No ano marcado pela retomada do turismo pós pandemia, Minas Gerais aposta num conceito que é tendência: proporcionar vivências únicas e diversificadas para o turista aproveitar o que o estado tem de melhor. Experiências como um brunch em um jardim de lavandas ou tomar um café especial em meio a uma reserva florestal no Alto do Parnaíba após plantar uma árvore fazem parte de 3 rotas temáticas recém-lançadas, possibilitando recortes específicos da mineiridade que tanto encanta o visitante.
A Rota das Artes começa na capital do estado, Belo Horizonte, e engloba outros sete municípios ligados às artes tradicional e contemporânea, à cozinha mineira e ao patrimônio histórico. As outras duas rotas – a do Café do Sul de Minas e do Cerrado – exploram a história e a cultura do café no estado responsável por fazer do Brasil o maior produtor mundial do grão.
Esses roteiros cuidadosamente desenvolvidos são apenas o começo de algo muito mais abrangente. Lançadas no mês de novembro, marcam a estreia do Projeto Diversifica, ambiciosa empreitada da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) em parceria com o Sebrae e as Instâncias de Governança Regionais (IGRs). Além da criação, estruturação e promoção das primeiras três rotas, outras 13 que englobam todas as regiões do estado serão lançadas até 2026, explorando temas no segmento da natureza, religiosidade, cultura e cozinha mineira.
Ampliar a oferta de produtos com grande potencial de atração turística provoca um ciclo virtuoso, fortalecendo o turismo e, consequentemente, impulsionando a geração de emprego e renda. As rotas valorizam os territórios, os ingredientes locais, os patrimônios históricos, a arte moderna e contemporânea, além da cozinha mineira, os quais proporcionam experiências únicas ao visitante em solo mineiro.
"Estamos entusiasmados com o lançamento no mercado da Rota Turística do Café do Cerrado Mineiro e dos novos destinos – Rota das Artes e Rota Café do Sul de Minas. Essas iniciativas são fruto do trabalho do Sebrae Minas em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secult, para fomentar o turismo mineiro, oferecer experiências memoráveis aos visitantes e promover os destinos", afirma o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
"No caso do Cerrado Mineiro, a estratégia uniu a produção de café de alta qualidade da região com os atrativos naturais, culturais e gastronômicos locais, para valorizar as origens e criar novas oportunidades de negócios ligados à cadeia produtiva associada ao turismo rural", complementa Silva.
A ROTA DAS ARTES
Arte e história estão no DNA de Minas Gerais -60% do patrimônio histórico nacional está no estado, que conta também com quatro patrimônios da humanidade, dentre eles o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. Já no campo da arte contemporânea, Minas conta com nada menos que o maior museu a céu aberto da América Latina, o Instituto Inhotim. Nada mais natural que Matosinhos e Inhotim sejam grandes estrelas na Rota das Artes. A surpresa fica por conta das outras grandes experiências garimpadas ao longo do trajeto.
A rota começa no coração de Belo Horizonte, no Palácio da Liberdade e Museu Minas e Metal, experiências gratuitas e fundamentais para entender a importância da arte para Minas. Faz também sentido que esse circuito comece pela capital, onde está o maior aeroporto do estado, a maior rede hoteleira e também a maior quantidade de restaurantes da nova cozinha contemporânea mineira, um dos atrativos turísticos principais.
Seguindo em direção ao interior, a parada seguinte é o incrível Instituto Inhotim, em Brumadinho, cidade central do chamado Destino Veredas, região que engloba várias cidades vizinhas, como São Joaquim de Bicas e Igarapé. Ali estão concentradas a maioria das experiências sugeridas na Rota das Artes, selecionadas criteriosamente em um trabalho de um ano pela Instância de Governança Regional Veredas.
São experiências como "Coração em Branco", em que o artista Renan Florindo orienta os visitantes a finalizar suas célebres esculturas em forma de coração, ou um brunch em meio a plantações de lavanda de Brumadinho. Já em São Joaquim, o visitante pode aprender os segredos da cozinheira Dona Lilia, que recebe em sua casa para uma imersão na arte dos quitutes mineiros, incluindo um almoço à beira do fogão à lenha e um piquenique no quintal, sob parreiras de chuchu. Na mesma cidade, viajantes podem experimentar uma degustação às cegas guiada pelo chef Reinaldo Mendes no restaurante Casa do Rei Bistrô.
