Descrição de chapéu jornalismo mídia

Série produzida pelo Estúdio Folha ganha Prêmio Nacional de Combate à Pirataria

Em três episódios, são mostrados como o contrabando entra no Brasil, alimenta a criminalidade e faz o país perder milhões em impostos

Pátio da Receita Federal lotado de carros usados por contrabandistas

Pátio da Receita Federal lotado de carros usados por contrabandistas Lalo de Almeida/Folhapress

A série "Caminhos Proibidos", produzida pelo Estúdio Folha e que mostra os prejuízos sociais e econômicos provocados pelo contrabando, foi uma das vencedoras do Prêmio Nacional de Combate à Pirataria 2023.

Concedido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), o prêmio é entregue todos os anos para acadêmicos, organizações públicas e privadas que se destacaram no combate à pirataria e na proteção aos direitos de propriedade intelectual.

Com três episódios de cerca de 15 minutos cada, a série documental expôs a facilidade com que os criminosos cruzam as fronteiras brasileiras para trazer produtos ilegais vendidos ou produzidos em outros países – só em 2022, o mercado ilegal movimentou R$ 410 bilhões, dinheiro que poderia ser aplicado em educação, saúde e combate à fome.

A série é resultado da parceria entre o Estúdio Folha, ateliê de conteúdo patrocinado da Folha de S.Paulo, o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), associação civil e apartidária com foco no combate ao comércio ilegal, e FSB Comunicações.

CONTEÚDO PATROCINADO

O Estúdio Folha foi criado em 2015 para atender à crescente procura pela produção de conteúdo patrocinado de qualidade por empresas, governos e instituições.

Com uma equipe de experientes jornalistas e artistas gráficos, produz textos, podcasts, séries em vídeo, seminários, webnários, workshops ou outros conteúdos sob a demanda de clientes. O material pode ser veiculado nas plataformas da Folha ou destinado a públicos específicos.

A equipe de profissionais do Estúdio Folha é independente da Redação da Folha, e todo o conteúdo produzido que é publicado no jornal é identificado com a assinatura Estúdio Folha e o nome do patrocinador.

"Utilizamos o rigor, a experiência e a qualidade da Folha para produzir conteúdos relevantes para as marcas. Para permitir que possam falar de uma forma mais direta com seu público. O caso da série ‘Caminhos Proibidos’ é um exemplo disso", afirma Vaguinaldo Marinheiro, diretor do Estúdio Folha.

O documentário foi apresentado e dirigido pelo jornalista César Galvão, que trabalhou na Globo de 1999 a 2023 e se especializou em coberturas relacionadas à violência e à segurança pública.

Para a realização da série, Galvão acompanhou a atuação de agentes e fiscais responsáveis por fiscalizar os mais de 16.000 quilômetros de fronteiras com 10 países da América do Sul.

Também mostrou que há novas rotas de entrada de mercadorias ilegais vindas do Caribe, pelo mar, que chegam em portos do Pará e, de lá, seguem por terra, rios ou mar para outros estados do Norte e do Nordeste.

Além de expor a facilidade com que produtos ilegais entram no país e que a logística de transporte usada por esses criminosos facilita também a entrada de drogas e armas, a série mostra como a venda dessa mercadoria é feita sem constrangimento em inúmeros locais, como a capital paulista.

A série também aborda como o desequilíbrio tributário impulsiona o comércio ilegal no Brasil.

"O desafio dessa empreitada foi mostrar a causa e o efeito da ilegalidade. Participar de todo processo, da apuração, gravação e finalização foi muito gratificante. Quem assistir à série pode entender o quanto o contrabando é prejudicial para a sociedade", diz César Galvão.

"Caminhos Proibidos", porém, não se limita a apontar as dificuldades de coibir esse tipo de crime. Por meio de entrevistas e dados, apresenta propostas para minimizar os danos causados aos cofres públicos e a toda a sociedade brasileira.

O lançamento de "Caminhos Proibidos" coincidiu com os debates em torno da Reforma Tributária. "As consequências de um crime com tantas facetas como o contrabando ficam, muitas vezes, escondidas do debate nacional e essa é a hora de mudarmos isso. É preciso trazer à luz os prejuízos causados pelo mercado ilegal", diz Edson Vismona, presidente do FNCP, sobre a parceria com o Estúdio Folha. O Fórum atua desde 2006 no enfrentamento ao mercado ilegal e combate à pirataria.

O Prêmio Nacional de Combate à Pirataria foi entregue no dia 18, na sede do Ministério da Justiça. Os projetos são avaliados de acordo com critérios relacionados aos impactos e benefícios à sociedade e ao consumidor; inovação e criatividade; planejamento e coordenação; potencialidade de exemplo e motivação. A avaliação é feita por uma comissão do CNCP.

Confira a Série Caminhos Proibidos:

Parte 1 - Série Caminhos Proibidos expõe danos sociais e econômicos do contrabando

Parte 2 - Contrabando prejudica economia, segurança pública e educação

Parte 3 - Desequilíbrio tributário impulsiona comércio de produtos ilegais no Brasil