A transformação das grandes cidades tem influenciado a lista de desejos de quem busca comprar um imóvel. O tempo que se leva para chegar ao trabalho, a segurança, a oferta de escolas de qualidade, as áreas de lazer, os cuidados com a saúde, os custos de manutenção e a proximidade de comércio e serviços estão entre os fatores levados em conta na hora dessa escolha.
Mas como decidir qual imóvel comprar?
Eleger uma lista de prioridades e estar atento ao orçamento são as principais dicas dos especialistas do mercado. Mas há muitas nuances a serem observadas nesse processo.
Para definir a localização em que se quer morar, é importante que o consumidor conheça quais são as ofertas de comércio, serviços e transporte naquele bairro e leve em conta suas dinâmicas do dia a dia, pesando prós e contras.
Por exemplo: será melhor investir em um apartamento maior e gastar mais tempo em deslocamentos ou estar próximo ao trabalho em um ambiente mais compacto?
"Uma localização boa é aquela que cada um julga melhor para si. Então, a dica é não abrir mão do desejo de localização, desde que caiba no bolso", diz Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP.
Cada pessoa ou cada família também terá sua lista de necessidades básicas a serem atendidas, como estar próximo a áreas de lazer, a eixos de transporte público, a comércio, a escolas etc.
"Nossa pesquisa sempre traz que localização, segurança e proximidade a eixos de transporte estão entre as prioridades de quem vai comprar um imóvel em São Paulo. Mas vemos que dados interessantes ganham força, como pessoas mais velhas procurando imóveis próximos a hospitais. Tudo isso deve ser levado em conta", diz Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
TAMANHO
A dica mais recorrente é que seja feita também uma ordem de prioridades. Nem sempre será possível, por exemplo, ter metragem alta, varanda gourmet e lazer completo ao mesmo tempo. É importante saber qual dos itens de desejo podem ser deixados de lado.
"A gente tem visto, por exemplo, muitos imóveis compactos em regiões mais valorizadas. Isso ocorre porque, numa região mais valorizada, a pessoa talvez não tenha dinheiro para comprar um imóvel grande, mas consegue comprar um menor e morar perto do trabalho. E essa é a prioridade dela. Então, você tem a prioridade e a adapta à realidade", diz França.
Outro ponto crucial a ser levado em conta é o orçamento.
"A tomada de decisão de adquirir um imóvel é uma das mais importantes da vida e é fundamental que o consumidor pense com muito cuidado ao fazê-la. É necessário avaliar bem a situação de vida – atual e futura– e observar, antes de tudo, se a renda é suficiente para contratar um financiamento imobiliário", diz Evandro Luis, economista do Grupo QuintoAndar.
A tomada de decisão de adquirir um imóvel é uma das mais importantes da vida e é fundamental que o consumidor pense com muito cuidado ao fazê-la
REFORMAS E PAPELADA
O orçamento para a compra do apartamento também precisa contemplar os custos do processo e os gastos com eventuais reparos ou reformas.
Algumas incorporadoras também oferecem serviços que auxiliam na escolha do imóvel.
A Plano&Plano, por exemplo, oferece ebooks e webseries que esclarecem as principais dúvidas sobre financiamento, documentação e formação de renda. A empresa tem, ainda, um jogo interativo que ensina sobre o processo de compra de forma lúdica.
Sustentabilidade entra para lista de prioridades
Sustentabilidade é um dos itens na lista de prioridades de quem está procurando um imóvel. Segundo pesquisa da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), 59% das pessoas em busca de imóveis valorizam empreendimentos sustentáveis.
Desse grupo, 40% aceitariam pagar até 5% a mais em empreendimentos com essas características.
"É algo muito importante quando a gente pensa no futuro e vê todo esse caos gerado pelos fenômenos climáticos no mundo todo. Então, isso tem sido valorizado cada vez mais e mostra uma tendência de mercado pela busca de imóveis sustentáveis", afirma Luiz França, presidente da Abrainc.
Atentas a isso, as construtoras têm investido em uma série de iniciativas, desde a escolha do terreno, passando pela obra e pelos acabamentos dos edifícios para tornar menor o impacto ambiental.
Entre ações que têm sido vistas no mercado estão gestão de resíduos durante a execução da obra, utilização de fontes renováveis de energia, reúso de água, uso de materiais reciclados e adequados e privilégio de iluminação e ventilação naturais nos projetos, entre outros.
Outras adequações podem ser implementadas em projetos recém- finalizados e também em empreendimentos mais antigos, como uso de painéis solares para captação de energia, reúso de água para limpeza de jardins, instalação de sensores automáticos de luz, temporizadores nas torneiras e gestão de resíduos –principalmente na separação dos lixos recicláveis e orgânicos–, entre outros.
Outra forma de tornar a experiência de morar mais sustentável é a criação de espaços de uso coletivo como lavanderia, academia e coworking, a manutenção de áreas verdes e o incentivo ao uso de bicicletas, com a criação de bicicletários etc.
"Uma tendência crescente é a valorização de espaços abertos e integrados à natureza. Empreendimentos que incluem praças com redários, áreas de convivência ao ar livre e espaços de bem-estar voltados à beleza, à meditação ou à ioga estão ganhando destaque", diz Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano&Plano.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha