Descrição de chapéu aeroportos

Grupo CCR amplia atuação em aeroportos

Neste ano, empresa venceu leilão para administrar 15 terminais em importantes municípios brasileiros

Importante “player” no setor de rodovias e mobilidade urbana, o Grupo CCR busca reforçar ainda mais seu portfólio de modais de infraestrutura com a ampliação dos negócios no ramo de aeroportos.

Somente neste ano, o grupo arrematou dois blocos com 15 terminais aéreos e foi o grande vencedor da 6ª Rodada de Concessões Aeroportuárias, realizada pelo Ministério da Infraestrutura.

Com as novas concessões, a CCR, que no Brasil já administrava o aeroporto de Belo Horizonte, multiplica por quase cinco o total de aeroportos sob sua gestão, de 4 para 19, incluindo os localizados no exterior: de San José, na Costa Rica; de Curaçao, e de Quito, no Equador.

O grupo está no setor de aeroportos desde 2012, com as aquisições no exterior, onde também detém o controle da TAS (Total Airport Services), empresa que presta serviços aeroportuários nos EUA, em Atlanta, Ohio, Chicago, Houston, Los Angeles, São Francisco e Oakland. No Brasil, em 2015, passou a administrar o Aeroporto Internacional de BH.

“Alçar novos voos no setor de aeroportos é estratégico para a CCR. Temos uma operação multimodal, e os aeroportos farão parte dessa integração”

Cristiane Alexandra Lopes Gomes, presidente da Divisão de Aeroportos do Grupo CCR

Para conquistar os nove terminais do Bloco Sul, o grupo ofereceu R$ 2,128 bilhões. O bloco inclui os terminais de Curitiba, Bacacheri, Foz do Iguaçu e Londrina (PR), Navegantes e Joinville (SC), e Pelotas, Uruguaiana e Bagé (RS). Para arrematar o Bloco Central, que inclui os aeroportos de Goiânia (GO), Palmas (TO), São Luís e Imperatriz (MA), Teresina (PI) e Petrolina (PE), a oferta foi de R$ 754 milhões.

Com esses novos municípios, o número total de passageiros nos aeroportos administrados pelo grupo quase duplicará, de 22 milhões para 43 milhões de passageiros por ano.

“Somos muito criteriosos na avaliação de riscos, na seleção dos projetos em que decidimos entrar e focados na entrega de resultados aos nossos acionistas. Nossa visão é de longo prazo, de 20, 30 anos, e pode ter certeza de que a pandemia vai passar, e o país vai crescer e precisar de infraestrutura adequada nos seus aeroportos”, diz Cristiane.

O contrato de concessão prevê investimentos nos 15 aeroportos. Serão realizadas obras nos sistemas de pátio e de pistas e nos terminais de passageiros. O de Curitiba, por exemplo, ganhará nova pista e ampliação do terminal de passageiros, que também ocorrerá em Goiânia e São Luís. Teresina terá um novo terminal de passageiros.

SUCESSO EM BH

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, administrado pelo Grupo CCR em parceria com a suíça Flughafen Zürich AG e a Infraero, é um caso de sucesso. Tem prêmios e certificações internacionais e é o primeiro aeroporto industrial do país.

Para ser um aeroporto industrial e atrair investimentos para a exportação de produtos manufaturados e de alto valor agregado, obteve certificação da Receita Federal, que permite a integração de operações de empresas exportadoras diretamente no aeroporto.

A certificação traz benefícios fiscais e maior eficiência nas relações entre empresas e o Fisco. Além disso, favorece a logística e a segurança.

É o mais pontual do mundo entre aeroportos médios, segundo relatório da Cirium, empresa especializada em dados para a aviação. Também tem a certificação Airport Health Accreditation, que avalia medidas de saúde adotadas para promover a segurança de todos que passam pelo terminal. Ela foi concedida após avaliação das ações realizadas desde o início da pandemia do coronavírus.