Um setor que já responde por 3,1% do PIB brasileiro e que emprega mais de 7,8 milhões de pessoas, segundo dados do Observatório da Fundação Itaú. Estamos falando da chamada economia criativa, uma expressão que abriga diversas carreiras cujo trabalho envolve a criatividade e o conhecimento.
Envolve profissões como designer, publicitário, produtor cultural, roteirista, designer de games, chef de cozinha, produtor audiovisual e digital influencer, entre muitas outras.
Nesse contexto, universidades e escolas desempenham papel estratégico não apenas na formação técnica, mas também no desenvolvimento das competências para quem quer empreender.
Outros dados que motivam quem se interessa por esses campos profissionais: a remuneração média está em torno de R$ 4,5 mil, acima da média nacional de salários, de R$ 3 mil, também de acordo com o Observatório da Fundação Itaú.
Segundo Gustavo Passos, CEO da Ebac (Escola Britânica de Artes Criativas), este setor é composto por muitas profissões que surgiram a partir dos avanços tecnológicos e da internet, com forte ênfase na prática e em habilidades multidisciplinares.
"São profissões muito práticas, em que as pessoas não dependem tanto de uma especialização tradicional para ingressar no mercado de trabalho", explica.
Rafaela de Faria, doutora em educação para carreira, concorda. "No mundo do empreendedorismo e da economia criativa, o olhar é diferente em relação à queles das profissões mais tradicionais. As coisas funcionam bastante com a ação, com a prática, com o fazer e acontecer. Além das graduações, há muitos cursos curtos que capacitam o indivÃduo para o dia a dia", afirma.
O ambiente universitário pode ser um trunfo nesse caso ao colocar à disposição dos alunos laboratórios, oficinas e até mesmo parcerias com empresas. Isso permite que os estudantes experimentem, testem ideias e desenvolvam soluções reais ainda durante a graduação
Se a graduação pode ser uma porta de entrada para quem quer ingressar na economia criativa, a atualização constante do conhecimento é um imperativo para os profissionais que desejam permanecer relevantes no mercado.
"O lifelong learning deveria ser prioridade em todos os setores. A pessoa precisa se atualizar o tempo todo. Buscar alternativas de aprendizado, cursos de especialização, o que for, vai ser algo ainda mais importante no futuro próximo", alerta Gustavo.
O lifelong learning deveria ser prioridade em todos os setores. A pessoa precisa se atualizar o tempo todo. Buscar alternativas de aprendizado, cursos de especialização, o que for, vai ser algo ainda mais importante no futuro próximo
Ele cita, como exemplo, os avanços da inteligência artificial. Uma tecnologia que já está mudando o jeito de trabalhar em diversas áreas criativas.
"Existem muitas dúvidas em relação à inteligência artificial, se ela realmente vai substituir humanos em diversas áreas. Se você não entender esse negócio, você vai ficar para trás. Porque o jeito de trabalhar vai mudar. As IAs vão substituir várias funções. E é uma tecnologia muito mais inclusiva do que outras que chegaram lá atrás", afirma o CEO do Ebac.
Gustavo aponta que as instituições precisam se adaptar rapidamente para prover esse tipo de educação. "A educação continuada é algo crÃtico. Precisamos nos atualizar sempre", afirma.
Empreendedorismo
E para quem quer fazer desabrochar o espÃrito empreendedor e abrir um negócio, uma startup? Mesmo para essas pessoas, os ambientes universitário e dos cursos livres podem ser fundamentais para um caminho bem-sucedido.
"Até porque você raramente começa um negócio sozinho. Precisa de sócios, parceiros, fornecedores. O ambiente acadêmico gera debates, conexões e ideias que podem destravar o caminho do empreendedorismo", afirma Gustavo.
Ele lembra que, nos Estados Unidos, muitas startups e empresas inovadoras nasceram dentro de universidades, impulsionadas por redes de apoio, mentorias e acesso a recursos. No Brasil, ele diz, ainda há muito espaço para ampliar o apoio institucional à inovação e ao empreendedorismo estudantil.
Rafaela ressalta que o empreendedor precisa de conhecimento sistêmico, que vai além da técnica. Noções de gestão financeira, marketing digital, fluxo de caixa e negociação são algumas competências essenciais.
"A maior preocupação desses profissionais é fazer o negócio acontecer e ter retorno financeiro o mais rapidamente possÃvel. Então buscar uma capacitação pode ser vantajoso, porque você aprende sem ter que errar tanto", diz Rafaela.
Em São Paulo, há várias instituições universitárias que oferecem cursos dentro da economia criativa. A ESPM, por exemplo, tem graduações em design, design de animação e comunicação, entre outros.
A Belas Artes, por sua vez, é uma referência em cursos ligados à economia criativa, como design, arquitetura, moda, artes visuais, fotografia e publicidade.
Já a Cruzeiro do Sul tem graduações nas áreas de gastronomia, arquitetura, rádio, TV & internet, marketing digital, design de moda e design de interiores, entre vários outros.
Dentro da economia criativa, o Senac oferece cursos de graduação em audiovisual, design de animação, fotografia e jogos digitais.
*conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha