A tecnologia 5G deve ser cada vez mais utilizada para ampliar o acesso da população à saúde, atuando não apenas no tratamento de doenças, como na promoção do bem-estar e empoderamento de pacientes na busca por uma vida mais saudável.
A afirmação é de Marcelo Ruiz, head de soluções verticais em Saúde Digital da Embratel, que acredita que os maiores desafios do segmento atualmente estão relacionados ao acelerado aumento de custos, ao envelhecimento da população, à inflação médica e à variação do custo médico hospitalar (VCMH), que é superior a qualquer outro índice inflacionário. "O setor precisa se focar em manter as pessoas saudáveis e não apenas tratar das suas doenças quando elas já são inevitáveis", afirma. "Essa é a melhor forma de reduzir custos para governos e empresas e, ao mesmo tempo, promover mais qualidade de vida para os cidadãos", diz.
"Para que essa mudança aconteça, a tecnologia é a nossa maior aliada", afirma. Vale destacar que saúde digital não diz respeito apenas a processos como digitalização de prontuários, agendamentos e procedimentos mais simples, mas engloba uso de dados para eficiência operacional, utilização de inteligência artificial com sistemas preditivos que antecipam cuidados antes mesmo da doença, desospitalização, monitoramento remoto do paciente, entre outras tantas tecnologias digitais emergentes. "Tudo isso ajuda na redução dos custos operacionais e torna o sistema mais sustentável", afirma.
Ruiz lembra, porém, que embora muitas dessas aplicações já estejam prontas, o uso massivo de boa parte delas ainda depende da disponibilidade das redes 5G. "A telemedicina pode evoluir muito com o IoMT (internet das coisas médicas), com dispositivos mais especializados e de alta resolução, já que o 5G permite alta capacidade de transmissão de dados com baixa latência", afirma.
Com esse tipo de aplicação pode ser possível, por exemplo, criar pontos de autoatendimento médico em redes de farmácias, que têm uma grande capilaridade. O paciente poderia entrar em uma cabine e realizar exames de imagem em altíssima resolução que seriam analisados em tempo real por sistemas inteligentes e enviados imediatamente a uma equipe médica.
Outra parte fundamental dessa transformação é a chamada interoperabilidade na saúde, que, na opinião de Ruiz, é uma das tecnologias com maior potencial transformador do segmento. "É a infraestrutura necessária para gerar inteligência para o negócio", lembrando que a conectividade de sistemas da área de saúde (a chamada interoperabilidade, a que ele se refere) permite o compartilhamento das informações e dos históricos dos pacientes, trazendo agilidade, reduzindo custos e melhorando a experiência para todas as partes envolvidas.
"Uma pesquisa apontou que os gastos com exames duplicados alcançam US$ 3 bilhões no mundo, um desperdício que poderia ser evitado com o registro eletrônico de saúde. Se há exames duplicados, certamente a jornada desse paciente foi mais longa, possivelmente o tratamento inicial não teve o resultado esperado e a situação pode ter sido agravada, gerando custos e desfechos piores", afirma.
Quando há interoperabilidade, o paciente tem a posse dos seus dados de saúde, pode acompanhar o que é feito e se tornar o agente do seu próprio cuidado, buscando melhorar a sua condição com ações de prevenção e hábitos mais saudáveis. "É muito mais barato e mais saudável para a população tratar a saúde do que tratar a doença", destaca Ruiz, lembrando que a solução de Interoperabilidade na Saúde faz parte do portfólio da Embratel criado especificamente para o segmento.
No conjunto ainda estão Sistema de Gestão Hospitalar, Telemedicina e Consultoria em Infraestrutura para certificação HIMSS. "A Embratel desenvolveu esse portfólio porque, além de atender o segmento de saúde com serviços de conectividade, mobilidade, cloud e data center, data e analytics, segurança, colaboração, customer expirience e IoT, entre outros, tem uma vertical de saúde formada por profissionais especializados que conhecem os desafios de negócio, são capacitados tanto em informática para a saúde quanto na área assistencial e entendem as necessidades das equipes."