Gestão da Previdência Privada deve evitar impulsividade

Alterações dos planos precisam considerar fatores como propensão ao risco e destino dos recursos

A imagem mostra uma mão segurando uma caneta, desenhando um gráfico de barras em um fundo escuro. O gráfico apresenta barras verticais em crescimento, com linhas e setas indicando uma tendência ascendente. Há também números ao lado das barras, representando valores, e elementos brilhantes que destacam o gráfico.

Gestão da Previdência Privada deve evitar impulsividade Getty Images/iStockphoto

Optar por uma Previdência Privada permite acumular recursos para alcançar metas futuras, mas o acompanhamento regular desse investimento torna-se indispensável para maximizar o seu retorno.

Com a volatilidade constante do mercado financeiro, é necessário monitorar as variações, afirmam especialistas. Mas qualquer ajuste deve estar sempre alinhado ao perfil do investidor e aos seus objetivos.

Especialistas aconselham que o contratante acompanhe a performance de sua Previdência Privada por meio da plataforma de investimento ou das divulgações periódicas do plano.

Um dos pontos fundamentais a serem observados é se a rentabilidade está acima dos índices de inflação, como o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo], que mede o aumento geral de preços na economia.

Nesse sentido, outro parâmetro importante é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), principal índice dos investimentos de renda fixa e que impacta os retornos de muitos investimentos. O ideal é que o rendimento do plano permaneça no mesmo nível ou acima desse indicador.

O monitoramento regular é fundamental para identificar oportunidades, mas é preciso cuidado para não gerar uma ansiedade excessiva no investidor, alerta Jorge Boucinhas, professor de direito previdenciário e seguridade da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).

"Mudanças por impulso na carteira podem gerar perdas", avalia. "Sempre é preciso ter em mente que prejuízos com oscilações do mercado tendem a ser compensados com ganhos futuros."

Analistas salientam que essas flutuações, que podem ser diárias, não significam que o investidor esteja ganhando ou perdendo muito. O importante é a rentabilidade dentro do período escolhido para o plano. A partir de um prazo de três a quatro meses, dizem os analistas, já é possível fazer uma análise prévia. Para ajustes na carteira, Boucinhas diz preferir a periodicidade anual.

Uma forma de se blindar contra a ansiedade dos ajustes é o investidor alinhar com bastante cuidado seu perfil ao tipo de produto a ser contratado, considerando o "nível de risco que a pessoa é capaz de suportar", segundo o professor da FGV-Eaesp. Como fundos de renda variável costumam oscilar mais, eles são um gatilho para alterações constantes que possam ocasionar perdas.

Uma alternativa é mesclar fundos de diferentes níveis de risco, aumentando ou diminuindo a proporção dos mais ousados nesse pacote de acordo com o apetite pela rentabilidade e a resistência às variações.

Mas é sempre importante lembrar que a Previdência Privada, em comparação a outros investimentos, tem "um sistema regulatório que impede riscos de perdas mais substanciais de capital ao longo do caminho", ressalta Estevão Scripilliti, diretor da Bradesco Vida e Previdência.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha