Como estimular práticas mais sustentáveis na construção civil? A resposta passa por investimentos em tecnologia e inovação e por práticas como a industrialização nos canteiros de obra. É o que já está fazendo a ArcelorMittal, uma das maiores siderúrgicas do mundo, ao investir em soluções e produtos inovadores e ecoeficientes para promover o avanço da sustentabilidade na indústria da construção civil.
Líder no Brasil na produção de aços, a ArcelorMittal tem se destacado globalmente e no país por adotar, de forma pioneira, iniciativas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e ações para impulsionar a construção civil rumo a um futuro com menos impacto ambiental.
A empresa trabalha para desenvolver produtos em aço mais eficientes e resistentes, lançar serviços e soluções de construção que geram ganhos financeiros e ambientais para os clientes e apoiar projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para o uso de novos materiais e técnicas construtivas.
"O setor de construção tem necessidades específicas e precisa de produtos que causem impacto positivo em termos econômicos e ambientais, com iniciativas de vanguarda para beneficiar não só as empresas, mas a sociedade como um todo", afirma Antonio Paulo Pereira Filho, gerente de inovação e desenvolvimento de produtos - construção civil da ArcelorMittal.
Um exemplo de produto inovador é o vergalhão ecoeficiente ArcelorMittal 50 S XCarb, desenvolvido no Brasil e lançado em 2022. Produzido com 100% de matéria-prima metálica reciclada (sucata) e 100% de energia renovável, o vergalhão reduz em 64% as emissões de gases do efeito estufa, se comparado com o vergalhão padrão. O produto ajuda as construtoras a obter certificações ambientais e benefícios ligados à descarbonização.
Com o aumento da preocupação com o impacto das obras ao meio ambiente, o vergalhão 50 S XCarb tem se mostrado uma alternativa para construtoras que buscam aliar desempenho estrutural com responsabilidade ambiental.
É o caso da Tegra Incorporadora, a primeira do país a utilizar o vergalhão ecoeficiente da ArcelorMittal. O empreendimento é o Ária Higienópolis, em São Paulo, um edifício que terá 27 andares e demandará cerca de 740 toneladas de aço. Outros três edifícios da incorporadora também devem usar o vergalhão de aço fabricado com baixa emissão de carbono.
Menos material na obra
Uma outra frente de atuação da ArcelorMittal envolve a desmaterialização da construção civil. Isso significa, na prática, criar alternativas baseadas em alto desempenho e novas tecnologias para reduzir a quantidade de materiais utilizados nas obras, sem comprometer a qualidade e a segurança das estruturas. O resultado é a redução de custos e de recursos naturais, com menos impacto ambiental e maior produtividade.
O conceito de desmaterialização engloba ainda inovações em engenharia de materiais para o desenvolvimento de produtos mais resistentes. Um exemplo é o vergalhão ArcelorMittal 50 S/AR, que oferece uma resistência mecânica 40% maior que o produto padrão. Lançado em 2021, esse vergalhão permite, em algumas aplicações, uma economia de custos e racionalização significativa de materiais.
O vergalhão de alta resistência foi desenvolvido em parceria com o Centro de Inovação em Construção Sustentável (CICS) da USP, a partir de um convênio da ArcelorMittal com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), que deu origem à Cátedra Construindo o Amanhã, voltada à inovação na construção civil.
"Quando um produto tem uma resistência 40% superior ao aço normal, ele naturalmente gera desmaterialização, porque será preciso menos material para ter a mesma performance técnica. Isso resulta em impacto ambiental positivo e maior eficiência", afirma Pereira.
Metodologia para construção sustentável
Além de desenvolver produtos inovadores, a ArcelorMittal tem se destacado por criar soluções que dão suporte a incorporadoras, arquitetos, engenheiros e construtoras para o desenvolvimento de edificações mais sustentáveis.
Uma dessas iniciativas é a metodologia Steligence, que avalia um projeto de construção com base em três pilares principais: o econômico, que analisa os custos globais do empreendimento e a velocidade e a qualidade da construção; o ambiental, que estuda eficiência energética, consumo de recursos naturais e potenciais de reutilização e reciclagem; e o social, focado em conforto térmico e acústico, segurança e flexibilidade do design.
A metodologia busca a otimização da construção e gera vantagens como menor prazo de execução, maior controle da qualidade e redução de perdas. "Com a Steligence, conseguimos demonstrar como os custos e os recursos naturais, como a água, podem ser reduzidos", diz Pereira.
A metodologia faz parte de um processo de venda colaborativa da empresa e reforça o papel da ArcelorMittal como provedor de soluções mais abrangentes, combinando aços de alta performance com projetos arquitetônicos mais eficientes e sustentáveis.
Neutralidade de carbono
Comprometida em liderar a descarbonização na indústria do aço, a ArcelorMittal saiu na frente ao lançar o programa global XCarb, que tem como missão principal reduzir as emissões de gases do efeito estufa na cadeia produtiva do aço. O grupo tem como meta reduzir em 25% as emissões até 2030, e se tornar carbono neutro até 2050.
Lançado em 2021, o programa XCarb reúne todas as iniciativas, investimentos e produtos fabricados com baixa emissão de CO2, como o vergalhão ArcelorMittal 50 S XCarb. Integram ainda o programa projetos de inovação, como os que oferecem aos clientes certificados verdes na compra de aços sustentáveis, o uso intensivo de energias renováveis e a ampliação da economia circular no processo produtivo do aço.
Clientes em 155 países, o grupo ArcelorMittal trabalha para tornar seus processos produtivos mais sustentáveis em todas as unidades de produção pelo mundo e, assim, contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
No Brasil, além da construção civil, a ArcelorMittal produz aços longos e planos para as indústrias automobilística, de eletrodomésticos, embalagens e naval. Também atua em mineração, geração de energia para consumo próprio, produção de biorredutor renovável (carvão vegetal a partir de florestas de eucalipto) e tecnologia da informação.