Não vale só um prédio grande e organizado e, por outro lado, também não é suficiente apenas um material didático bem formatado. Uma boa escola precisa articular as estruturas físicas e pedagógicas de forma coerente para que pais e alunos compreendam que tudo ali foi construído para potencializar o aprendizado.
"E a receita vale da educação infantil ao ensino médio. Cada etapa tem suas peculiaridades, mas em todas elas é preciso que pedagógico e espaço físico tenham intencionalidade", afirma Juliano Costa, diretor pedagógico da Pearson, a maior empresa de educação do mundo e da qual o sistema COC faz parte, com mais de 450 escolas e 200 mil alunos espalhados pelo país.
Em relação à estrutura física, Costa explica que uma boa escola faz com que seus espaços reflitam os valores em que acredita. "Tem de ter espaço de recreação, cantina com pátio grande para facilitar que os estudantes se socializem, área verde. Como muitas famílias vivem em prédios, a escola representa uma chance de os filhos ficarem mais perto da natureza. Essa mediação é muito importante, principalmente na educação infantil e fundamental.
No caso de escolas que oferecem todas as etapas de educação, o educador sugere que os pais prefiram as que fazem a diferenciação de espaços dentro do mesmo espaço, com ambientes identitários por faixa etária - parques lúdicos no infantil e laboratórios de tecnologia no ensino médio.
Quanto ao pedagógico, a escola precisa ser capaz de explicar à família a metodologia e a concepção pedagógica. "Os educadores são técnicos. Existe um linguajar próprio que precisa ser traduzido para os pais. Não adianta só dizer que utiliza o método sociointeracionista. Tem de explicar que a metodologia aproveita o conhecimento que o aluno traz de casa".
Por fim, a escola precisa mostrar resultado de aprendizagem, isto é, dar evidências de que os alunos aprendem. No infantil, isso significa, por exemplo, um bom processo de alfabetização e letramento. No ensino médio são os resultados nos vestibulares e no Enem.
Processo Gradual
Preparar o aluno para o vestibular não significa, no entanto, oferecer um modelo voltado exclusivamente a resultados. O coordenador pedagógico do COC explica que, do infantil ao fim do fundamental, o sistema visa a preparar o estudante para a "cidadania múltipla, saudável e feliz", com espaço para a interdisciplinaridade.
A ideia é que a partir do nono ano do fundamental, quando aumenta o volume de conteúdo, o aluno esteja com base sólida para apresentar resultados sem que isso o sobrecarregue ou gere traumas.
"Nosso objetivo não é ser uma máquina de aprovações, mas sim uma geração de jovens que têm consciência do que fazer para ser aprovado", resume Juliano Costa.
Alberto Rocha/Estúdio Folha | ||
Juliano Costa, diretor pedagógico da Pearson, a empresa de educação mantenedora do COC |
O Modelo Me Conquistou
Foi esse modelo que conquistou o empresário Ricardo Luis Bento Ferreira, que há quase uma década matriculou o filho Thomas Bento Ferreira na unidade de Jaboticabal, município a 350 Km de São Paulo.
"Assim que a escola abriu aqui na cidade, fui conhecer, vi a seriedade do projeto e não tive dúvida", conta.
O entusiasmo de Thomaz com a escola motivou Ricardo a, pouco tempo depois, matricular também o caçula. Thulio, hoje com 14 anos, está desde o início do fundamental no COC. Atualmente no nono ano, ainda não sabe o que estudará na faculdade, mas vê o sucesso do irmão e fica animado.
Thomaz saiu do COC direto para cursar Economia da Universidade de São Paulo (USP). "E sem sofrimento. Foi tudo natural. Até na época do vestibular a escola ofereceu atendimento psicológico para que ele desse conta do estresse" lembra o pai orgulhoso.