Prioridades para 2023 incluem novas soluções em nuvem, IA e segurança

Especialistas apontam quais as principais tecnologias que devem ganhar ainda mais relevância no próximo ano e mostram como a Embratel pode habilitar essas aplicações nos mais variados tipos de negócios

Prioridades para 2023 incluem novas soluções em nuvem, IA e segurança

Prioridades para 2023 incluem novas soluções em nuvem, IA e segurança Henrique Assale

Plataformas de nuvem que atendam necessidades específicas de determinados setores, sistemas de inteligência artificial com alta capacidade de autoaprendizado e soluções de gestão de confiança, risco e segurança de IA são as principais tendências de tecnologia para o próximo ano na opinião da Embratel. "O Gartner Group (consultoria especializada em tecnologia da informação) divulgou recentemente o estudo Top Strategic Technology Trends 2023 e, entre as dez tendências listadas pela consultoria, são essas as três que consideramos mais importantes", afirma Mario Rachid, diretor executivo da Embratel.

Para justificar o destaque à primeira dessas três tendências, Marcello Miguel, diretor executivo de marketing e negócios da Embratel, lembra, primeiramente, que a nuvem está presente na integração dos canais do varejo omnichannel, na experiência do consumidor, na indústria 4.0, nas cidades inteligentes, na revolução da indústria financeira e no open banking.

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Não por acaso, o mercado global de computação em nuvem deve crescer de US$ 545,8 bilhões em 2022 para US$ 1,24 trilhão em 2027, com taxa de crescimento anual de 17,9%, segundo estudo do Reportlinker.com. "Cloud computing tem papel fundamental na transformação digital de todos os setores e, ainda que já esteja por todos os lados, deve continuar apoiando as próximas transformações que estão por vir", diz Miguel.

Da mesma forma que aponta o estudo do Gartner, os executivos concordam que uma das tendências em nuvem para os próximos anos possam ser as plataformas de cloud criadas para atender demandas específicas de cada setor. São as chamadas Industry Cloud Platforms, projetadas para se ajustar às especificidades da indústria do usuário, como define a consultoria.

"Alguns negócios têm demandas muito específicas que podem ser mais bem atendidas por nuvens desenvolvidas sob medida para eles, com funcionalidades modulares que compõem plataformas também bastante específicas e personalizadas", afirma Rachid. Até 2027, a previsão do Gartner é de que mais de 50% das empresas devem usar esse tipo de plataforma de nuvem para acelerar suas iniciativas de negócios.

O segundo destaque, inteligência artificial (IA), também é uma tecnologia que cada vez mais faz parte do dia a dia das pessoas e das empresas. "IA é utilizada para diagnosticar doenças, proteger dados digitais, garantir segurança em áreas monitoradas por câmeras, racionalizar o uso de recursos naturais, acelerar processos de recrutamento, automatizar linhas de produção, entre tantas outras funcionalidades", afirma Marcello Miguel. "Difícil é lembrar de algum setor em que ela ainda não esteja presente", complementa.

Aprendizado autônomo e dinâmico

A tendência apontada para os próximos anos, porém, é que a inteligência artificial se torne cada vez mais capaz de aprender sozinha. São os chamados sistemas adaptativos de IA, que utilizam feedback em tempo real para aprender dinamicamente e se ajustar até mesmo às mudanças mais imprevisíveis do mundo real. É assim que o Gartner define o que chama de Adaptive AI, no termo original.

Para os executivos da Embratel, a capacidade de a IA aprender de forma autônoma e contínua pode agilizar ainda mais a tomada de decisão e, ao mesmo tempo, torná-la flexível para se ajustar de acordo com o surgimento de novos cenários e questões. Dessa forma, esse tipo de sistema de inteligência artificial pode atender operações que convivem com rápidas transformações externas ou que têm objetivos de negócios que mudam constantemente.

Sobre a terceira tendência, de gestão de confiança, risco e segurança de inteligência artificial, os executivos são unânimes ao afirmar que a IA exige novas estratégias para garantir confiabilidade e proteção de dados. E essa percepção pode ser comprovada por um outro estudo – também do Gartner – que ouviu quase 700 empresas de Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido que implantaram IA ou pretendem implantar em até três anos. Entre elas, 41% relataram que já tiveram alguma violação de privacidade ou incidente de segurança de IA.

"A preocupação com gestão de confiança, risco e segurança de IA deve se intensificar nos próximos anos porque as empresas precisam buscar novos recursos para garantir que suas soluções sejam confiáveis e que seus dados estejam protegidos", afirma Mario Rachid.

Esses recursos precisam garantir, por exemplo, que os modelos de IA sejam éticos e não perpetuem vieses humanos. Para entender o que isso significa vale a pena lembrar que soluções de inteligência artificial são alimentadas por conjuntos de dados que podem trazer – e normalmente trazem – um histórico de escolhas feitas por humanos que carregam seus preconceitos e suas preferências.

Portanto, cuidar da gestão da confiança, do risco e da segurança dessas soluções inclui trabalhar ativamente para evitar que preferências e preconceitos humanos sejam perpetuados pela inteligência artificial. "É importante entender, por exemplo, se a IA que auxilia um processo de recrutamento aponta determinado perfil como o ideal porque segue uma lógica explicável ou simplesmente porque replica escolhas humanas feitas no passado", alerta o diretor executivo da Embratel.

Além disso, vale lembrar que muitas empresas estão colocando decisões de negócios que representam milhões de dólares nas mãos da inteligência artificial. É fundamental, então, garantir que as escolhas feitas por essas soluções sejam de fato as mais acertadas e confiáveis.

Em relação à segurança das soluções, a preocupação também deve se intensificar porque, quanto mais elas se tornam complexas, mais complexos também tendem a ser os incidentes a que elas podem ser submetidas.

"De forma geral, entendemos que nuvem, inteligência artificial e segurança devem continuar entre as principais questões tecnológicas das empresas nos próximos anos", afirma Marcello Miguel, lembrando que esses são também três grandes pilares das soluções oferecidas pela Embratel. "Nós atuamos como uma habilitadora digital que cria e orquestra um ecossistema tecnológico completo para apoiar e empoderar clientes de todos os segmentos em suas jornadas para o próximo nível de evolução", afirma.

VEJA AS PRINCIPAIS TENDÊNCIAS

  • Plataformas de nuvem por setor

Combinam serviços tradicionais de nuvem com funcionalidades personalizadas e específicas para cada indústria ajudando-a a enfrentar problemas historicamente difíceis de serem enfrentados e solucionados

  • IA adaptativa

Tratam-se de soluções de inteligência artificial que utilizam feedback em tempo real para aprender de forma dinâmica e se ajustar até mesmo a mudanças consideradas imprevisíveis

  • Gestão de confiança, risco e segurança de IA

Reúne soluções, técnicas e processos a fim de garantir que o modelo de IA seja cada vez mais confiável, explicável e resistente aos mais variados tipos de riscos, ameaças e ataques