DevOps acelera inovação de empresas ao integrar desenvolvimento e operações

Solução agiliza a comunicação e a colaboração entre as duas áreas tornando as empresas mais dinâmicas

Simbolo de uma operação em Devops

Devops software development operations infinity symbol. Programmer administration system life cycle quality. Coding building testing release monitoring. Data flow vector illustration. Getty Images/iStockphoto

O último ano e meio deixou claro que a sobrevivência de uma empresa está diretamente ligada à sua capacidade de inovação. Ainda assim, embora a grande maioria das companhias – 84% delas, de acordo com estudo global da consultoria McKinsey – entenda que inovar seja fundamental para o crescimento do negócio, apenas 6% afirmam estar satisfeitas com sua atual performance.

A explicação para esse descompasso não é difícil de entender. Empresas que têm equipes internas de desenvolvimento de software – e que por isso poderiam agilizar seu processo de inovação digital – vivem um impasse: enquanto o time de Desenvolvimento quer ver seu trabalho fluir para inovar o mais rapidamente possível, a equipe de Operações, que garante a disponibilidade desses softwares, tende a priorizar a estabilidade e fugir de riscos. Esse paradoxo de inovação versus estabilidade não é novidade nas empresas, mas a boa notícia é que já existe uma solução, chamada DevOps.

Junção de “Dev”, que representa o time de Desenvolvimento de Software, com “Ops”, que reúne a equipe de Operações que administra os sistemas, DevOps é um conjunto de práticas que integram o trabalho das duas equipes de forma automatizada, auxiliando as empresas na entrega de novas soluções ao mesmo tempo que garantem a estabilidade do ambiente.

Seu objetivo principal é aproximar as equipes para que trabalhem de forma colaborativa, com a adoção de metodologias mais ágeis e capazes de acelerar com segurança o desenvolvimento de softwares. Na prática, o DevOps cria uma esteira contínua para
a produção automatizada desses softwares, garantindo que cada estapa do processo seja executada da forma mais eficiente possível.

O fluxo começa na fase de planejamento, quando as equipes descrevem as funcionalidades das aplicações e dos sistemas que devem ser criados. A partir daí, o trabalho é priorizado, organizado e distribuído para chegar aos desenvolvedores que farão a codificação e entregarão seus códigos para o ambiente de testes, que podem ser automatizados – tornando a esteira independente de intervenção humana – ou manuais, se for necessário. Quando os testes são bem-sucedidos, a entrega segue para o ambiente de produção.

Quando os novos aplicativos ou funcionalidades são enfim disponibilizados aos usuários, começa a etapa de operação, que pode trazer “insights” importantes.

“O monitoramento dos usuários em relação à novidade gera um conjunto de informações que pode ser analisado pela empresa para retroalimentar o sistema de forma contínua, servindo de fonte para o surgimento de novas ideias e inovações”, explica Valesca Garcez, gerente de produtos na área de Soluções Digitais da Embratel.

Para que tudo flua como se espera, porém, é importante ter um conjunto adequado de ferramentas parametrizadas e integradas, contar com uma boa infraestrutura em nuvem e adotar uma disciplina capaz de monitorar incessantemente o código produzido e confrontá-lo com uma base de vulnerabilidades.