendo muito. O importante é a rentabilidade dentro do período escolhido para o plano. A partir de um prazo de três a quatro meses, dizem os analistas, já é possível fazer uma análise prévia. Para ajustes na carteira, Boucinhas diz preferir a periodicidade anual.
Uma forma de se blindar contra a ansiedade dos ajustes é o investidor alinhar com bastante cuidado seu perfil ao tipo de produto a ser contratado, considerando o "nível de risco que a pessoa é capaz de suportar", segundo o professor da FGV-Eaesp. Como fundos de renda variável costumam oscilar mais, eles são um gatilho para alterações constantes que possam ocasionar perdas.
Uma alternativa é mesclar fundos de diferentes níveis de risco, aumentando ou diminuindo a proporção dos mais ousados nesse pacote de acordo com o apetite pela rentabilidade e a resistência às variações.
Mas é sempre importante lembrar que a Previdência Privada, em comparação a outros investimentos, tem "um sistema regulatório que impede riscos de perdas mais substanciais de capital ao longo do caminho", ressalta Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha