Descrição de chapéu Natal

Minas Gerais tem festa o ano inteiro

Políticas de fomento têm feito com que o estado se torne o destino perfeito para Carnaval, Natal, Réveillon e outros grandes eventos que reúnem multidões

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Carnaval em Minas Gerais Divulgação

Um estado que tem o turismo cultural como um forte pilar, alavancado pela economia da criatividade e da inovação, tem tudo para receber grandes eventos. Junte a isso uma sólida rede hoteleira, segurança pública e uma vocação natural para receber bem. Essa equação pode explicar o sucesso do Carnaval mineiro de 2023, que promete ser ainda maior no ano que vem.

Mas não é só isso. Some às folias carnavalescas, as festas de Réveillon, as novas celebrações do Natal com cidades iluminadas e os milhares de festivais gastronômicos e culturais que fazem parte da agenda do estado o ano inteiro. Não restam dúvidas: Minas Gerais se posiciona hoje como um estado perfeito para realização de grandes eventos que aglutinam verdadeiras multidões.

Segundo o governo de Minas Gerais, festa no estado é política pública. Há incentivos para todas as celebrações juntamente com os municípios, com os trabalhadores e as trabalhadoras da cultura, já que há o entendimento de que o turismo cultural é o grande indutor da atração de turistas a Minas Gerais.

As preparações para o Carnaval de 2024 já estão a pleno vapor. Para a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), o Carnaval é um fenômeno cultural, assim como suas interfaces, que são a gastronomia, as artes, a música, o teatro. Por isso, a Secult tem feito durante todo o ano ações continuadas de capacitação dos agentes do Carnaval. Também criou o Carnaval da Liberdade, que contempla quatro eixos: estruturação, fomento, ações culturais e promoção. O objetivo é incentivar blocos, escolas de samba, grupos carnavalescos e festas tradicionais na capital, BH, nas cidades barrocas e coloniais e no interior.

Os números do Carnaval passado são expressivos. Foram 11,2 milhões de foliões, sendo 5 milhões apenas em Belo Horizonte, movimentando a economia em R$ 1,5 bilhão e garantindo uma média de 80% de ocupação hoteleira.

O Carnaval de Belo Horizonte já é considerado um dos maiores do país. Neste ano, após o hiato da pandemia, foram 375 blocos nas ruas, num total de quase três semanas de folia, incluindo o pré-Carnaval e também o pós, com o público querendo sempre mais.

Os destaques são a diversidade e a inclusão: há festa para todos os públicos, de blocos que tocam rock and roll a um bloco que reúne adeptos do hinduísmo e das práticas espirituais, que convivem com os tradicionais de samba e de marchas e também os caricatos. Sem falar naqueles que focam o axé ou o funk. Há os que atraem mais crianças, outros voltados ao público maduro. Há até um bloco que conclama a todos os foliões, dando protagonismo também aos portadores de necessidades especiais, afinal como eles mesmos dizem "todo mundo cabe no mundo".

Os temas dos blocos também são diversos, misturando alegria e questões importantes da sociedade, como racismo, preconceito contra LGBTQIA+ ou desafios ambientais. Não por acaso, Minas alcançou o segundo lugar no quesito inclusividade no prêmio Excelência Turística Destino Digital, que destaca os estados brasileiros com melhor reputação digital. Para definir os ganhadores do prêmio, são coletadas informações de mais de 130 fontes, como Trip Advisor, Booking, Facebook e Google.

A revitalização do Carnaval de BH foi acompanhada nas cidades do interior, onde a ocupação hoteleira chegou aos 95% nos dias da folia.

E a expectativa para 2024 é de que o Carnaval mineiro fique ainda maior por conta das parcerias da Secult com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e o apoio de outras empresas via Lei de Incentivo do Estado de Minas Gerais. Várias ações estão sendo implementadas na política estruturante do estado para o Carnaval, seja para o interior como para a capital, tanto que nos próximos dias será lançado, por meio da Lei de Incentivo e da companhia Cemig, um edital de R$ 5 milhões para fomentar o Carnaval tanto em BH quanto no interior.

A Cemig é uma das maiores patrocinadoras de projetos culturais de Minas Gerais, por meio das leis de incentivo cultural estadual e federal, com a pretensão de ampliar também para as leis municipais. "O Carnaval é uma grande festa que movimenta o setor turístico do estado, aquece enormemente o setor cultural e gera emprego e renda", diz Cristiana Kumaira, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Cemig.

