Investimento e inovação a favor do meio ambiente

Empresa norueguesa presente no Brasil há 20 anos, Equinor amplia projetos de geração de energia limpa e trabalha para zerar emissões líquidas de CO2 até 2050

Complexo de Apodi, de energia solar, no Ceará

Complexo de Apodi, de energia solar, no Ceará Ole Jørgen Bratland/Divulgação

Uma das maiores companhias de energia do mundo, presente em mais de 30 países, a norueguesa Equinor traçou uma estratégia global que envolve transformar suas operações para liderar a transição energética. A empresa estima que, em 2030, mais de 50% de seus investimentos brutos serão direcionados para energias renováveis e soluções de baixo carbono.

A empresa tem a ambição de zerar suas emissões líquidas de CO2 até 2050 e planeja aumentar em 30 vezes sua capacidade instalada de energia renovável até 2035.

O Brasil, onde a empresa está há 20 anos, é parte importante dessa estratégia. "Além de ser um dos maiores mercados de energia do mundo, o Brasil tem recursos significativos tanto em petróleo e gás quanto em energias renováveis. Para a Equinor, uma empresa ampla de energia, essa é uma combinação perfeita", afirma Raul Portella, VP de Operações e Tecnologia da Equinor.

Até 2030, a Equinor pretende investir US$ 15 bilhões no Brasil. Ganham destaque iniciativas de energia solar e de energia eólica offshore.

Com a experiência de produção de óleo e gás no mar, a Equinor desenvolveu uma tecnologia própria para a geração eólica offshore, em plataformas flutuantes que permitem a captação de energia em áreas de águas profundas. Já opera plantas desse tipo na Noruega e na Escócia e iniciou estudos para criar complexos semelhantes no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. A empresa entrou com pedido no Ibama para avaliar o desenvolvimento dos projetos Aracatu I e II, que teriam capacidade de gerar 4 GW de energia.

"O Brasil contribuirá muito na jornada de redução das emissões da Equinor em nível global, dada sua relevância no portfólio da empresa. Algumas ações já estão em andamento nesse sentido. A pegada de CO2 do campo de Peregrino (Bacia de Campos-RJ), por exemplo, será reduzida em 100 mil toneladas por ano (equivalente à emissão de 50 mil carros rodando por um ano), após o início das operações da nova plataforma fixa que será conectada ao campo. Nessa plataforma haverá soluções de digitalização para otimizar o consumo de energia, além da introdução de turbinas a gás para reduzir drasticamente o consumo de diesel no campo. Além disso, nossas equipes de logística e compras têm trabalhado com os fornecedores em diversas ações para reduzir as emissões de CO2, otimizando nossa frota de barcos e voos para as plataformas", afirma Portella.

A empresa estuda também a utilização de barcos inteligentes, alimentados por bateria, para reduzir o consumo de diesel.

Já o campo de Bacalhau se tornará a primeira unidade flutuante de produção (FPSO) do país a usar uma metodologia de ciclo combinado para aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de CO2.

A Equinor já é a empresa que produz petróleo com as emissões mais baixas do mundo. São 9 kg de CO2 por barril em produção operada, enquanto a média global da indústria está em 17 kg. Até 2025, a empresa pretende alcançar níveis abaixo de 8 quilos de CO2 por barril.

ENERGIA DO SOL

A Equinor já começou a gerar no Brasil energia solar fotovoltaica. O Complexo de Apodi, no Ceará, em que a companhia tem participação de 43,75%, é sua primeira planta solar no mundo.

Com 500 mil painéis solares, que ocupam o espaço equivalente a 300 campos de futebol, o complexo tem capacidade para fornecer energia limpa a 200 mil residências. Só esse projeto de energia solar equivale a uma redução de aproximadamente 200 mil toneladas de CO2 por ano.

"A Equinor quer ser líder na transição energética e entende que tecnologia e inovação são e serão fundamentais para otimizar o setor de petróleo e gás, acelerar projetos de energias renováveis ​​e desenvolver soluções de baixo carbono", diz Portella.

INOVAÇÃO

Desde a sua fundação, nos anos 1970, como uma empresa de petróleo e gás na Noruega, a jornada da Equinor foi marcada por investimentos em tecnologia e inovação. No início, o foco era a identificação e o desenvolvimento de ativos de qualidade em águas profundas e em novas regiões. Agora, a companhia amplia essa experiência para desenvolver novas tecnologias offshore também para a geração de energias renováveis.

"Os investimentos da Equinor em inovação e novas tecnologias são baseados na estratégia global da companhia, sustentada por três pilares: sempre seguros, alto valor e baixo carbono. Esse conjunto de conceitos norteia todas as decisões da empresa, o que mostra claramente o compromisso com a redução das emissões de CO2 de forma global e a priorização de áreas e projetos nos quais a empresa pode contribuir para agregar valor", afirma Portella

Para impulsionar a inovação aberta, a Equinor lançou recentemente no Brasil o programa Bridge. A ideia é criar conexões com startups, pequenas e médias empresas para buscar soluções para os desafios do dia a dia de suas operações. Além de permitir à empresa testar novas soluções de forma rápida, o objetivo do Bridge é alavancar a cultura de inovação da companhia junto ao mercado fornecedor local.

Os desafios propostos pelo programa vão desde o gerenciamento de estoque até uma solução de monitoramento de áreas expostas ao mar e ao vento com o uso de drones.