Assim como os aviões substituíram navios e trens em viagens de longa duração no passado, no futuro os foguetes tomarão o lugar dos aviões, tornando as viagens muito mais rápidas. Nas cidades, a mobilidade também passará por grandes transformações.
A consolidação do trabalho remoto reduzirá os deslocamentos, levando a uma melhora no trânsito. Some-se a isso novos meios de transporte, como carros autônomos, veículos voadores, drones e propulsores subterrâneos de alta velocidade, todos 100% integrados aos sistemas de gerenciamento de tráfego.
Os carros elétricos autônomos terão um papel importante nessa mudança. Conectados, eles vão se comunicar com semáforos para mudar o fluxo do trânsito, interagir com outros veículos e ainda aumentar a capacidade das vias, por conta da redução da distância entre os veículos, já que eles aceleram e freiam de forma mais rápida e segura. Com dados circulando em tempo real, sensores nas ruas e GPS será possível prever engarrafamentos.
Todos esses avanços servirão como aliados das pessoas que sabem da importância do consumo consciente de bebidas, que não podem se misturar com o ato de dirigir.
A mobilidade urbana será ainda transformada pelos drones táxis e pelos carros voadores, que atendem pela sigla em inglês eVTOL, de veículo elétrico de pouso e decolagem na vertical. Como os helicópteros, eles não precisam de uma pista, mas serão bem menos barulhentos, mais baratos e ainda permitirão deslocamentos de forma compartilhada ou por aplicativos. A japonesa SkyDrive, Hyundai, Uber (em parceria com a EmbraerX), Toyota e Porsche são exemplos de empresas que estão nessa corrida pelo carro voador.
Para viajar de uma cidade a outra em minutos, os passageiros contarão com cápsulas que deslizam em altíssima velocidade dentro de tubos de vácuo, como o Hyperloop. Financiado pelo empresário futurista Elon Musk, fundador da Tesla, o Hyperloop tem ambição de atingir velocidade superior a 1.000 km/h, o que faria uma viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro durar menos de meia hora.
As viagens de longa distância também serão bem diferentes. “A maioria das pessoas usará foguetes para fazer voos internacionais”, afirma David Tal, presidente da Quantumrun Foresight, consultoria especializada em tendências. Segundo Tal, empresas como SpaceX e Blue Origin estão fazendo progressos rápidos para a reutilização de foguetes, que terão custos semelhantes ou até menores que o dos aviões.