Avanço de pesquisas e mais investimentos em genômica revolucionam a medicina

Genomic Summit 2022 reúne especialistas do mundo todo para falar dos usos da análise do DNA em diagnósticos, tratamentos e prescrição de medicamentos

Avanço de pesquisas e mais investimentos em genômica revolucionam a medicina

Avanço de pesquisas e mais investimentos em genômica revolucionam a medicina Henrique Assale

Não há limites para os avanços na área da genômica. A análise do DNA não é mais uma expectativa, mas uma realidade para diagnosticar de maneira mais rápida e assertiva diversas doenças e indicar a melhor terapia para os pacientes, além de já ser usada como política de saúde pública em alguns países, ao identificar a maior prevalência de algumas enfermidades em determinadas populações.

Com tantas pesquisas sendo realizadas simultaneamente em várias partes do mundo, o Genomic Summit, maior evento sobre medicina genômica da América Latina, reuniu em sua terceira edição especialistas brasileiros e estrangeiros justamente para compartilhar conhecimento e experiências. O evento, totalmente virtual, foi realizado no final de agosto.

Promovido pela Dasa Genômica, braço de genômica da Dasa, a maior rede de saúde integrada do país, com apoio educacional da Dasa Educa, o seminário contou com cerca de 4 mil inscritos e mais de 30 palestras, que abordaram as áreas de oncologia e oncogenética, onco-hematologia, farmacogenômica, doenças raras, oftalmologia, cardiologia, reprodução humana e medicina fetal.

"O Genomic Summit é um grande exemplo dos esforços da Dasa em promover intercâmbio de conhecimento. Reunimos profissionais renomados do mundo inteiro para compartilhar o que há de mais inovador em genômica para acelerar a busca pelo diagnóstico precoce e pela predição de doenças. Genômica é a terapia do futuro!", afirma Gustavo Riedel, diretor de Genômica e Pesquisa Clínica da Dasa LATAM.

Gustavo Riedel, diretor de Genômica e Pesquisa Clínica da Dasa LATAM
Gustavo Riedel, diretor de Genômica e Pesquisa Clínica da Dasa LATAM - Divulgação

Reunimos profissionais renomados do mundo inteiro para compartilhar o que há de mais inovador em genômica. Genômica é a terapia do futuro!

Gustavo Riedel

Diretor de Genômica e Pesquisa Clínica da Dasa LATAM

A empresa recentemente expandiu sua atuação para a América Latina e agora está presente também no Uruguai, Argentina, Colômbia e Chile, o que resultou na unificação das marcas fundadas e adquiridas – GeneOne, Genia, Chromosome e InSitus – em Dasa Genômica.

Na área de genômica, a Dasa manteve um crescimento anual de mais de 30%, com um investimento acumulado de mais de US$ 41 milhões em instalações, equipamentos e aquisições na América Latina.

O Genomic Summit contou com a abertura do Co-Charmain da Dasa, Dr. Romeu Domingues, e teve início com uma aula magna da doutora Noura S. Abul-Husn, diretora clínica do Instituto de Saúde Genômica da Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova York. Ela apresentou sua pesquisa sobre a genômica de populações com diversidade e mistura genética em biobancos, os repositórios de informações sobre a saúde de diferentes indivíduos.

"Ao usar dados genômicos e clínicos de populações ancestralmente diversas e sub-representadas em biobancos, é possível avaliar a prevalência e o impacto clínico de variações genéticas em populações diferentes; projetar e implementar programas de medicina genômica adaptados a essas populações; além de coletar e analisar dados para dar continuidade a outras pesquisas e cuidados clínicos", afirma.

Testemunha da rápida evolução desse campo da medicina, a professora se impressiona com o potencial da aplicação do sequenciamento genômico e da genotipagem, que determina diferenças na genética de um indivíduo comparando-a com outra sequência de referência.

De acordo com ela, os biobancos de dados já reúnem mais de 5 milhões de participantes, pelo menos 20 mil deles com dados clínicos vinculados, essencial para relacionar, por exemplo, uma mutação genética ao aparecimento de determinada doença.

O BioMe Biobank, projeto do Mount Sinai, onde ela trabalha, reúne informações sobre a população da cidade de Nova York. "Há pessoas de todo o mundo que imigraram e vivem lá: cerca de 27% são descendentes de europeus; um quarto deles, afro-americanos ou negros; um terço dos indivíduos no biobanco são hispânicos ou latinos; e há cerca de 5% de asiáticos."

A partir da diversidade desse biobanco, é possível começar a entender um pouco mais sobre o impacto da variação genética humana em diversas populações. Um exemplo citado por ela envolve os riscos hereditários de câncer de mama causados pelas variantes BRCA1 e BRCA2. Uma das descobertas mais surpreendentes é o risco extremamente alto em pessoas de ascendência porto-riquenha.

"Os testes genéticos estão revolucionando o tratamento do câncer e essas palestras e estudos incríveis apresentados no Genomic Summit corroboram cientificamente a personalização e predição da medicina", afirma Dr. Cristovam Scapulatempo Neto, diretor médico de Patologia e Genética da Dasa.

Dr. Cristovam Scapulatempo Neto, diretor médico de Patologia e Genética da Dasa
Dr. Cristovam Scapulatempo Neto, diretor médico de Patologia e Genética da Dasa - Divulgação

Os testes genéticos estão revolucionando o tratamento do câncer e esses estudos apresentados no Genomic Summit corroboram a personalização e predição da medicina

Dr. Cristovam Scapulatempo Neto

Diretor médico de Patologia e Genética da Dasa

Por meio da Dasa Oncologia, a empresa se consolida no cuidado aos pacientes com câncer, atendendo a diferentes necessidades, em todas as etapas da atenção: primária, secundária, de alta complexidade, além do acompanhamento pós-tratamento, com afinidade total junto à rede integrada da Dasa.

"Incluir a genômica na nossa rede integrada é de extrema importância, uma vez que auxilia no tratamento mais assertivo e personalizado, além de facilitar a discussão de casos e ajudar no melhor desfecho clínico", afirma Dr. Gustavo Fernandes, diretor nacional de Oncologia da Dasa.

Parte importante desse foco no cuidado integrado, o diagnóstico é o primeiro elo da cadeia, aquele que identifica o câncer –na Dasa, o tempo médio para início do tratamento é 15 dias, quatro vezes mais rápido do que os 61 do parâmetro histórico do país.

"Com as ferramentas que a genômica nos dá, é possível saber, por exemplo, a predisposição de um indivíduo a determinadas doenças e, assim, poder atuar com antecedência para reduzir seu impacto ou até prevenir o seu aparecimento. É possível ainda usar esse conhecimento para o tratamento. Temos experiências bastante interessantes em lidar com doenças para as quais não havia terapias específicas e que agora, com a ajuda da genômica, podemos tratar", afirma Dr. Roberto Giugliani, head de Doenças Raras da Dasa Genômica.

Dr. Roberto Giugliani Head de Doenças Raras da Dasa Genômica
Dr. Roberto Giugliani Head de Doenças Raras da Dasa Genômica - Divulgação

Com as ferramentas que a genômica nos dá, é possível saber, por exemplo, a predisposição de um indivíduo a determinadas doenças e, assim, poder atuar com antecedência para prevenir o seu impacto ou até prevenir o seu aparecimento

Dr. Roberto Giugliani

Head de Doenças Raras da Dasa Genômica