A parceria da Secult com a Cemig disponibilizará R$ 5 milhões para projetos relacionados aos blocos, escolas de samba e blocos caricatos em Minas Gerais. "Em 2023 investimos R$ 4 milhões, sendo R$ 1,4 milhão para projetos em Belo Horizonte e R$ 2,6 milhões em 20 cidades do interior", compara Kumaira.

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As preparações para o Carnaval de 2024 já estão a pleno vapor - Divulgação

No Carnaval passado, essas políticas públicas fizeram toda a diferença e resgataram Carnavais importantes como o de Pompéu, Ouro Preto, Diamantina, além de outras várias cidades, em especial Paracatu e Poços de Caldas.

"Neste exato momento, existem no estado comissões estratégicas trabalhando para o Carnaval do ano que vem", diz Gustavo Dutra, secretário de Cultura de Poços de Caldas e presidente da Rede de Gestores Municipais de Cultura e Turismo de Minas Gerais. Segundo ele, o estado chamou tanto a sociedade civil quanto as representações da classe artística para ajudar a construir uma boa proposta para o Carnaval de Minas 2024.

"Minas vai fomentar mais uma vez, só que agora de maneira mais organizada, o Carnaval que acontece no interior do estado, que poderá solicitar recursos por meio de um edital público como está fazendo agora para o Natal. É assim também para a Semana Santa", diz Dutra.

A política de fomento para grandes eventos posiciona Minas Gerais como o estado em que o turismo mais cresceu em 2023, em comparação com o ano anterior. De acordo com o Índice de Atividades Turísticas (Iatur), apurado pelo IBGE, a variação mineira foi de 24,3%, ficando 13,2 pontos percentuais acima da média nacional (11,1%). A receita nominal cresceu 34,9%, superando a média brasileira, que ficou em 30,1% no período analisado.

Eventos o ano inteiro

Quem viaja a Minas Gerais, seja para a capital, seja para outros de seus 853 municípios, não precisa esperar o Carnaval para esbarrar em algum grande evento. Neste estado com tradição de receber bem, cidades pequenas podem ter estruturas turísticas impressionantes e uma gama de eventos tão numerosa e variada que daria orgulho a qualquer capital brasileira.

Um ótimo exemplo é a pequena e belíssima Tiradentes, que conta com apenas 7.744 moradores e acomoda em seu calendário anual mais de 80 eventos fixos, muitos dos quais atraem a atenção nacional e até internacional. Caso do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, há 26 anos o primeiro e mais importante do gênero no Brasil e que atrai 60 mil visitantes para seus dez dias em agosto. Outros clássicos são a Mostra de Cinema de Tiradentes, em janeiro; o Festival Foto em Pauta, em março; o de teatro, em maio; e o Tiradentes Vinho e Jazz, em junho.

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Festival Meca que acontece Inhotim e atrai turistas de todo o país - Divulgação

Novos eventos culturais têm também movimentado o turismo no estado e ganharam ainda mais fôlego no pós pandemia. Um exemplo é o Meca Inhotim, o maior festival de música contemporânea a céu aberto do país, que desde 2015 movimenta Brumadinho e conta principalmente com público de outros estados brasileiros. Paulistas chegam a comprar quase metade dos ingressos.

Na região metropolitana de BH, o turismo cultural já ultrapassa o de negócios. Locais como o Minascentro, a Arena MRV e o Mineirão assumem essa vocação de sediar grandes eventos e trazer turistas para a cidade. "O Mineirão tem mais programação de festa do que de jogo", garante Gustavo Dutra, presidente da Rede de Gestores.

Dutra conta que os municípios mineiros passam o ano trabalhando para promover os destinos e criar uma programação cultural interessante, seja o que tradicionalmente já se faz, seja dando apoio para novas iniciativas. "É festa o ano inteiro, então o turista que vem para as nossas cidades vai encontrar uma programação de qualidade e diversa. Tem festival de teatro, dança, música clássica, com destaque para as Vesperatas de Diamantina", diz, se referindo aos concertos noturnos que acontecem o ano inteiro.

"Tem também as festas de peão, com música sertaneja, em que Minas já tem tradição, além dos festivais de música com duração de um dia inteiro e com estilos variados." Dutra cita, ainda, a proliferação dos festivais gastronômicos.

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Festival Fartura Tiradentes, pioneiro no Brasil, em sua última edição - Nereu Jr/Divulgação

Em Minas Gerais, o ano inteiro é possível participar de uma festa que enalteça a tão celebrada cozinha mineira. Neste ano, segundo a Secult, serão 300 festivais de gastronomia. Praticamente, toda cidade tem o seu. Alguns deles bem pitorescos, como a Festa do Queijo, em Ipanema, em que é produzido o maior queijo do mundo, que a cada ano quebra o próprio recorde, devidamente registrado pelo Guinness Book. Neste ano, pesou nada menos que 2.727 quilos.

