O PRÓXIMO NÍVEL DAS CIDADES INTELIGENTES: CIDADES +SUSTENTÁVEIS

Cada vez mais, a tecnologia se integra ao dia a dia dos moradores das metrópoles reduzindo o desperdício de energia, tornando o ar menos poluído e garantindo um trânsito mais eficiente e seguro

Até 2050, 68% da população mundial estará vivendo em centros urbanos. Considerando que essa fatia hoje é de 56%, a estimativa da ONU (Organização das Nações Unidas) é de que a população urbana aumente em 2,2 bilhões de pessoas até lá. E a grande questão que tira o sono de urbanistas, governantes e ambientalistas é como será possível assegurar bem-estar e qualidade de vida a essa população sem ampliar seu impacto no meio ambiente. A resposta está no uso inteligente da tecnologia na gestão urbana.

"Smart cities" ou simplesmente cidades inteligentes, na tradução para o português, são aquelas em que áreas pública e privada utilizam tecnologias inovadoras para melhorar a infraestrutura e garantir que elas possam se desenvolver de forma sustentável, entre outros benefícios. De acordo com a consultoria Precedence Research, o mercado das cidades inteligentes foi avaliado em US$ 1 trilhão em 2021 e deve ultrapassar US$ 7 trilhões até 2030, com taxa de crescimento anual de 24,1% no período.

Boa parte da inteligência dessas cidades é apoiada por estruturas que conectam centros de monitoramento, sistemas integrados e milhões de dispositivos móveis e sensores que coletam dados para gerar respostas imediatas a questões urgentes e apoiar o planejamento e a otimização contínua dos serviços. Confira a seguir como esse ecossistema tecnológico apoia as cidades em suas iniciativas voltadas ao meio ambiente.

CONHEÇA AS TECNOLOGIAS QUE VIABLIZAM AS CIDADES INTELIGENTES

IoT: dispositivos e sensores conectados à internet coletam e recebem uma imensa massa de dados sobre trânsito, resíduos, permeabilidade do solo, consumo de ener- gia, deslocamento de pessoas, entre outros.

Computação em nuvem: o grande volume de informações coletadas é enviado para nuvem para ser armazenado e processado. É ela quem conecta dispositivos e sistemas para fazer a cidade inteligente funcionar.

Edge computing: processa dados críticos coletados por IoT localmente antes de enviá- -los para o sistema central. Um exemplo são informações de carros autônomos: ao encur- tar a distância que as informações precisam percorrer, as respostas ficam mais ágeis e aumentam as chances de evitar acidentes.

Big data analytics: analisa as informações coletadas pela cidade para identificar padrões, observar alterações e gerar insighs que apoiam o planejamento e a tomada de decisão.

IA e machine learning: utilizam dados para agir rapidamente imitando o comporta- mento humano (e aprendendo cada vez mais) para resolver problemas e otimizar recursos.

Tecnologia 5G: Com maior capacidade de transmissão e agilidade entre o envio e o rece- bimento de pacotes de dados, a rede permite a conexão praticamente instantânea entre milhares de dispositivos ao mesmo tempo.