"Nós temos Inhotim como indutor. Mas hoje o turista que vem conhecer Inhotim tem um catálogo em que ele vai vivenciar essas outras experiências, que o levam a permanecer no território por muito mais dias", diz Érica Maia, gestora da IGR Veredas.
Ela conta que o Destino Veredas já trabalha essas experiências como uma rota regional há um ano, mas agora, com o destino sendo incorporado a esse grande projeto do Estado de Minas, todos saem ganhando. "Aumentar o fluxo de turistas é aumentar receita, geração de empregos, tudo automaticamente. É uma cadeia", diz.
Desde Brumadinho são 80 quilômetros para Congonhas, onde começa a etapa do Circuito do Ouro da Rota das Artes. Além do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, obra prima de Aleijadinho, e do museu da cidade, outras três experiências levam o visitante a explorar as vizinhas Ouro Preto, Ouro Branco e Mariana. Juntar as três regiões em uma só rota, portanto, aumenta o potencial turístico de cada uma.
A Rota das Artes foi lançada com 16 experiências, mas segundo Érica Maia não é uma rota fechada. "À medida que forem sendo criadas novas experiências com o perfil da Rota das Artes, elas poderão ser inseridas, resultando numa rota super viva", diz. Assim, se o turista fizer as 16 experiências, ele pode voltar no futuro e encontrar outras novidades. "Estar dentro da Rota das Artes é de uma importância muito grande, e nós sabemos que atrairá um número expressivo de turistas para a nossa região e para Minas Gerais", completa.
AS ROTAS DO CAFÉ
A importância do café para a história, cultura e economia do estado de Minas justifica que duas das três primeiras rotas lançadas pelo governo do estado sejam inteiramente dedicadas a ele. De acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Minas Gerais responde por 46% da safra nacional. Isso equivale a cerca de 22,1 milhões de sacas. Ou seja, o Brasil é líder mundial na produção do grão no mundo por causa das fazendas mineiras.
O Sul de Minas, região que atrai turistas pela beleza das montanhas da Mantiqueira e por suas estâncias hidrominerais, é também a maior região produtora de café do mundo. A Rota do Café do Sul de Minas engloba as cidades de Três Pontas, Cambuquira, São Lourenço, Baependi, Caxambu e Cruzília. São seis experiências turísticas relacionadas ao café: Paiol Café Boutique (Três Pontas); Fazenda Santa Quitéria (Cambuquira); Fazenda Catiguá (Cambuquira); Parque das Águas (Caxambu); Café Seival (Baependi) e Laticínios Paiolzinho (Cruzília).
"Essa rota que conecta a maior região produtora de café do mundo será ofertada para agências de viagem e trabalhada em conjunto com as ações de operação do turismo autoguiado para que as pessoas possam vivenciar essas experiências. O turista pode realizá-las conjuntamente com a Estrada Real e outras grandes rotas de Minas Gerais", explica Filipe Condé, secretário de Turismo e Cultura do Município de Caxambu e vice-presidente do Conselho Estadual de Turismo do Estado de Minas Gerais.
O CAFÉ DO CERRADO
Apesar de o Sul de Minas liderar em produção, a região do Cerrado mineiro foi a primeira no Brasil a receber a Denominação de Origem (DO) para cafés, uma espécie de selo de qualidade que indica que os cafés produzidos ali têm características específicas e seguem as melhores práticas. A Rota do Café do Cerrado é uma imersão intensa nesse cenário rural, no mundo dos cafés especiais e numa região do estado ainda pouco explorada pelo turismo.
A base dessa rota é Patrocínio, localizada a 426 quilômetros de Belo Horizonte,
a capital do café do Cerrado. Com 90 mil habitantes, é considerado o maior município produtor de café no Brasil. São 958 produtores, incluindo algumas das maiores, mais sustentáveis e mais tecnológicas fazendas cafeicultoras do estado.
