Inovação marca a trajetória de crescimento da Equinor

Empresa norueguesa que atua em campos de petróleo e gás e em energias renováveis no Brasil investe em tecnologia para aumentar a produção e abre programa para atrair startups e firmar parcerias

Plataforma de exploração de petróleo da Equinor

Plataforma de exploração de petróleo da Equinor Reprodução

A história da Equinor começou na Noruega, nos anos 1970, como uma empresa de óleo e gás. Hoje é uma das maiores companhias de energia do mundo, presente em mais de 30 países. Essa trajetória de crescimento está diretamente relacionada aos investimentos em inovação, que possibilitaram à empresa desenvolver campos de petróleo e gás de qualidade e, agora, avançar na geração de energias renováveis, usando a experiência adquirida em tecnologia offshore.


​A inovação também marcou a chegada da Equinor ao Brasil, há duas décadas. Tudo começou com o desafio de produzir no Campo de Peregrino, na Bacia de Campos. O óleo encontrado ali era pesado e viscoso, e muitos consideravam que seria um campo impossível de ser desenvolvido. Mas a Equinor aceitou o desafio e, desde 2011, já produziu mais de 210 milhões de barris no campo. Em 2022, deverão ser adicionados cerca de 300 milhões de barris de petróleo à produção de Peregrino, com a geração de mais empregos e incremento para a economia local.

No Campo de Roncador, também na Bacia de Campos, onde atua junto com a Petrobras, a Equinor utiliza uma tecnologia chamada IOR (Improved Oil Recovery), para aumentar a longevidade do campo e, assim, extrair mais petróleo dos reservatórios já conhecidos. A empresa é mundialmente reconhecida por sua experiência nessa área. A intenção é aumentar o fator de recuperação de Roncador para que produza aproximadamente 1 bilhão de barris a mais do que atualmente.

Já no campo BM-C-33, localizado no pré-sal da Bacia de Campos, a Equinor utilizará uma tecnologia ainda mais moderna. Trata-se de um conceito inovador, que permitirá, pela primeira vez no Brasil, tratar o óleo e o gás natural ainda no mar, em plataforma flutuante, e exportá-los para terra já dentro das especificações de venda.

Isso já é feito em centros de produção na Noruega, mas em plataformas fixas, o que simplifica o desafio tecnológico. O processo usado no campo brasileiro é inédito, porque irá tratar o petróleo e o gás natural em unidade flutuante. A transferência do óleo será feita por navios tanque aliviadores, e o gás natural será escoado para a costa por meio de gasoduto submarino.

Menos emissões

No campo de Bacalhau, na Bacia de Santos, o grande diferencial será a utilização de tecnologia para reduzir as emissões de CO2. O campo será a primeira unidade flutuante de produção (FPSO) do país a usar uma metodologia de ciclo combinado para aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões.

Compromisso global da Equinor, as metas de redução das emissões de C02 têm estimulado a criação de vários projetos inovadores. No Campo de Peregrino, por exemplo, a Equinor está substituindo o diesel por gás natural nas operações, o que deve gerar um corte de 25% nas emissões. Somado a outras iniciativas, como a redução de metano na unidade, a expectativa é chegar a um corte de cerca de 100 mil toneladas de CO2 por ano, o que equivale às emissões de 50 mil veículos rodando por um ano.

Energias renováveis

Inovação também é a marca dos projetos da Equinor em energias renováveis. A empresa desenvolveu uma tecnologia que possibilita a geração de energia eólica offshore. Com a experiência adquirida nas plataformas de petróleo e gás em mar de águas profundas, a Equinor criou um sistema para captar energia eólica em bases flutuantes. A empresa já gera energia dessa forma na Noruega e na Escócia.

No Brasil, a Equinor iniciou os estudos para projetos de energia eólica offshore nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e entrou com um pedido de licenciamento no Ibama. ​​

Inovação aberta

A Equinor lançou recentemente o programa Bridge, sua primeira iniciativa de inovação aberta no país. A ideia é criar conexões com startups e pequenas e médias empresas para buscar soluções para desafios do dia a dia das operações. Ao final do programa, os selecionados poderão se tornar fornecedores da Equinor.

Entre os desafios lançados estão, por exemplo, a busca por um detetor e medidor portátil de vazamento de vapor, ou uma solução de monitoramento e fiscalização de áreas expostas ao mar e ao vento, feitos por drones. Ou ainda uma plataforma digital para gerenciar solicitações de transporte terrestres de pessoas com monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana. Conheça o programa e outras oportunidades https://www.equinor.com.br/pt/nosso-valor-local/bridge.html.

"O Bridge tem um papel essencial no desenvolvimento do mercado fornecedor brasileiro. Ao oferecer a chance de pequenas empresas e startups fazerem negócios com uma multinacional de energia, como a Equinor, possibilitamos a troca de aprendizado e apresentamos esses fornecedores ao mercado"

Rafael Tristão, diretor de contratações e suprimentos da Equinor

Além de testar soluções que podem ser implementadas em um curto espaço de tempo, gerando resultados rápidos para a Equinor, o objetivo do Bridge é alavancar a cultura de inovação da empresa em conjunto com fornecedores locais.

"A inovação é essencial para as nossas operações, além de ser um pilar a partir do qual desenvolvemos nossas estratégias globalmente"

Raul Portella, vice-presidente de operações e tecnologia da Equinor Brasil