ArcelorMittal assume compromissos ousados para redução de carbono e inclusão para transformar o amanhã

Líder no mercado global de aço, empresa estabelece ações estruturadas nas áreas de desenvolvimento sustentável, com meta de neutralizar as emissões de gás carbônico até 2050, e incentivo à diversidade, incluindo programas que visam a ampliação da presença de mulheres em toda a cadeia produtiva

A pandemia do Covid-19 não acelerou apenas a produção de vacinas ou a transformação digital das empresas. Na ArcelorMittal, líder no mercado global de aço, um dos maiores efeitos da crise sanitária foi a intensificação da necessidade de pensar o coletivo. "Nós queremos transformar o amanhã, mas percebemos que, se não fizermos diferente hoje, o amanhã nem vai existir", afirma Lucas Penna, gerente-geral de Tecnologia e Melhoria Contínua da ArcelorMittal Aços Longos Brasil.

Somando essa percepção às exigências de consumidores que querem estar cada vez mais engajados com os propósitos das marcas, a empresa anunciou globalmente metas ambiciosas para responder a alguns dos principais desafios da nova economia, que incluem reduzir significativamente seus impactos ambientais e ser uma empresa mais sustentável, inclusiva e atenta aos anseios da sociedade. "É impossível atualmente pensarmos apenas em lucro, volume, qualidade e atendimento aos requisitos legais", afirma Luciana Magalhães Corrêa, gerente de Meio Ambiente e Coprodutos da ArcelorMittal Aços Longos - Industrial, Metálicos e Comercial. "Outros parâmetros tornaram-se indispensáveis e a empresa, mais do que nunca, precisa ser sustentável", afirma.

No pilar de desenvolvimento sustentável, a ArcelorMittal, que já é referência por sua gestão ambiental, com altos índices de geração própria de energia, recirculação de água, aproveitamento de coprodutos e reciclabilidade, firmou o compromisso de ser carbono neutro até 2050. A meta é tão ousada que a empresa foi a primeira produtora de aço mundial a se comprometer com ela.

"O aço, que definimos internamente como ‘tecido da vida’, é a estrutura de tudo, está em todos os projetos de infraestrutura, mobilidade, construção civil, e a ArcelorMittal, como líder no mercado global siderúrgico, entende que seja sua responsabilidade liderar o movimento pela descarbonização", complementa Luciana. Para tanto, a empresa se compromete, por exemplo, a investir 100 milhões de dólares por ano durante quatro anos para iniciativas inovadoras voltadas à redução das emissões de CO2.

No Brasil, como passo intermediário, a ArcelorMittal lançou, em junho, a meta de reduzir suas emissões de CO2 em 10% até 2030. Até lá, a estratégia é trabalhar na melhoria contínua dos processos existentes, no aumento do uso de sucata como matéria-prima, utilização de energias mais limpas e otimização do uso do carvão vegetal nas unidades. Além disso, com o apoio de seus de centros de pesquisas ao redor do mundo e de parceiros, a empresa tem buscado tecnologias disruptivas que serão a chave para a neutralidade das emissões de CO2.

Hoje, cerca de 70% da produção da ArcelorMittal é realizada à base de sucata e a empresa está entre as maiores recicladoras de sucata metálica do Brasil, atuando em todo o território nacional. "Precisamos pensar na transformação do aço, na utilização de um combustível limpo", afirma Lucas.

A ArcelorMittal foi a primeira siderúrgica do Brasil a receber o rótulo ecológico da ABNT em todos os seus sites produtores de aço e pioneira na Declaração Ambiental de Produtos (DAP). A companhia também possui certificação Forest Stewardship Council (FSC) para as florestas renováveis de eucalipto para produção de carvão vegetal e está em processo de certificação pelas normas ESG ResponsibleSteel™, que certifica as empresas produtoras de aço em altos padrões de sustentabilidade.

Além disso, está buscando a certificação IRMA (Initiative for Responsible Mining Assurance), iniciativa global que certifica o desempenho socioambiental das minas. A previsão é de que todas as minas do Grupo ArcelorMittal sejam certificadas em cinco anos.

Diversidade & inclusão

No quesito diversidade e inclusão, a ArcelorMittal decidiu focar suas ações em quatro grupos prioritários, que são gênero, raça, LGBTI+ e pessoas com deficiência. "Nosso objetivo é entender os cenários de exclusão com sensibilidade e empatia para criar ações estruturadas que trabalhem não apenas a diversidade, mas inclusão, de fato, desses grupos dentro da organização", afirma Andrei Bosco, gerente de Cultura Organizacional, Diversidade e Inclusão da ArcelorMittal Aços Longos LATAM e Mineração Brasil. Para Bosco, é importante compreender que, na corrida da meritocracia, pessoas que sofreram restrições em qualquer contexto de vida, seja falta de acesso à informação ou falta de acolhimento em ambiente familiar, saíram de pontos de largada diferentes daqueles que não fazem parte de grupos historicamente excluídos.

Esse conjunto de ações estruturadas assumido globalmente pela empresa com a sociedade é reforçado pelo Programa Diversidade & Inclusão, que estabelece o compromisso de ter ao menos 25% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2030.

"No Brasil, temos ainda a meta, estabelecida em junho, para que mulheres representem pelo menos 30% do quadro de empregados da companhia no mesmo prazo", afirma. O desafio está colocado para todas as áreas da empresa, incluindo as atividades operacionais, administrativas e cargos de liderança.

"Considerando o nosso segmento, é um plano ousado que, para ser coerente e consistente, depende de atração, recrutamento, engajamento, desenvolvimento e plano de sucessão", diz ele. Bosco destaca ainda que, para alcançar o objetivo, é preciso trabalhar o clima organizacional. "Do contrário, corre-se o risco de o público masculino entender que o feminino terá oportunidades simplesmente por ser feminino", alerta.

Hoje, dos cerca de 17 mil empregados da unidade brasileira da empresa, 17% são mulheres. Na área operacional, a fatia é ainda menor, 7%. Em cargos de liderança, elas são 9%. Taciana Rezende Pereira, gerente de Trefilaria da unidade de Resende, no Rio de Janeiro, é uma delas. Em setembro, aos 34 anos, a mineira formada em Engenharia Metalúrgica pela UFMG assumiu a área que historicamente era comandada por homens com muitos anos de casa. "É um desafio, mas acredito que meu perfil de mulher jovem seja justamente o diferencial neste meio da siderurgia", diz ela, ao reconhecer a responsabilidade de fazer outras profissionais se inspirarem na sua trajetória.

Para os próximos anos, o objetivo da área comandada por Bosco é criar mais grupos prioritários e expandir as metas para os outros três já existentes. "Não é uma iniciativa simples porque não basta convidar cada grupo para a festa", diz ele. "Tem que tirar para dançar e, mais que isso, respeitar o ritmo de cada um e até o desejo de não dançar, se for o caso", afirma.