Amantes de cafés especiais certamente já estão familiarizados com os produtos que chegam de lá, mas a ideia agora é que conheçam in loco todo o processo de produção, ao visitar um roteiro de fazendas, ter a oportunidade de conhecer as plantações e os processos de cultivo dos grãos, além de experimentar a cozinha local e o tradicional café do Cerrado Mineiro.
"A cidade está se preparando para receber o turista, para se posicionar como um destino turístico de café. O turismo não traz só para a gente que é cafeicultor, traz para a cidade. Quando vem o turismo, o desenvolvimento vem junto. A gente como cafeicultor vai ganhar e a cidade também", diz Elesandra Machado Beloni, Gestora de Qualidade de Cafés Especiais da AgroBeloni, onde o viajante pode realizar uma das seis experiências desta rota.
O tour Café e Natureza é uma visita guiada pela Fazenda Santa Cruz da Vargem Grande, da AgroBeloni, com degustação de cafés junto à mata nativa. "Na nossa fazenda, o turista vai conhecer também outras culturas além do café, entender o que é uma agricultura circular e vai ter até mesmo a experiência de plantar uma árvore", diz Elesandra. "Além de tomar um café especial no meio do mato, dentro de uma reserva, vendo uma nascente e escutando passarinho cantando, experiência que traz uma sensação de pertencimento."
Para Elesandra, os diferentes perfis das fazendas a serem visitadas resume a riqueza desta rota. "A degustação da Agro Nunes é uma jornada no mundo dos cafés, uma verdadeira escola; na Rainha da Paz o turista vai apreciar um bom café ao entardecer; na Fazenda Bela Vista, a experiência é de agricultura familiar, um café com história", explica. "Cada uma vai apresentar o café de uma forma diferente, mas todas elas voltadas para área de sustentabilidade." As outras experiências são na Coffe Roaster Porto Feliz e na Cafeteria Dulcerrado by Expocacer.
A Rota Turística do Café Cerrado Mineiro também conta com o apoio da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, da Associação Comercial e Industrial de Patrocínio/Câmara de Dirigentes Lojistas (Acip/CDL) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Patrocínio.
Natal da Mineiridade
O viajante que percorrer as novas rotas neste fim de ano vai encontrar não apenas a capital Belo Horizonte mas também centenas de cidades do interior do estado repletas de luzes. Trata-se do projeto Natal da Mineiridade, que promete um Natal histórico neste ano de 2023.
Na capital, os visitantes podem se encantar com as luzes de Natal na Praça da Liberdade e nos equipamentos do Circuito Liberdade. No interior, as principais atrações são decoração de Natal, iluminação de espaços e prédios públicos, cantatas e presépios, dentre outras ações que refletem a religiosidade, hospitalidade e o jeito mineiro de viver o Natal.
O Governo de Minas e a Cemig lançaram em outubro o edital Natal da Mineiridade Cemig 2023. Serão destinados R$ 5 milhões para o desenvolvimento das propostas escolhidas. Esse valor será direcionado para ações realizadas em Belo Horizonte e no interior do estado. Do montante, R$ 2 milhões serão para as iniciativas promovidas na capital mineira e os outros R$3 milhões serão para as atividades natalinas das demais cidades do estado.
Com o apoio das Instâncias de Governança Regionais do Turismo (IGRs) e da Rede de Gestores Municipais, a Secult realizará ações que visam à promoção e à estruturação das festividades e manifestações natalinas que ocorrem em todo o estado. Uma delas é a criação de um portfólio digital com todas as atrações culturais das cidades mineiras realizadas no período do Natal.
Haverá também ampla divulgação do Natal da Mineiridade nos principais meios de comunicação da capital e do interior, além de veículos nacionais. A campanha de divulgação se estenderá nas redes sociais, dentre elas o blog Daqui em Minas, disponível no portal Minas Gerais.
O Natal da Mineiridade, que integra Belo Horizonte e centenas de cidades mineiras, visa estabelecer uma verdadeira conexão entre a capital e o interior, fortalecendo não apenas o sentimento de amor a Minas Gerais, mas o turismo em todo o estado.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha