Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil é o paÃs com o maior Ãndice de ansiedade do mundo e um dos lÃderes em casos de depressão. Durante a pandemia, também segundo a OMS, o Brasil teve um aumento de 25% em casos envolvendo essas duas doenças.
A depressão está ligada à maioria dos casos de suicÃdio e a necessidade do debate sobre o tema é reforçada durante o mês de setembro.
O podcast Setembro Amarelo: teste genético personaliza tratamento para depressão reuniu especialistas para discutir como a farmacogenômica, área da genética que se propõe a melhorar as respostas e diminuir os efeitos colaterais dos medicamentos, pode contribuir para uma maior assertividade no tratamento da depressão e em diversas áreas além psiquiatria.
Escute o programa abaixo:
Participaram da conversa o oncologista Dr. Leandro Brust, Head de Farmacogenômica da Dasa Genômica, braço de genética da rede, e a Dra. LÃvia Beraldo, psiquiatra do Hospital Santa Paula, situado em São Paulo, ambas as marcas pertencentes à Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil. O podcast foi apresentado e mediado pela jornalista Angélica Banhara, do Estúdio Folha.
"Atualmente, existem mais de 200 medicamentos disponÃveis para o tratamento de doenças neuropsiquiátricas. No entanto, grande parte dos pacientes diagnosticados com transtorno depressivo não se adequam ao primeiro medicamento, o que aumenta o risco de abandono do tratamento", afirma Dra. LÃvia Beraldo.
Segundo estudo publicado no jornal Frontiers in Pharmacology no ano passado, entre 30% e 50% dos pacientes não respondem adequadamente ao antidepressivo inicial, sendo que 15% dessas pessoas têm ideação suicida.
"A genética é a razão para observarmos entre 40% a 50% da variabilidade na resposta e na toxicidade dos antidepressivos. Ela pode indicar se o medicamento prescrito será efetivo e bem tolerado pelo paciente", diz Dr. Leandro Brust.
Atualmente, existem exames genéticos que avaliam alterações no DNA e interações medicamentosas capazes de interferir na resposta aos fármacos, permitindo que o médico faça a prescrição do antidepressivo mais personalizado para cada pessoa, aumentando as chances de sucesso.
Dr. Brust explicou que o metabolismo determina a eficácia e a tolerância a determinadas substâncias, e isso pode variar de pessoa para pessoa. "Entender a ação das enzimas metabolizadoras do paciente permite personalizar a prescrição dos medicamentos."
O teste farmacogenético avalia o grau de absorção, distribuição e interação das substâncias pelo organismo e aponta os medicamentos e a dosagem ideais para cada pessoa. "Na maioria das vezes, esse teste é feito quando o paciente oferece uma resposta baixa ao medicamento ou apresenta efeitos colaterais. Mas a melhor estratégia é realizar o exame antes da prescrição, pois a droga e a dose são selecionadas a partir do perfil de cada um", afirma Dra. LÃvia.
A Dasa Genômica oferece o teste PharmOne, um painel farmacogenético completo. O exame apresenta as principais caracterÃsticas do DNA do paciente, a velocidade do metabolismo de algumas enzimas e oferece recomendações para uma lista de medicamentos. Além da psiquiatria, a farmacogenômica é recomendada em diferentes áreas da medicina, como cardiologia, endocrinologia, geriatria, medicina geral, reumatologia, pediatria, obstetrÃcia/ginecologia, ortopedia, oncologia, anestesiologia e para o tratamento da dor.
O podcast Setembro Amarelo: teste genético personaliza tratamento para depressão, produzido em parceria pela Dasa Genômica e Estúdio Folha, pode ser ouvido nas principais plataformas de áudio.