"Todos os grandes festivais de gastronomia, música e literatura, por exemplo, contam com o nosso patrocínio", diz Cristiana Kumaira, acrescentando que a Cemig tem como estratégia pulverizar investimentos para apoiar o maior número de eventos, conseguindo assim participar dos grandes acontecimentos culturais mineiros. "A Cemig se preocupa com o acesso à cultura, buscando a descentralização, investindo no interior do estado, de forma diversa e democrática", diz.

Exemplos disso não faltam. Até outubro de 2024, quase cem projetos nos mais diversos segmentos têm patrocínio da companhia, de iniciativas muito importantes no universo artístico e cultural, como o Palácio das Artes e Inhotim, a expoentes mineiros, como Grupo Corpo e Grupo Galpão. Kumaira destaca ainda a criação da Pinacoteca de Minas Gerais, que levará o nome da Cemig a um dos prédios da Praça da Liberdade. Em parceria com a Secult e IEPHA, o projeto entregará ao público de Belo Horizonte um espaço dedicado à pintura, reunindo mais de 6.000 obras, com apuro museológico e curadoria especializada. "Entendemos a cultura como força motora para o turismo em nosso estado, estimulando e aquecendo o setor a cada evento realizado", diz.

A Secult ressalta ainda outras formas de captar recursos para eventos culturais, como a Lei Paulo Gustavo para festivais de todas as áreas da cultura e do audiovisual, no valor de R$ 180 milhões. Há também fundos advindos do ICMS Cultura, a partir do Instituto de Patrimônio Histórico de Minas Gerais, também da Secult. São R$ 155 milhões repassados aos municípios para todos os eventos, restauração do Patrimônio Histórico e ações de educação patrimonial e da cozinha mineira.

Um Natal de muita luz

O projeto mais recente envolvendo políticas públicas de fomento no estado é o Natal da Mineiridade. Ação do Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Secult, Cemig e demais parceiros, tem como objetivo a promoção e estruturação das festividades e manifestações natalinas. Através dele, o estado quer se posicionar como um dos principais destinos de fim de ano do Brasil.

Essa política pública estreou em 2022, com a participação de 200 cidades mineiras. Do Vale do Jequitinhonha à Serra da Mantiqueira, do Triângulo Mineiro às proximidades do Pico da Bandeira, as cidades se encheram de luzes, cortejos de Papai Noel e até mesmo projeções em 3D. A capital também promoveu inúmeras atrações, especialmente no Circuito Liberdade. Eventos realizados com incentivos que somaram R$ 4 milhões da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

O Natal de 2023 promete ser muito maior e mais abrangente. Haverá atividades ligadas ao Natal em quase todos os municípios. Serão, ao todo, 450 municípios participantes e R$ 5 milhões de incentivo para projetos artísticos e culturais, com a temática de Natal, aprovados na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Lançado em 9 de outubro, o Edital Natal da Mineiridade Cemig 2023 já está selecionando os melhores projetos.

Do montante total, R$ 3 milhões serão destinados a propostas do interior de Minas Gerais, R$ 1 milhão para o desenvolvimento da Cidade Natal, em Belo Horizonte, e R$ 1 milhão para projetos da periferia da capital. Além disso, a Cemig é a patrocinadora do icônico natal da Praça da Liberdade, que neste ano contará com o tema Natal da Mineiridade, Ano da Criatividade.


Réveillon

Já a festa de Réveillon 2024, a exemplo do ano passado, será na Praça da Liberdade. Segundo o governo mineiro, essas festas de fim de ano representam um momento importante para a cultura da família mineira, para a mineiridade, e também para a atração de turistas, firmando Minas Gerais como um destino de Natal e Réveillon.

Novamente, o Réveillon 2024 da Praça da Liberdade contará com o patrocínio da Cemig. "A intenção é consolidar esse importante espaço como um símbolo da festividade de Réveillon em Belo Horizonte, com acesso livre e irrestrito, pronto para receber a população da nossa cidade", diz Kumaira.

O Natal deste ano será aberto no dia 2 de dezembro, para pegar carona em outro evento histórico. É o dia em que Minas completará 303 anos de Capitania, da formação de Minas Gerais. E será longo. As festividades irão até o dia 6 de janeiro, Dia de Reis, tanto em Belo Horizonte como nas outras cidades participantes do Natal da Mineiridade.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha