O Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), baseado no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), garante educação para adolescentes em privação de liberdade. No entanto, ainda que a Unidade de Internação de Santa Maria (DF) tivesse uma escola, até 2016 seu funcionamento era irregular. Com o projeto "Onda pela Paz", que ensina direitos humanos, os internos elaboraram um boletim relatando o problema e exigindo o direito. A promotoria, então, trocou a direção para garantir o funcionamento da escola.
"Foi a primeira conquista do projeto. Desde então, vimos a unidade se tornar um espaço repleto de atividades culturais, educativas e profissionalizantes, com menos conflitos e mais chances de sucesso na ressocialização", diz Márcia Acioli, assessora política do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), responsável pelo projeto.
Pelo menos uma vez por semana em Santa Maria, o Inesc promove oficinas culturais que incluem dança, fotografia, música e artes visuais, como ferramentas para discutir política, direitos humanos e problemas sociais.
Em Itapiúna (CE), o conhecimento dos direitos humanos também está oferecendo mais perspectiva aos adolescentes. A pequena cidade é afetada pela seca e apenas 4% da população tem emprego formal.
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| Jovens do 'Nossa Escola é em Todo Lugar' |
Voltado para jovens de 15 a 24 anos, o projeto "A Voz da Juventude", implantado em 2017, é finalista do prêmio junto com a parceira E.E.M.V. Edimar Martins da Cunha. Lá, grupos de discussão acontecem nas duas escolas de ensino médio de Ipiúna. Uma vez por mês há um dia dedicado à prevenção do suicídio, atividade que contempla atendimento psicológico.
Em São Vicente (SP), o Instituto Camará Calunga também ensina direitos humanos no projeto
"Nossa Escola é em Todo Lugar". Em parceria com a E.M.E.F. Professor Lúcio Martins Rodrigues, as atividades desenvolvidas promovem rodas de diálogo, sessões de cinema e até um bloco de carnaval chamado EurECA.