Saiba quais indicadores apontam qualidade e eficiência de UTIs

Menor tempo de internação e baixo índice de mortalidade são principais parâmetros usados pelos sistemas de monitoramento; acolhimento ao paciente é diferencial importante

Healthcare and medical concept. Medicine doctor with stethoscope in hand and Patients come to the hospital background.

Saiba quais indicadores apontam qualidade e eficiência de UTIs Getty Images/iStockphoto

Só quem já esteve internado em uma UTI ou teve algum parente próximo em unidade de terapia intensiva sabe o quanto as pessoas se sentem frágeis e vulneráveis nessa situação. Os avanços da medicina e da tecnologia, no entanto, possibilitam um controle e monitoramento dos pacientes cada vez maior, aumentando a segurança para um desfecho clínico positivo. Isso, aliado a um atendimento humanizado, faz toda a diferença no tratamento e na vivência do paciente que passa por uma UTI.

"Nunca imaginei que fosse acontecer comigo, mas, no primeiro semestre deste ano, fiquei quase um mês entubada na UTI do Hospital Samaritano, em São Paulo, por conta da Covid", conta a gerente financeira Priscilla Sanci, 38. Além da equipe médica altamente qualificada e equipamentos de ponta, Priscilla afirma que a maneira carinhosa como foi tratada no hospital fez toda a diferença.

"Eu estava apavorada. Quando a psicóloga me falou que precisaria entubar, desesperei. Tinha acabado de perder dois parentes. Achei que era o fim. Mas toda a equipe teve muita paciência, o médico me transmitiu muita segurança e tranquilidade", lembra.

O marido, André Sanci, 35 anos, concorda. Ele estava fora do Brasil a trabalho quando Priscilla foi internada. "Foi um choque receber a notícia. Voltei imediatamente. A psicóloga dava notícias todo dia e me passou um telefone, para que eu ligasse quando necessário. Antes e depois da intubação, as enfermeiras faziam ligações de vídeo para eu falar com a Pri. Quando ela saiu da intubação, a psicóloga foi me buscar na praça da frente do hospital para avisar."

Sanci conta que, durante a internação, recebia esclarecimentos dos médicos o tempo todo. "Eu fiquei muito seguro em relação à parte técnico-científica e consegui ver que ela estava sendo bem tratada: foi o que me deu força e confiança", conclui.

"Ninguém quer ir para uma UTI. Mas, quando isso ocorre, é importante que pacientes e familiares se sintam seguros e acolhidos. Temos indicadores que mostram de maneira objetiva a qualidade e segurança da nossa UTI. E nosso protocolo é humanizado, como foco total no paciente", afirma Samantha Longhi Simões de Almeida, gerente médica das unidades de terapia intensiva do Hospital Samaritano, referência em qualidade e em atendimento no Brasil.

Com mais de 120 anos de tradição, o Hospital Samaritano faz parte da Rede Americas e conta com uma unidade de referência em Higienópolis e uma na região da avenida Paulista, em São Paulo, além de duas unidades no Rio de Janeiro.

"Oferecemos atendimento completo em 40 especialidades clínicas e cirúrgicas, além de procedimentos de alta complexidade, regidos por um padrão de qualidade que nos credencia a reconhecimentos nacionais e internacionais. Priorizamos o uso de tecnologia de ponta aliada a um corpo clínico altamente qualificado e em constante aperfeiçoamento, e isso se estende à nossa UTI", diz Samantha.

As UTIs são locais de excelência médica que reúnem o que há de mais avançado para atender a pacientes em estado grave. Mas como mensurar o bom desempenho de uma UTI? Existem indicadores, reconhecidos globalmente, que comprovam a qualidade e eficiência dessas unidades. "Os principais são o menor número de óbitos e a menor permanência na unidade intensiva", afirma a gerente médica (veja infográfico nesta página).

Samantha conta que o Samaritano usa um sistema, chamado Epimed Solutions, que monitora os indicadores de performance médica. "O sistema concentra dados dos pacientes, dados epidemiológicos e de patologias, tempo de permanência, óbitos e monitora o desfecho clínico do paciente na terapia intensiva. Como é usado por praticamente todas as UTIs do Brasil, isso facilita a comparação do desempenho."

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UTIs são locais de excelência médica que reúnem o que há de mais avançado para atender a pacientes em estado grave - Getty Images/iStockphoto

No final de cada ano, os dados são analisados e comparados aos de outros hospitais que utilizam esse sistema. As unidades de terapia intensiva com melhores resultados são certificadas com o selo Top Performer, que tem validade de um ano. As UTIs do Hospital Samaritano receberam o selo de UTI Top Performer pelo quinto ano consecutivo (a premiação foi iniciada em 2017).

Além do tempo de permanência na UTI e da taxa de mortalidade, as avaliações de performance consideram outros indicadores, como o SAPS 3, que indica a gravidade do quadro do paciente e é utilizado em todas as UTIs do Brasil. Esse indicador é importante porque, diz a gerente médica, ele possibilita a comparação da evolução de pacientes que estão na mesma situação. "Compara maçã com maçã", explica Samantha.

Os indicadores mostram que a UTI do Samaritano está no topo da lista de excelência do Brasil. É possível comparar, com base nos dados de agosto a novembro deste ano, a UTI do Samaritano com a dos hospitais públicos e privados brasileiros. Além do menor índice de óbitos, o Samaritano também mostrou o menor tempo de permanência na UTI - o que reduz o risco de infecções, além da maior eficiência. "Os números falam por si", diz a médica.

Segundo Luciana Rosa Fidelis, gerente de enfermagem das UTIs do Samaritano, a alta performance das unidades intensivas do hospital se deve a três pontos principais: processos, alta tecnologia e pessoas.

"Uma UTI moderna é sinônimo de tecnologia, e oferecemos isso. Contamos com processos muito bem definidos e sempre atualizados com o que há de mais recente do ponto de vista técnico-científico", afirma.

Outro diferencial, destaca Luciana, é a qualificação técnica e o treinamento da equipe multidisciplinar. A equipe é constantemente atualizada sobre novos equipamentos e procedimentos de alta complexidade, o que traz segurança para o processo. "Muita gente que já passou por uma UTI sentiu a dor de não ser cuidado como pessoa, mas como um número. Mas entendemos que a humanização e a tecnologia precisam caminhar juntas: esse conjunto só faz sentido se a história do paciente for compreendida e ele se sentir acolhido", conclui.

Responsável técnico – Dr. Mauricio Rodrigues Jordão CRM 98.881