Parceria para driblar a crise e crescer juntos

Uber oferece mais vantagens para motoristas e amplia serviços para que ciclistas e motociclistas também lucrem com o aplicativo

A engenheira cubana Maricela Frometa, de 57 anos, nunca havia pensado que sua vida daria uma guinada depois dos 50 anos. Ela mudou de país e descobriu uma nova profissão: motorista parceira da Uber.

No Brasil desde 2014, ela começou a trabalhar como auxiliar de design de interiores -mas se queixava por não ter tempo para fazer as coisas que queria.

Nas férias coletivas do início deste ano, decidiu testar uma parceria com a Uber. A experiência deu tão certo que, em fevereiro, deixou a empresa para se dedicar integralmente à nova empreitada. "Vi que trabalhar usando o aplicativo da Uber dá um bom retorno financeiro e tenho disponibilidade para me dedicar a outras coisas", diz.

Maricela não tem carro próprio. "Pego emprestado do meu marido e trabalho nos horários em que ele não precisa do veículo", diz. Muitos dos parceiros da Uber também não têm. Por isso, a Uber faz acordos com empresas para facilitar o aluguel de carros e a compra de celulares e assegurar que seus parceiros tenham descontos na compra de combustíveis e de serviços. Além disso, o aplicativo da Uber é constantemente atualizado, com o objetivo de usar a tecnologia a favor dos motoristas.

Alberto Rocha/Estúdio Folha

"O aplicativo indica regiões onde a demanda de usuários é alta. Sempre fico atenta porque, se estou por perto, ajuda muito", diz a cubana.

No Brasil, já são mais de 600 mil motoristas parceiros e mais de 22 milhões de usuários. Mesmo quem não tem condições de acesso a um carro pode ser um parceiro da Uber.

"Se essa realidade [carro] ainda está distante do seu patamar financeiro, existe a opção de ser entregador com a Uber Eats. E, para isso, basta ter uma bicicleta ou uma moto", afirma Fábio Plein, diretor de Operações da Uber.

O estudante Paulo Bruno Saraiva, 25, usava sua bicicleta para ir ao trabalho -era conferencista em uma empresa de produtos alimentícios-, mas decidiu transformá-la em sua principal fonte de rendimentos. Deixou o emprego para ser entregador da Uber Eats.

"Estou há um mês trabalhando com o aplicativo, mas já deu pra ver que rende bem financeiramente. Além disso, me divirto e faço exercícios ao mesmo tempo", diz o ciclista, que estuda comunicação visual em uma escola técnica.

Alberto Rocha/Estúdio Folha

A demanda pelo serviço de entrega de refeições cresce a cada dia. Além de ciclistas e motociclistas, os motoristas parceiros inscritos no UberX também podem fazer entregas e trabalhar em horários menos disputados, como na hora do almoço ou jantar.

O Uber Eats também aumentou a demanda de restaurantes que antes tinham um raio restrito de atuação. "Isso estimula o empreendedorismo nas regiões onde a plataforma chega", diz Plein.

Henrique Assale/Estúdio Folha
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