Ao completar um século de operação do segmento de aços longos no Brasil, a ArcelorMittal, maior produtora de aço do paÃs e lÃder global do setor, começa a trilhar o caminho que escolheu para os seus próximos 100 anos. Desde meados de 2021, a empresa vem tomando decisões e estabelecendo compromissos para fortalecer sua história de liderança e pioneirismo, nas transformações da indústria e da sociedade.
E isso tem acontecido em meio a um dos momentos mais desafiadores deste século. Para Aditya Mittal, CEO global da ArcelorMittal, a pandemia de Covid-19 está remodelando a relação do aço com a sociedade. "Não só na maneira como consumimos produtos siderúrgicos, mas o que é ainda mais importante, na maneira como produzimos produtos siderúrgicos. A importância da sustentabilidade e das mudanças climáticas agora está crescendo exponencialmente", afirma.
Mundialmente, a empresa quer liderar a descarbonização dos produtos e processos da indústria siderúrgica e já se comprometeu a reduzir em 25% as emissões até 2030. "Sabemos que a ArcelorMittal deve desempenhar um papel de liderança nessas questões, ajudando a encontrar soluções. Muitas pessoas na sociedade considerariam a siderurgia como parte do problema. É fundamental que provemos o contrário, que o aço é um elemento essencial para ajudar a sociedade a reduzir as emissões de carbono e que a ArcelorMittal é, de fato, ‘a companhia siderúrgica do futuro’", diz.
No Brasil, como parte do processo em direção ao futuro que a empresa quer construir, foi criada a Diretoria de Estratégia, ESG, Inovação e Transformação do Negócio, informalmente chamada de Diretoria do Futuro, que uniu a estratégia corporativa a demandas atuais e futuras da sociedade por inovação, novos negócios, governança social, ambiental e corporativa (ESG), cultura organizacional, diversidade e inclusão e investimento social.
A Diretoria do Futuro foi criada com intuito de direcionar a empresa para os próximos cem anos de atuação, conectada com os principais desafios da sociedade.
Na sequência da criação da Diretoria do Futuro, a ArcelorMittal anunciou para os próximos quatro anos um investimento de mais de R$ 100 milhões em startups e pequenas empresas inovadoras do Brasil e de outros paÃses da América Latina. A ideia é que a cifra seja destinada a startups que desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia da ArcelorMittal. "É um aporte inédito que reforça o olhar da empresa para o futuro", afirma Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos LATAM e Mineração Brasil, ressaltando que, com esse movimento, a empresa avança no fortalecimento do seu ecossistema, para torná-lo mais competitivo, inovador e conectado com as demandas do negócio.
O investimento faz parte das iniciativas do Açolab Ventures, um Corporate Venture Capital (CVC) que é a evolução da estratégia da ArcelorMittal iniciada há três anos com a criação do Açolab, primeiro laboratório de inovação aberta do setor siderúrgico do mundo. "A cocriação, a troca de expertise da ArcelorMittal com a experimentação das startups, a consolidação da cultura da inovação na organização e o impacto dos projetos no mercado são alguns dos ganhos previstos com o Açolab Venture", afirma o presidente.
A Aval Tecnologia, desenvolvedora da Agilean - plataforma de gestão da construção civil - foi a primeira startup selecionada pelo fundo. Para acelerar a seleção e priorizar novas startups para análise e investimento, foi escolhida a Valetec Capital, gestora especializada e focada em Corporate Venture Capital (CVC), para gerir o fundo.
Outro grande passo em direção ao futuro da operação brasileira foi anunciado em novembro pelo Grupo ArcelorMittal: nos próximos dois anos, serão investidos R$ 4,3 bilhões na Usina de Monlevade, na cidade de João Monlevade, e na Mina de Serra Azul, em Itatiaiuçu, ambas em Minas Gerais. A expectativa é que a Usina de Monlevade possa praticamente dobrar sua capacidade produtiva, passando do atual 1,2 milhão de toneladas/ano de aço bruto para 2,2 milhões de toneladas/ano em 2024. Já a Mina de Serra Azul deve ter sua produção de minério de ferro de 1,6 milhão de toneladas/ano praticamente triplicada, chegando a 4,5 milhões de toneladas/ano. A meta de aumento de produção projeta também a abertura de novas vagas de empregos permanentes e temporários.
Os investimentos reforçam o comprometimento com Minas Gerais, com o Brasil e com as comunidades que abrigam as operações da empresa. A ArcelorMittal está confiante no cenário a médio e longo prazo e acredita no crescimento sustentável do paÃs. "Estamos otimistas com a demanda futura por parte das indústrias que trabalham com o nosso aço", afirma Jefferson De Paula. "O anúncio dos investimentos reforça a confiança do Grupo ArcelorMittal no futuro do Brasil e queremos continuar contribuindo fortemente, a partir de nossos negócios, para o desenvolvimento econômico e social do paÃs", diz ele.
EDUCAÇÃO PARA O FUTURO
A ArcelorMittal entende que uma das formas de garantir o futuro é investir na educação. Para tanto, a Fundação ArcelorMittal desenvolveu uma estratégia com o objetivo de formar talentos para as áreas STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, na sigla em inglês). Desde 2015, foram realizadas ações de robótica, xadrez, feiras de ciências e maratonas de inovação para compartilhar conhecimento e formar crianças e jovens.
Além dessas ações, a estratégia contempla ainda o projeto STEAM Girls, criado para despertar o interesse de meninas para essas áreas em que a presença feminina ainda é menor que a masculina. Alinhada à polÃtica de diversidade e inclusão da ArcelorMittal, a iniciativa propõe encontros entre personalidades femininas que atuam nas áreas STEAM, filhas de colaboradores do grupo ArcelorMittal e meninas das comunidades.
Ana Raquel Linhares, estudante de Engenharia de Controle e Automação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), foi uma das participantes do primeiro ano do programa. "Tive a oportunidade de assistir à palestra da Tatiana Nolasco, diretora de negócios industriais da ArcelorMittal Sul Fluminense, a primeira mulher a ocupar esse cargo na ArcelorMittal na América Latina, e eu gostei muito da experiência", diz ela. "Isso aconteceu antes de eu prestar o vestibular e foi essencial para reafirmar minha vontade de seguir pela engenharia", revela.
Para Paula Harraca, presidente da Fundação ArcelorMittal e diretora de Estratégia, ESG, Inovação e Transformação do Negócio LATAM e Mineração Brasil, todas essas iniciativas têm horizontes com perspectivas de resultados de curto, médio e longo prazos. "É uma jornada, em que não se anula o que foi construÃdo até aqui, mas adiciona novas camadas que permitem ir além do discurso, concretizando ações e práticas efetivas a caminho do futuro. Essa transformação é conduzida por um time que não se acomoda e busca continuamente construir uma empresa que a sociedade queira que exista ao longo dos próximos 100 anos," finaliza.